Há muito nosso planeta pede
que o olhemos com mais amor. De costas viradas, fazemos como se os seus
problemas não fossem nossos. Sabemos, no entanto, que foram e são causados por
nossas ações impensadas. Ações estas que invertem o duo racional/irracional,
porque, na atual desordem ambiental, quais os seres que agem por ganância,
destruindo a biodiversidade? A poluição
dos oceanos, principal responsável pela saúde de toda a terra, é um exemplo.
Encontros de países
discutindo esse tema estão nas agendas internacionais; alertas de cientistas e
ambientalistas são dados. Os chefes de estado, porém, pouco ou nada fazem.
Podemos compreendê-los, não desculpá-los. Reagem de acordo com os interesses de
fortes grupos empresariais, o que compromete não apenas o meio ambiente. O
leque é bem mais abrangente, desde transportes coletivos, assistência
sanitária-médica-educacional e todos os outros compromissos dos governos para
com os cidadãos de seus países.
Sete bilhões de pessoas que
aqui vivem já estão na linha limítrofe da capacidade populacional da terra.
Este fato já seria suficiente para pararmos um pouco para pensar. Indo além, colocando
na estatística os ‘outros seres’, constatamos que somos dezenas de bilhões
respirando e retirando sua subsistência do solo em que vivem. Que uns aprendam
com os outros, com humildade e amor. Só o amor vai nos trazer a mágica
transformadora. Amor ao próximo, amor à natureza e amor a nós mesmos. O amor é
altruísta, sabe abdicar, consegue deixar de lado os ismos – consumismo,
egoísmo, fanatismo, partidarismo entre outros. Conciliar moradia com não
desmatamento e olhar os que necessitam de um maior apoio, são duas das questões
fundamentais para a sobrevivência da Terra; é também retribuir o amor que tão
generosamente nos deu este planeta que nos acolhe.
Amor inclui respeito e atenção. Com amor
pode-se construir uma sociedade mais justa, desconstruindo princípios falhos.
Com amor pode-se construir caráter, derrubando ganâncias. Só o amor poderá
resgatar natureza e sociedade. Na prática, esse amor pode ser construído nas
novas gerações através de disciplinas engajadas com os problemas sociais e
ambientais; com exercícios práticos do cotidiano e com exemplos que levem
crianças e adolescentes a comparações. Assim, a escola levará o educando a ser
mais crítico, com um senso de cooperação mais desenvolvido e uma maior e mais
humana visão de mundo.
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Fotos: Hortênsias.