segunda-feira, abril 26, 2010

Via Verde: Noni


Noni. Não conhecia, nunca tinha visto. Indo à Goiânia, fui apresentada para a tal plantinha. Minha cunhada ganhou uma muda e plantou na calçada de sua casa. Não sei sua altura em seu habitat natural. Essa das fotos que fizemos tem mais ou menos um metro e meio. Parece que agora virou febre, servindo pra tudo. De uma simples dor de cabeça até câncer. A Internet está cheia de bons intensionados falando sobre os efeitos da noni, uma planta que cura mais de cem doenças e não tem efeitos secundários, dizem. Como sempre desconfio desses milagres, pesquisei além dos interesses comerciais e descobri que há, sim, efeitos colaterais. Leiam a matéria que encontrei: 






Noni, nono, all. (Morinda citrifolia). Família das rubiáceas. Arbusto originário do Sudoeste da Ásia, bastante difundido no Taiti. Segundo o site mercadolivre a fruta noni e as várias partes da árvore servem para muitas doenças e seu uso varia de acordo com o país:
"Na China, Japão e Tahiti, várias partes da árvore (folhas, flores, frutos e tronco) servem para tratamento da febre, tratamento dos olhos e problemas da pele, gengivite, constipação, dores de estômago, ou dificuldades respiratórias. Na Malásia, acredita-se que as flores aquecidas desta planta aplicadas no peito, curam a tosse, náusea e cólicas. Nas Filipinas, é extraído o sumo das folhas como tratamento para a artrite.
O tronco desta árvore produz uma cera castanho-púrpura, chamada de cera-batik, aplicada em pintura sobre tecido, normalmente seda (pintura sobre seda). Conhecida por ser produzida com esta finalidade na ilha de Java, na Indonésia.
No Havai é extraída uma tintura amarelada da raiz para tingir tecidos. No Suriname assim como em outros países, a árvore serve como pára-vento, suporte para videiras, e também árvores de sombra para arbustos de café. A fruta é também usada como "champô" (shampoo, no Brasil) na Malásia, onde se acredita que ajuda no combate aos piolhos." In: http://guia.mercadolivre.com.br/ .

--------------


Informações do site http://medplan.com.br/docs/noni.pdf :

"NONI, fruta milagrosa? Verdades e mitos.

Com o nome científico de Morinda citrofilia, o noni é uma pequena árvore de
origem asiática cujo uso no mundo é bastante difundido. Ele é mais popular nos Estados
Unidos e em alguns países da Europa, sendo seu consumo no Brasil ainda recente. O fruto é
verde, parecido com a fruta do conde, aparecendo geralmente apenas em forma de suco
engarrafado. Existe um grande interesse na sua utilização na medicina popular devido às
“supostas propriedades farmacológicas” que possui; chega-se a afirmar que alcance mais de
120 problemas de saúde que podem ser tratados, e até curados, com a planta e seus extratos.
Assim, considerando-se toda essa curiosidade a cerca do noni, estamos à frente de um mito
ou uma verdade?
De fato, há muitos trabalhos científicos em execução com o objetivo de avaliar se o
noni realmente tem propriedades medicinais, como atividades antibiótica, antiinflamatória,
analgésica, e, até mesmo, inibidora do câncer. O seu mecanismo de ação ainda é
desconhecido, com alguns estudos em fase inicial (in vitro e em animais) sugerindo
atividade antioxidante, anti-angiogênica e anti-tumoral, o que se deve a seus componentes,
em especial às antraquinonas.
Em contrapartida, há relatos de algumas reações adversas associadas ao seu
consumo. O suco de noni pode ocasionar elevação das enzimas hepáticas (lactato
desidrogenase e transaminases), diminuir o trânsito gastrintestinal (interagindo com
medicações que são usadas por via oral), potencializar o efeito dos antiinflamatórios e
impedir o crescimento de novos vasos sanguíneos, devendo ser usado com cautela em
pacientes com lesões e no pós-operatório. Alguns produtos de noni contêm alto teor de
açúcar e de potássio, o que pode ser potencialmente prejudicial em diabéticos e doentes
com comprometimento da função renal. Além disso, por conta do seu efeito antioxidante, o
noni pode interagir com a radiação ionizante e os quimioterápicos, estando contra-indicado
em pacientes em quimioterapia ou radioterapia.
A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) levanta dúvidas sobre a
finalidade e a segurança do produto. E cita ainda, diversos relatos de casos devidamente
publicados em revistas científicas indexadas sobre a associação do consumo do suco de
noni a casos de toxicidade hepática. Também, ainda é muito grande a falta de estudos
sistemáticos avaliando o suco de noni em humanos nos países onde o produto é
comercializado. Por conta disso, a ANVISA proibiu a comercialização de produtos
contendo noni no Brasil até que os requisitos legais que comprovem de sua segurança de
uso sejam atendidos.
Nessas condições, verifica-se que as publicações científicas a cerca do noni ainda
necessitam de uma avaliação mais precisa que ateste tanto a segurança quanto a eficácia
deste como medicamento natural. Tal avaliação de segurança/eficácia é de grande valia em
tratamentos para problemas de saúde complexos como o câncer. Dessa forma e, tendo em
vista também as suas possíveis propriedades antioxidantes, até o presente momento não é
aconselhável o uso do noni por pacientes em tratamento oncológico."
---------------------------