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Objetivos (e desafios) na Escrita Literária

Menos projetos abertos, mais livros prontos.   Ideias surgem sempre, mas terminar  um livro exige foco Objetivos (e desafios) na Escrita Literária: Escolher um projeto e ir até o fim. Escrever é um ato de amor, mas também de disciplina. Nos últimos anos aprendi, às vezes à força, que criar literatura exige mais do que inspiração: demanda foco, estratégia e uma boa dose de autoconhecimento. Hoje, compartilho com vocês meus objetivos, dificuldades e a decisão que finalmente me tirou do ciclo de projetos engavetados.    Do caos à clareza  1. Focar em um projeto por vez Não adianta: escrever cinco livros simultaneamente só leva a cinco rascunhos intermináveis. Decidi concentrar energia em uma única obra, desde a primeira linha até a revisão final, para garantir qualidade (e sanidade!).  2- Abraçar a divulgação como parte do processo Em segundo lugar, ter disposição e paciência para a etapa de divulgação: construir audiência e promover o livro exige t...

O que a árvore me respondeu

   Quando a resposta é uma folha no chão . A natureza não discute. Ela mostra.  Ilustração do livro Balbúrdias na Quarentena . Ilustradora: Nina Cordeiro Uma árvore antiga, um vento passageiro e uma folha amarela: um diálogo silencioso sobre o tempo, a vida e a finitude. O que a árvore me respondeu O vento passou primeiro, bagunçando lembranças A árvore ficou Firme Silenciosa Olhei para cima e perguntei sem voz: — Quanto tempo ainda temos? Ela não respondeu com palavras, mas deixou cair uma folha Amarela Quase leve Quase aviso ------------ O que a árvore me respondeu?   ------------ Acompanhe este blog e nossas redes sociais. Instagram: @luisanogueiraautora Para acessar minha página no Instagram, aponte a câmera de seu celular para a  tag de nom e abaixo: Facebook: Luísa Nogueira  Pinterest: Luísa Nogueira  #naturezaemfotosluisan  ----------- Este blog foi criado com vias direcionadas ao meio ambiente (natureza, sustentabilidade, vida) e...

Corações Valentes -2

Um texto escrito em 2016, relido com os olhos  de  hoje.  Sobre mulheres, raízes, coragem e história. Corações Valentes - 2 Escrevi estas palavras em um dos dias mais difíceis que já vivi como cidadã. Entre 2015 e 2016, o Brasil assistia, perplexo, o processo que resultou na interrupção do mandato da primeira mulher eleita Presidente do Brasil. N ão através do voto,  mas por manobras revestidas de legalidade. Naquele tempo, meu blog estava quase em silêncio. Eu também. Mas havia palavras que precisavam nascer, ainda que em meio à dor. Palavras como estas: “ Corações valentes são como árvores bem enraizadas. Não caem. Não quebram. Ventanias fazem suas folhas bailarinas dançarem. Mas seu tronco permanece sereno e firme.” Voltei a esse pequeno texto hoje, anos depois. Não apenas por lembrar de uma presidenta que enfrentou a tempestade com dignidade, mas por perceber que, de tempos em tempos, a história nos convoca a replantar coragem. Sim, os ventos mudam. E às vezes...

Jacarandá-mimoso em Goiânia: um setembro florido no Parque Vaca Brava

  O  jacarandá-mimoso   abre suas flores  lilases e transforma a paisagem seca do Centro-Oeste em um cenário vibrante Setembro chegou a Goiânia trazendo um espetáculo de cores no Parque Vaca Brava. Bom dia, setembro! Jacarandá-mimoso em Goiânia: um setembro florido no Parque Vaca Brava Setembro chega a Goiânia vestido de lilás, com o encanto do jacarandá-mimoso. Em meio ao clima seco do Centro-Oeste, nada melhor que caminhar por um parque repleto de árvores, respirar sombra e frescor. Se ainda houver um lago por perto e uma fonte que espalha pequenas gotas pelo ar, a brisa vira quase um abraço. Logo na entrada, um jacarandá-mimoso nos dá as boas-vindas. Difícil resistir: gente que tira selfies, crianças que correm, casais que se deitam sobre o tapete de flores lilases… tudo dança ao vento, inclusive nossas lembranças. Para quem busca um passeio ao ar livre nesta época de clima seco, o Parque Vaca Brava é um refúgio urbano. Caminhar por suas alamedas, à sombra...

Figurinhas, Shakespeare e silêncios

Shakespeare e silêncios que habitam o cotidiano. Uma crônica sobre literatura, afeto e os pequenos gestos que nos sustentam. Entre figurinhas, Shakespeare e silêncios. Quando até um recorte digital vira afeto. D ias nublados por dentro também pedem histórias. Hoje compartilho as minhas: Figurinhas, Shakespeare e silêncios* Hoje estou frágil. Não quero pensar muito. Ontem me distraí com fotos (quem me conhece sabe que amo fotografia). Aprendi fazer figurinhas através de fotos. Essas que usamos nas redes sociais. Fiz com imagens da minha filha, da minha mãe, dos meus irmãos. Foi mais que passatempo: foi gesto de afeto. Escolher os rostos, recortar sorrisos, enquadrar memórias. É curioso como até um recurso digital pode nos devolver um pouco de presença, mesmo em dias nublados por dentro. Hoje, apesar da leveza de ontem, a alma ainda anda devagar. Quero retomar a leitura de Otelo . Estou no início da Cena II. Shakespeare é denso, mas seus personagens são tão humanos quanto nós. O ciúme...