domingo, agosto 25, 2019

Ipês de Brasília: Tapete amarelo

Crônica sobre a efemeridade das flores e a beleza que permanece, mesmo depois da partida. Um tapete  amarelo sob os pés e dentro da memória.

Fotografia: Luísa Nogueira

Série Ipês de Brasília

Entre ipês e ventos de agosto, a beleza chega sem alarde e vai embora sem aviso. Uma crônica sobre o tempo, a delicadeza e o olhar

Tapete Amarelo 

Há uma semana, eles estavam lindos. 

Ipês altos, cobertos de flores douradas, dominavam a paisagem ali na virada da W3 Sul com a 714/715. Seis ou sete árvores, como sentinelas de um tempo que não tem pressa. O chão também florido.  Os ipês amarelos criam um verdadeiro tapete de flores, colorindo o cerrado brasiliense em pleno agosto.

Hoje, passo pelo mesmo lugar e me dou conta: já perderam mais de dois terços das flores. Algumas ainda resistem, mas é como se se despedissem aos poucos. O vento leva pétalas, o tempo leva o resto. Tudo faz parte do ciclo.

Há uma delicadeza silenciosa nesse processo. Os ipês não nos preparam para o adeus. Eles apenas seguem. Florescem sem alarde e, assim como chegam, vão embora. Como se dissessem: “A beleza também precisa de partida.”

É preciso saber olhar enquanto ainda estão ali. Porque toda flor um dia se transforma em chão. E todo chão guarda em si um rastro do que floresceu.

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Fotografia: Luísa Nogueira


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