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domingo, fevereiro 23, 2014

Via Vida: Uma Borboleta nas Mãos de um Trabalhador

Mãos que lidam com a terra - A borboleta parece olhar e admirar as mãos do trabalhador  

Em nosso país há muitos trabalhadores vindos de várias partes do mundo, principalmente da América do Sul. Ontem, em uma feira de Brasília, encontrei um desses trabalhadores. Ele mostrava uma borboleta que tinha pousado em suas mãos. Uma borboleta que parecia ter saído, naquele momento, de um casulo. 

Como sempre estou pronta para mais um clique, imediatamente fotografei aquela pequena mensageira de beleza e de paz. Quando olhei a foto, observei que a pequena borboleta parecia olhar as mãos que, com delicadeza, apoiavam seu corpo ainda frágil. Naquele instante vi que eu não tinha fotografado somente um recém nascido ser alado. As mãos da foto, cheias de calos, mostravam bem mais. Na verdade, eu havia fotografado as mãos de um vencedor. Um homem cujas mãos mostravam ser de uma pessoa que faz com que elas - suas mãos - sejam um orgulho para si mesmo, antes de mais nada. 

Pouco sei sobre ele, apenas que nasceu em um país vizinho, estudou e trabalhou em muitos outros países, casou-se com uma brasileira que participava lá fora de projetos sociais e depois de rodarem o mundo resolveram fixar residência no Brasil. Compraram um pedaço de terra e, pelo visto, estão, em duplo sentido, colocando "as mãos na massa". Explico: Eles não estavam na feira fazendo compras ou a passeio; foram vender empanadas, aquela iguaria argentina, com o formato de um pastel de forno. Experimentei uma e quis levar para casa, para que minha família também conhecesse o delicioso salgadinho originário do país vizinho.

Sim, as fotos da borboleta agora eram as fotos das mãos de um trabalhador. Mãos fortes e ao mesmo tempo sensíveis. Calos x delicadeza. Mãos de alguém que lida com a terra, mãos que produzem frutos, mãos que apoiam, mãos que sabem a importância dos pequenos seres que compõem a diversidade da Terra. 

A borboleta, além da beleza, traz consigo o símbolo da liberdade através da paciência e da persistência. Ela pacientemente se liberta do casulo, dando uma bela lição de vida.
O trabalho diário liberta. 

Nossas mãos falam por nós. Dizem um pouco daquilo que somos. Quando em momentos difíceis não nos damos por vencidos, são elas nossas poderosas armas. Segurando enxadas ou somente um lápis. 

Vendo as marcas nas mãos fotografadas, lembrei-me do filme "E o vento levou". A personagem Scarlett O'Hara, depois de perder tudo, gritou com todas suas forças que não mais passaria fome, nem ela nem sua família. Colocou as mãos na terra, criou calos com enxadas e arados. Plantou e colheu. Venceu.

O trabalho liberta e livra de casulos. 

Uma ótima semana!

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*Empanadas: Deliciosa.

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A borboleta ainda com as asas um pouco curvas. Parece que tinha saído, naquele momento, de seu casulo. 

A borboleta sobre a cesta de empanadas


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