terça-feira, março 03, 2015

Natureza e Sociedade


Há muito nosso planeta pede que o olhemos com mais amor. De costas viradas, fazemos como se os seus problemas não fossem nossos. Sabemos, no entanto, que foram e são causados por nossas ações impensadas. Ações estas que invertem o duo racional/irracional, porque, na atual desordem ambiental, quais os seres que agem por ganância, destruindo a biodiversidade?  A poluição dos oceanos, principal responsável pela saúde de toda a terra, é um exemplo.

Encontros de países discutindo esse tema estão nas agendas internacionais; alertas de cientistas e ambientalistas são dados. Os chefes de estado, porém, pouco ou nada fazem. Podemos compreendê-los, não desculpá-los. Reagem de acordo com os interesses de fortes grupos empresariais, o que compromete não apenas o meio ambiente. O leque é bem mais abrangente, desde transportes coletivos, assistência sanitária-médica-educacional e todos os outros compromissos dos governos para com os cidadãos de seus países.

Sete bilhões de pessoas que aqui vivem já estão na linha limítrofe da capacidade populacional da terra. Este fato já seria suficiente para pararmos um pouco para pensar. Indo além, colocando na estatística os ‘outros seres’, constatamos que somos dezenas de bilhões respirando e retirando sua subsistência do solo em que vivem. Que uns aprendam com os outros, com humildade e amor. Só o amor vai nos trazer a mágica transformadora. Amor ao próximo, amor à natureza e amor a nós mesmos. O amor é altruísta, sabe abdicar, consegue deixar de lado os ismos – consumismo, egoísmo, fanatismo, partidarismo entre outros. Conciliar moradia com não desmatamento e olhar os que necessitam de um maior apoio, são duas das questões fundamentais para a sobrevivência da Terra; é também retribuir o amor que tão generosamente nos deu este planeta que nos acolhe.

 Amor inclui respeito e atenção. Com amor pode-se construir uma sociedade mais justa, desconstruindo princípios falhos. Com amor pode-se construir caráter, derrubando ganâncias. Só o amor poderá resgatar natureza e sociedade. Na prática, esse amor pode ser construído nas novas gerações através de disciplinas engajadas com os problemas sociais e ambientais; com exercícios práticos do cotidiano e com exemplos que levem crianças e adolescentes a comparações. Assim, a escola levará o educando a ser mais crítico, com um senso de cooperação mais desenvolvido e uma maior e mais humana visão de mundo.

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Fotos: Hortênsias.

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