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Ipês de Brasília: Tapete amarelo

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Crônica sobre a efemeridade das flores e a beleza que permanece, mesmo depois da partida. Um tapete  amarelo sob os pés e dentro da memória. Série Ipês de Brasília Entre ipês e ventos de agosto, a beleza chega sem alarde e vai embora sem aviso.  Uma crônica sobre o tempo, a delicadeza e o olhar Tapete Amarelo  Há uma semana, eles estavam lindos.  Ipês altos, cobertos de flores douradas, dominavam a paisagem ali na virada da W3 Sul com a 714/715. Seis ou sete árvores, como sentinelas de um tempo que não tem pressa. O chão também florido.  Os  ipês amarelos  criam um verdadeiro tapete de flores, colorindo o  cerrado brasiliense  em pleno agosto. Hoje, passo pelo mesmo lugar e me dou conta: já perderam mais de dois terços das flores. Algumas ainda resistem, mas é como se se despedissem aos poucos. O vento leva pétalas, o tempo leva o resto. Tudo faz parte do ciclo. Há uma delicadeza silenciosa nesse processo. Os ipês não nos preparam para o adeu...

Um casal sob o ipê

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  Entre flores e troncos, dois celulares, um encontro.  Uma crônica sobre delicadeza, silêncio e o que a câmera não vê de imediato Série Ipês de Brasília Casal sob o ipê Um clique. Um ipê florido. Só depois, com calma, percebi o casal ali — sob as flores, em silêncio, cada um com o celular na mão. Fotografei o ipê como quem eterniza um estado de espírito. Foi só depois, olhando as imagens com mais calma, que percebi: ali, bem ao centro, quase camuflados entre as flores e os troncos, estava um casal. Sentados sob a árvore, cada um com o celular em mãos, pareciam conversar com os dedos, talvez trocando fotos um do outro, talvez registrando o mesmo instante — cada qual do seu ângulo. Na hora, sorri. Dei zoom. Fiquei encantada. Fotografei o ipê florido em Brasília sem perceber o que ele me oferecia: um casal sob sua sombra , partilhando um instante de silêncio e beleza. Era como se a árvore tivesse escolhido enquadrá-los, como se soubesse que aquele momento merecia mais do q...

Flores que voltaram

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  Flores caídas e recolhidas. Elas voltaram à vida   Você já recolheu algo que parecia perdido — e se surpreendeu?  Crônica  sensível  sobre ipês,  flores recolhidas e o poder de pequenos  gestos para despertar o que parecia perdido.  Um texto  sobre  recomeços, cuidado e a beleza  escondida nos intervalos Flores que voltaram à vida Inspirada em um gesto simples — colocar flores de ipê amarelo em um copo com água — esta crônica  fala sobre recomeços, cuidado e beleza silenciosa Foi só uma experiência. Daquelas pequenas coisas que fazemos sem grandes pretensões — e que, por algum motivo, nos tocam profundamente. As flores de ipê estavam no chão. Amareladas, ressecadas, desfeitas como confetes depois da festa. Algumas ainda conservavam forma; outras, despetaladas, pareciam restos de um tempo que passou apressado. Mesmo assim, havia beleza ali. Uma beleza que não gritava, mas que, talvez por isso mesmo, pedia um gesto de cuidado....