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Corações Valentes -2

Um texto escrito em 2016, relido com os olhos de 

hoje. Sobre mulheres, raízes, coragem e história.


Corações Valentes - 2

Escrevi estas palavras em um dos dias mais difíceis que já vivi como cidadã. Entre 2015 e 2016, o Brasil assistia, perplexo, o processo que resultou na interrupção do mandato da primeira mulher eleita Presidente do Brasil. Não através do voto,  mas por manobras revestidas de legalidade.

Naquele tempo, meu blog estava quase em silêncio. Eu também. Mas havia palavras que precisavam nascer, ainda que em meio à dor. Palavras como estas:

Corações valentes são como árvores bem enraizadas.
Não caem. Não quebram.
Ventanias fazem suas folhas bailarinas dançarem.
Mas seu tronco permanece sereno e firme.”

Voltei a esse pequeno texto hoje, anos depois.
Não apenas por lembrar de uma presidenta que enfrentou a tempestade com dignidade, mas por perceber que, de tempos em tempos, a história nos convoca a replantar coragem.

Sim, os ventos mudam.
E às vezes, parecem querer arrancar tudo: ideias, sonhos, direitos, até a própria esperança.
Mas há algo que permanece, como o tronco da árvore que resiste ao vendaval: o coração valente de quem tem a coragem de lutar e seguir de cabeça erguida.

Mulheres na política

Esse texto não é só sobre política. É também sobre mulheres.
Sobre raízes que vêm de longe: das mães que não se curvam, das avós que sustentam casas e histórias, das meninas que crescem ouvindo que não podem, mas vão lá e fazem.

É também sobre os que caminham juntos.
Sobre todos que, mesmo desacreditados, fincam os pés no chão e dizem: “daqui não saio. Daqui ninguém me tira.”

Há algo em nós - em mim, em você, que não cede.
Alguns chamam de resistência, outros preferem chamar de teimosia. Eu prefiro chamar de raiz. E, como toda raiz profunda, ela guarda a força da floresta inteira.

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——      Leia a crônica completa, com uma ilustração do fotógrafo Francisco Filipino, no site Notibras 
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Clique em "Corações Valentes", para ler o texto de 2016.

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