Crônica sobre a efemeridade das flores e a beleza que permanece,
mesmo depois da partida. Um tapete amarelo
sob os pés e dentro da memória.
Série Ipês de Brasília
Um gesto simples. Um copo com água.
Três flores.
Uma mulher que descobre: é possível florescer outra vez
Tapete Amarelo
Há uma semana, eles estavam lindos.
Ipês altos, cobertos de flores douradas, dominavam a paisagem ali na virada da W3 Sul com a 714/715. Seis ou sete árvores, como sentinelas de um tempo que não tem pressa. O chão também florido. Um tapete amarelo sob os pés de quem passava.
Hoje, passo pelo mesmo lugar e me dou conta: já perderam mais de dois terços das flores. Algumas ainda resistem, mas é como se se despedissem aos poucos. O vento leva pétalas, o tempo leva o resto. Tudo faz parte do ciclo.
Há uma delicadeza silenciosa nesse processo. Os ipês não nos preparam para o adeus. Eles apenas seguem. Florescem sem alarde e, assim como chegam, vão embora. Como se dissessem: “A beleza também precisa de partida.”
É preciso saber olhar enquanto ainda estão ali. Porque toda flor um dia se transforma em chão. E todo chão guarda em si um rastro do que floresceu.
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Entre ipês e ventos de agosto, a beleza chega sem alarde e vai embora sem aviso. Uma crônica sobre o tempo, a delicadeza e o olhar
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