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Mulheres, Biomas e o Tempo que Acabou de Acabar

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Veja a nota sobre a ilustração  Mulheres, Biomas e o Tempo que Acabou de Acabar Mulheres e Biomas. Um encontro entre a urgência climática e quem sustenta a vida nos territórios. A crônica relaciona os novos debates da COP30 (integridade da informação, mulheres e biomas) com a negligência global no cumprimento dos ODS desde a COP de Paris. Um alerta sobre a urgência climática e a responsabilidade compartilhada na preservação da vida na Terra. Há momentos na história em que a vida inteira parece caber em uma única pergunta: o que estamos dispostos a preservar? A COP30 tem sido esse lugar: um espelho, um aviso, uma última chamada. Depois da Declaração sobre a Integridade da Informação , lançada pela primeira vez em uma COP, ontem outro tema inédito veio à tona: mulheres e biomas. Uma síntese poderosa do que sustenta o mundo e do que o mundo insiste em ignorar. Enquanto as enviadas especiais percorriam os cinco biomas brasileiros para ouvir mulheres que reinventam o futuro com as ...

Véspera da COP30: Um olhar do Cerrado

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  Flor chanana sobre o futuro da Ter Véspera da COP30: Um olhar do Cerrado Observar o mundo de longe, mas com o coração dentro da floresta. A COP30 começa amanhã. As atenções do planeta se voltam para Belém, cidade onde o verde e o humano se encontram em tensão e esperança. As imagens já circulam: o príncipe William brincando com crianças na periferia do Rio, o presidente francês Emmanuel Macron abraçado por mulheres baianas sorridentes, o presidente Lula recebendo lideranças globais com carisma e firmeza. Ao lado deles, Marina Silva, cuja trajetória é, por si só, um manifesto vivo de coerência ambiental; e a ex-presidenta Dilma Rousseff, lembrando que as decisões climáticas também são decisões econômicas e de soberania. Os corredores da Amazônia estão cheios de vozes, sotaques e bandeiras. Líderes indígenas, cientistas, ativistas, chefes de Estado, jovens que carregam no olhar um futuro que pede para existir. O mundo inteiro está de olho em Belém. Mas estar na COP30 não é...

O Último Pé de Pequi?

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Crônica do Dossiê Vozes da Terra : o pequi revela o impacto humano no Cerrado e a urgência de preservação. Em cada árvore nativa que cai, uma história desaparece   O último pé de pequi? A resistência do Cerrado em meio ao avanço urbano e o esquecimento das raízes Cada árvore nativa perdida representa a quebra de um equilíbrio que impacta diretamente o clima global. Em 1996, conheci um pedaço do Cerrado que teimava em ser paraíso. Nos arredores de Brasília, um condomínio nascia com ruas largas e uma promessa de harmonia: a infraestrutura humana curvava-se à lógica das nascentes e da vegetação nativa. Os lotes, ainda sem cercas, respiravam fundo. Ipês em todas as cores, caju-do-cerrado , angico , barbatimão, lobeira , macaúba, quaresmeira , flores nativas  e pequi. Muito pequi. Flores e frutos em crescimento do pequizeiro  Os primeiros moradores eram guardiões daquele mundo. Plantavam frutíferas, mas sabiam que a verdadeira riqueza já estava ali. Frutos do pequizeiro...

Entre Caminhos e Raízes

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Memórias guardadas em cadernos de infância se transformam em palavras que florescem. Lembranças e afetos; o  poder das raízes   Lembranças da infância e das primeiras descobertas . Entre Caminhos e Raízes   Desde criança, a memória foi meu terreno fértil. Entre cadernos de escola, anotações de aulas, poesias e pequenos relatos do cotidiano, guardava-se um mundo inteiro em páginas simples. Na minha infância não havia televisão e celular era algo impensável . M as o rádio transmitia histórias, notícias e imaginação que me acompanhavam.   Essas primeiras experiências me ensinaram que toda escrita nasce da prática, do olhar atento e da repetição. Escrever é como caminhar por trilhas desconhecidas: o caminho se revela passo a passo, e cada parada guarda uma descoberta. Muitas dessas anotações, pequenas como sementes, floresceram anos depois nos meus livros.   Quando lancei Acalanto em 2018, percebi que a escrita era muito mais que o ato de produzir palavras; era t...