O OLHO DA RUA, de Eliane Brum

O OLHO DA RUA, de Eliane Brum Livro bom fica assim, capa e folhas com sinais nítidos de já terem passado por milhares de mãos. Envelhecido pelo uso, mas em ‘boa forma’, como certas pessoas sexagenárias que são admiradas e respeitadas por onde passam. Eliane Brum não escreve com as mãos. Sei lá de onde saem tantas palavras fortes, parecendo terem sido esculpidas com fogo em pedras do tempo de Moisés. Já havia lido “O Olho da Rua”, logo depois de seu lançamento - se não me engano em 2008, mas quando vi esse exemplar assim tão gasto pelo uso, fiquei feliz por vários motivos. E o maior deles é saber que minha filha, estudante de jornalismo, está seguindo o caminho da leitura de bons livros. Sim, é exemplar de biblioteca e, pelo visto, não permanece muito tempo nas prateleiras. Há muitos exemplares em sua faculdade, mas sempre que ela ia procurar um para empréstimo, recebia a resposta “o último já saiu”. “Dessa vez tive sorte”, eu a ouvi comentando com colegas. Que bom! Assim, se eu ta...