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Mostrando postagens com o rótulo Crônicas

Isto é que é uma bela entrevista

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Blogs literários - Agradecimento Nem sei como agradecer a participação em blogs literários e colunas de jornais e sites. Mas hoje o que quero mesmo é pedir desculpas por uma gafe ( 🙈 que mico, gente!) que cometi com uma grande e queridíssima jornalista, apresentadora de um super programa de rádio.  Como cometer gafes em entrevistas Conto aqui: de repente - não mais que de repente  🙉 , uma agência de comunicação pergunta se posso participar de três entrevistas. Como todo escritor que se preza, aproveito toda e qualquer oportunidade para mostrar meu livro. Disse sim, claro. 🙈  Afinal, vivemos no país onde governantes querem a todo custo boicotar livros. Se os próprios autores não divulgam, fica difícil. Só que... as entrevistas eram para o dia seguinte. Bom, Luiza, você nunca fugiu da raia, não vai ser agora, não é? Claro que não, deixo isso e aquilo pra depois. Ah, tem uma gravação de três minutos, essa é fácil, vamos lá.    Pá, pá, pá... quase cinco minutos. ...

Via Natureza: O Último Pé de Pequi

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Foi em 1996 que conheci um condomínio nos arredores de Brasília, ou seja, há exatos quinze anos. Poucos lotes tinham alguma construção, apesar de já ter sido realizado tudo que havia sido planejado: ruas e avenidas largas com uma boa infra-estrutura, áreas verdes de acordo com as leis de proteção ambiental e proteção das nascentes ali existentes. Pensei: - "Um pedacinho do paraíso, ainda com seu bioma quase totalmente preservado". Nos lotes, mesmo demarcados, não havia cercas e a flora de um cerrado ainda virgem era abundante. Nos poucos lotes habitados, seus moradores conservavam algumas dessas plantas e plantavam outras, geralmente frutíferas. Talvez por terem sido os primeiros e, com certeza, serem pessoas que amavam e valorizavam o verde. Em relação às plantas, havia um pouco de tudo: ipês - amarelo, branco, roxo e rosa, caju do cerrado, barbatimão, lobeira, macaúba, quaresmeira e pequi, só citando algumas.  Era realmente um p...

Via Vida: Sugismundos - 2

O texto abaixo foi gerado de um susto. Escrevi depois de um 'quase acidente' numa estrada movimentada. Foi entre Anápolis e Goiânia, mas poderia ter sido em qualquer rodovia brasileira. Infelizmente, há  Segismundos  por toda parte. Já visitei países de quatro continentes, morando em dois deles: Ásia e Europa. Infelizmente (outro infelizmente ), quando se fala em limpeza de ruas e rodovias, nosso país deixa muito a desejar, se compararmos a alguns países europeus... Em Brasília, no tempo do então Governador e hoje Senador Cristovam Buarque, foi aprovada uma lei multando quem jogasse qualquer tipo de papel nas ruas. Ou outra sujeira. Ficou só no papel, como quase todas nossas leis. Talvez o papel da lei também tenha sido jogado nas ruas! Seria tão bom se trocassem as campanhas de cerveja por campanhas educativas! Eis o texto que escrevi em 30 de setembro de 2008, na Via Vida 23 : "Fico indignada toda vez que vejo motoristas ou passageiros joga...

Via Vida: Viajando e Conhecendo

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Viajando e Conhecendo Casablanca, Marrocos - África do Norte: Minha primeira viagem internacional Li um relato na Internet de um rapaz brasileiro que atravessava vários países em uma moto. Ele já havia percorrido uma parte do Irã. O Irã é um país diversificado, geograficamente falando. Há montanhas de neve, mar e deserto. Ele estava, segundo sua narrativa, "morrendo de calor "  e com "uma sede terrível " , pois vestia roupas desconfortáveis e sua água tinha acabado. Já quase sem forças, encontrou por acaso um posto policial onde foi socorrido. Deram-lhe água e informações. Ele critica o “tom irônico” de um dos policiais ao lhe perguntar: “Você não sabe que está num deserto?” Para as pessoas que querem dar a volta ao mundo de bicicleta, moto ou carro, por favor, façam um roteiro, pesquisem um pouco sobre os costumes e a cultura do local. E, não se esqueçam, não se conhece um povo em um dia ou em uma semana. Tudo bem, do ponto de vista turístico, do ver pa...

Via Postais: Recordações de um País Distante

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Recordações de Um País Distante - I Postal: Casa de Chá em Esfahan Verso do postal O postal endereçado à minha mãe e à minha irmã Betty:  "Mamãe, Betty Estamos por alguns dias em Esfarran, antiga capital do Irã. É uma das cidades mais bonitas que já vimos. Aqui podemos apreciar objetos feitos há mais de mil anos! Vimos até o Templo de Zoroastro, ampliado através dos séculos pelas dinastias posteriores.  Este postal mostra uma Casa de Chá decorada segundo a moda tradicional do Irã."    Eu em Esfahan - Irã, em uma Casa de Chá, nossos 'cafés' daqui.  Estou segurando um caramelo  para adoçar  o delicioso chá preto com  jasmim. Receita para uma bela crise do nervo ciático: Sair do Rio em pleno verão - mais ou menos 40 graus – pousar em Paris, em um inverno de zero grau e ir mais além: Teerã, no meio da neve, numa temperatura que às vezes chega aos 10 graus negativos e a neve pode ultrapassar um metro de altura. Te...

Via Vida: A Bela e Doce Teresinha

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Teresinha Teresinha, sua filha Zenaide e um um pequeno piano. Realidade ou ficção? Pedaços de uma vida ou um miniconto? Eu era bem pequena quando conheci Teresinha, mas não poderia me esquecer. Moça linda, de vinte e poucos anos, pele clara, cabelos escuros e muito meiga. Falava baixo e tinha os olhos doces. Lembro-me dela como se fosse hoje. Também, pudera! - "me elegera" como uma segunda filha. Durante o tempo que passou conosco esteve sempre próxima. Quando sua filha Zenaide dormia, depois do almoço, Terezinha me colocava em seu colo e me fazia também dormir, passando as mãos em meus cabelos. Teresinha era minha irmã. Filha do primeiro casamento de meu pai. Ele, desnorteado com a morte de sua mulher, o amor de sua juventude, com quem teve dezoito filhos, praticamente abandonou tudo. Seus filhos mais novos ficaram aos cuidados dos irmãos mais velhos. Deu aos filhos já adultos condições financeiras para começarem suas vidas, comprando fazendas a uns, doando gado a ou...

Via Vida: Amizade é Confiança

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Orquídeas do Jardim Botânico de Brasília ... Sempre, ao nos lembrarmos de alguém, um outro sentimento antecede a lembrança. Ele sempre está lá, embora às vezes imperceptível, como um alerta. É este sentimento que abre o caminho da lembrança. É ele que irá transformar essa ou aquela recordação em algo bom ou ruim, com um doce sabor ou insosso, sem sal, ou mesmo amargo, com um gosto ruim de ´não quero mais`. Esse sentir desbravador tem um nome: confiança. É ela, a confiança, que define o grau da amizade. Ou a falta dela. O que faz desaparecer a confiança? A mentira, o engano, a traição? Com certeza sim. O maior exemplo de amizade e confiança? A amizade e a confiança de uma mãe ou de um pai. A amizade de nossos pais é feita de confiança porque foi cozida com amor, atenção, compreensão e carinho. A amizade se alimenta de boas lembranças: um sorriso, um aperto de mão ou um abraço sinceros; um elo familiar, desses que nos deixam à vontade, sem nada esconder, confiantes;...