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sábado, janeiro 04, 2014

Via Natureza: E não é que o galo vai cantar?

A Internet é mesmo surpreendente. Imagine a foto de uma ave postada inocentemente em uma rede social* ganhar conotações "futebolísticas". Foi o que aconteceu com a imagem de um galo. Feita em 2012, em uma chácara nos arredores de Goiânia, só agora resolvi publicá-la. Em alguns segundos as "curtidas" começaram e não pararam mais. Ainda não tem 24 horas, mas já ultrapassa 50 mil visualizações, mais de uma centena de curtidas e muitos compartilhamentos. Apostando no "charme" do galinho, vamos ver onde tudo isso vai parar. A foto foi essa:



Veja mais algumas fotos do galo galã feitas nesse mesmo dia:






Nesta aqui ele foi talvez matar sua sede junto de alguns patos:


Que galinho atrevido, gente!!!

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*Em nossa página do Facebook Natureza e Viver Sustentável.

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domingo, julho 08, 2012

Via Vida: Sábado em uma BR do Planalto Central


  Estradas mata à dentro


A Rodovia BR 060 liga Brasília a Goiânia. Entre idas e vindas devo passar por ela algumas dezenas de vezes a cada ano. Ontem, sábado, deixei de lado a preguiça (ou será cansaço?) e fiz trabalhar minha pequena câmera. Depois de várias seleções, ainda havia mais de cem fotos. Se pudesse, deixaria aqui a maioria delas. Agrupei algumas em colagens para economizar espaço, mas mesmo assim o post ficou enorme. Quem tiver tempo e disposição, dá pra conhecer um pouquinho dessa rodovia que já foi considerada muito perigosa. De dez anos para cá suas curvas diminuíram, suas pistas foram duplicadas e foi criado um grande lago-reservatório, aproveitando a água das chuvas, o vale e os muitos riachos. Agora o perigo é outro. Confira alguns de seus trechos  - uns belos e outros nem tanto - através das imagens abaixo.

quinta-feira, março 08, 2012

Via Vida: Eliana Calmon no Dia Internacional da Mulher

Ministra Eliana Calmon
A ministra Eliana Calmon, exercendo com firmeza, transparência e ética o mais alto posto da Justiça brasileira, é uma digna representante da mulher moderna. Esta foto, assim como as imagens abaixo, fiz esta manhã, através da televisão.

Esta década foi marcada, em todas as esferas da cúpula administrativa brasileira, por toda sorte de corrupção. Mas também ela ficará na história pela luta de nosso povo reivindicando e exigindo punição a todos os envolvidos nesses atos vergonhosos. Marchas e champanhas clamando por mais seriedade, por mais candidatos 'ficha limpa' e por mais ética nos órgãos públicos estão por toda parte, principalmente nas redes sociais.

A ministra Eliana Calmon, corregedora nacional de Justiça, enfrentou 'cobras e lagartos' com coragem e determinação, denunciando "bandidos vestidos de toga". O povo brasileiro, orgulhoso, apoiou e apoia sua corajosa luta. Parabéns, Ministra!

Hoje pela manhã, vendo o programa Mais Você, constatei mais uma vez o acerto de sua
apresentadora, entrevistando essa brava ministra. Parabéns a você também, Ana Maria Braga. Parabéns a todas as mulheres brasileiras, guerreiras como nossa digna ministra.

Eliana Calmon, hoje, no Dia Internacional da Mulher, durante uma entrevista dada à apresentadora Ana Maria Braga.  
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O poema abaixo, uma homenagem à ministra, tirei do blog rafimpoemas .

"A mulher Corajosa

Num corredor na pós-fronteira da terra
Que dava num mar de nuvens brancas, ondulantes
Moventes e intrigantes
Um mar sem margem sem litoral e sem horizonte
Um grupo de homens sentados
Nos degraus flutuantes de nuvens condensadas
Cobertos da poeira da espera
Para receber uma notícia esperançosa da terra
Apareceu um homem também assassinado
Sentou-se num degrau lado a lado
Contou que perante os olhos fechados da estátua da justiça
Jogaram todos os seus processos
Na lixeira de acervos da justiça
Alegando que o cupim do tempo
Destrói todos os carimbos de validade
O  homem recém chegado
Contou que ainda no mesmo dia
Foram montadas em frente das tocas na mata
Festas comemorando essa data
Rindo de vossas famílias
E de uma estátua de olhos vendados
Mas que com a chegada da primavera
Apareceu uma mulher corajosa
Digna do uniforme da justiça
Valeu-se da espada da estátua da justiça
defendendo os injustiçados desamparados
Disse contestando a impunidade
Que existe “infiltração de bandidos
escondidos atrás da toga”*
Evocando na mente esta idéia
Será que não chegou a época
De abandonar este conceito da antiga Roma
E desvendar os olhos da estátua da justiça
Para não escapar da frente de seus olhos
Nenhum infrator da justiça?
Os homens se levantaram
Sacudiram as poeiras da espera
Embarcaram nas ondas do mar de nuvens
Rumo
Ao Supremo
Tribunal
Divino" (In: http://rafimpoemas.blogspot.com)

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quarta-feira, janeiro 25, 2012

Via Natureza: Uma Hora no Jardim Botânico

Árvores e plantas diversas, borboletas, pássaros, outros pequenos animais e muito oxigênio. Em apenas uma hora de passeio em algum lugar arborizado nossos pulmões agradecem. Imagine-se então em uma reserva ecológica. Não, não só sonhe. Vá mesmo a algum parque.

Domingo passado, já no finalzinho da tarde, reunimos a família e fomos fazer caminhada no Jardim Botânico de Brasília. Chegamos mais ou menos às 15:45 h. O JBB fecha às 17 h; portanto, ficamos caminhando - em rítmo de passeio - apenas um pouco mais de uma hora. O suficiente para voltarmos totalmente revigorados.

Separei algumas fotos para nosso álbum de família e outras para tentar motivá-lo a também ir se revigorar. Veja, nas imagens abaixo, flores e árvores do Cerrado - o JBB é a maior reserva mundial em espécies do Cerrado, além de uma sequência de fotos mostrando o pulo de um macaquinho, entre outras amostras de nosso passeio.


Flores do Cerrado





Macaquinhos



O pulo do macaquinho 

Árvores do Cerrado






Anfiteatro ao ar livre





Com as chuvas de janeiro, a grama e o capim crescem mais rápido. 

Gostou? Pois saiba que é somente um pouquinho desse santuário onde ainda podemos ver paisagens naturais e ouvir o canto de pássaros. Então, motivado a passear em algum recanto verde? Vale qualquer lugar onde você possa ter um contato maior com a vida natural. Bom passeio.

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segunda-feira, novembro 21, 2011

Via Artesanato: Novidades em Tricô

Que tricô e crochê são do tempo da e da bisa, todo mundo sabe. Mas quem pensa que são só daquele tempo, está pra lá de desatualizado. Porque, na verdade, o tricô (ou tricot), o crochê (ou crochet) e todo artesanato, nunca estiveram tão modernos e nas ondas da moda como agora. Afinal, estamos na era de revolução da contra evolução industrial. Paradoxo? Se ainda pensamos como nossos pais ou como nossos avós, sim. Porém, se somos mesmo moderninhos como queremos aparentar, que venha o artesanato com toda sua arte, economia e, por quê não, terapia. Das melhores. Contra estresse é tiro e queda.

Quem faz artesanato rema contra a maré, mas a favor de seus inúmeros benefícios. Sabemos que a era tecnológica não tem mais volta. Para diminuir seus impactos devemos nos disciplinar contra o consumismo, tendo um olhar mais reflexivo no sentido de um viver consciente. Conseguindo isso, geramos mudanças. Mudanças que irão refletir, com certeza, nas próximas gerações. Se um milésimo das pessoas que vivem neste globo chamado Terra se conscientizassem, quantos benefícios todos teríamos, a médio e a longo prazos. Ousamos sonhar com grupos de pequenos agricultores, de pequenos empresários e pequenos núcleos comunitários que se ajudam mutuamente. Utopia? Não, se nos dermos as mãos.

Um exemplo na moda

Comecei falando sobre artesanato e acabei indo por caminhos tão complexos quanto o pré-sal para o petróleo. Parando por aí, vamos ver um tricô lindésimo, que deixa qualquer haute couture no chinelo? É feito pela artesã Gleuza.* Ela mostra seu trabalho em feiras de Brasília. Nesse fim de semana esteve no Gilberto Salomão, na Feira da Lua. Confira através das imagens abaixo.

Blusa ecologicamente correta, feita em fibra de bambu.
Colete charmoso e colorido em fio turco.

Romântico colete em fio turco. 

Lindas e originais echarpes: São tricotadas na horizontal e cada carreira é feita com um tipo diferente de fio.

A artesã Gleuza entre agulhas, fios e suas peças de tricô.

Mãos tricotando arte.

Gleuza feliz entre dois de seus trabalhos .

O mundo está redescobrindo o tricô artesanal e o crochê. E valorizando-os. As peças das fotos, por exemplo, feitas pela artesã Gleuza, podem ser adquiridas por volta de R$190,00. Já na capital do país berço da moda - Paris - você deve desembolsar mais de cinco mil reais, dependendo da 'assinatura', claro.

Tricote ou compre tricô. Faça ou adquira trabalhos feitos à mão. Valorizando o artesanato você estará ajudando a preservar artes e manuseios repassados de geração a geração.

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*Gleuza - Tricot feito à mão: gleuzagraca@uol.com.br

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segunda-feira, maio 23, 2011

Via Músicas Que Ficam: Pausa de Férias com Joan Baez

Flor-de-maio - Ganhei no Dia das Mães
Forever Young com Joan Baez


Férias, eu??????????? Quem me dera!!!!!!!!!!!!!!! Estou mesmo é no meio de latas de tinta, argamassa e pedras, muitas pedras... Parodiando Drummond, "no meio do caminho tinha" (e tem) uma reforma. E variadas listinhas 'dus materiau', com seus respectivos personagens, claro.

Esta pausa não é para falar de 'obras' ou coisas do gênero e sim do bom 'peneirado' no mês mais doce do ano, maio, o mês das mães, das noivas, da flor-de-maio e... 'meu' mês. Nasci no início, dia dois... Este ano, desde o final de abril que os presentes começaram a chegar. Querem ver?

Meu primeiro presente de aniversário caiu do céu, ou melhor, do Facebook. Fui avisada que meu nome tinha sido incluído no grupo Amigos do Avareté. Quem participa de alguma rede social sabe que convites para participar de grupos ou de comunidades é que não faltam, nos deixando muitas vezes em saias justas, sem saber como nos desvincilhar de um ou de outro... Fui conhecer o Amigos do Avareté, querendo que fosse realmente algo bom. Bingo! Amei o grupo. Foi criado pelo grande Márcio Maracajah. Como ele diz, "Há alguns anos Joaquim Assis, fundador e regente do Coral Avareté, criou uma lista de admiradores do coral para serem notificados sobre as nossas apresentações. Esta lista ficou conhecida como Amigos do Avareté. O objetivo da criação deste grupo é de expandir a função original desta lista e facilitar a comunicação e integração dos nossos amigos." (Marcio Maracajah). É também dele a seguinte informação: "O Coral Avareté foi criado em 1977 por alguns integrantes do Coral Israelita Brasileiro que se reuniam antes do início dos ensaios para cantar um repertório variado, sob a direção de Joaquim Assis, na época assistente de Isaac Karabtchevsky, seu então regente. Após a saída de Joaquim, uma parte do grupo o acompanhou, fundando o Corinho, nome dado em alusão ao pequeno número de seus integrantes que contrastava com a grande dimensão do Coral Israelita (150 coralistas). Mais tarde, o Corinho mudou seu nome para Avareté, expressão Tupi para Arte que significa “feito com vida”." E viva a música feita com vida, digo eu...

A segunda alegria veio também através da música. Encontrei algumas 'fitas' - para quem não sabe, as fitas antecederam os CDs - que costumava ouvir enquanto estudava. Entre elas algumas com Joan Baez. Foi aí que tive a ideia de procurar trabalhos recentes dessa grande cantora de voz doce e melodiosa. O vídeo que estou deixando aqui (Forever Young) é de uma de suas últimas apresentações. Vou colocar no Amigos do Avareté uma de suas antigas gravações, a ária n 5 de Heitor Villa-Lobos, Bachianas Brasileiras.

Agora conto qual foi meu maior presente: No sábado anterior ao Dia das Mães minha filha recebeu alta. Ela ficou hospitalizada mais de uma semana. Foi um duplo 'cadeuax', de aniversário e de Dia das Mães.    
   
Aproveitando a pausa, vamos ver algumas fotos feitas este mês, entre um e outro sufoco? A do Ipê-rosa foi feita na estrada entre Brasília e Goiânia; as da mussaenda-rosa fiz em Goiânia e as fotos do amanhecer fiz hoje, em Brasília, especialmente para você que ama o início de um novo dia, de uma nova jornada, de um amanhecer luminoso, mesmo com chuva, mas sempre de bem com a vida e num constante renovar de idéias, de forças e de sonhos. Forever Young!


Ipê-rosa. Estão lindos este mês.  

Mussaenda-rosa
Olha só que florzinha amarela linda dessa mussaenda-rosa
A pequena mancha é...   
...de um desses bichinhos. Pode não ser um 'bom' inseto, mas ficou um charme na mussaenda... 
Lindas mussaendas de maio
O amanhecer...

...de hoje...
...deste doce mês...
...de maio

  Um final de maio cheio de músicas, flores e belas paisagens!

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quarta-feira, agosto 26, 2009

Via Natureza: A Borboleta Azul - 2



Trabalhamos durante este mês com o tema azul. Foram três flores e um pássaro azuis; hoje trazemos uma borboleta. É uma reedição do dia 23 de setembro de 2008. Dois motivos nos levaram a reeditar esse post: Primeiro, a cor da borboleta. Segundo, o período de estiagem do ano passado. Vejam, nele falamos sobre a grama seca pela falta de chuva. Estávamos no final de setembro. Este ano, Graças a Deus, as chuvas apareceram mais cedo. Hoje está chovendo. O cerrado é assim nesses meses de seca. Todos esperam a chuva a partir do início de agosto, mas é raro isso acontecer. Nos últimos anos ele só dá as caras em setembro. E depois do dia 20.

Confiram o que escrevi em 2008:
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Recentemente temos visto bons filmes nos canais de televisão. A Borboleta Azul é um deles. É baseado em um fato da vida real. Conta a história de uma criança com câncer, sem esperança de sobrevivência. Ele - é um menino - sonhou com uma borboleta azul e queria porque queria ver uma. Um amigo, professor de botânica, levou-o a uma floresta tropical para procurarem a rara borboleta.
Depois de muitas aventuras correndo atrás de borboletas, o menino consegue realizar seu sonho. Diz o filme que o menino ficou curado, com exames que comprovaram isso. É a fé colocada em prática. No caso, a fé na cura, mesmo tendo como agente motivador uma simples, porém linda, borboletinha.
Terminado o filme, todos que o viram comigo, entre eles duas jovens, não se cansaram de elogiá-lo. E tinham visto 'sem pestanejar', não perdendo um só minuto.
Conclusão: Não é preciso tiros, lutas, explosões, mortes ou efeitos especiais distorcendo a imagem, para que um filme conquiste o público. Nota dez para a história, nota dez para a fotografia e dez multiplicado por dez para o retorno aos bons filmes.














Nota: Estas três fotos (na verdade duas, porque a primeira foto é a mesma da última) foram tiradas no último dia 14, dois dias depois do filme. É uma linda e minúscula borboleta azul achada por minha filha, na grama seca de nosso jardim. (A grama está seca pela falta de chuva.)"

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Notas: 1- Por que agosto tem que ser visto sempre como 'um mês ruim'? Escolhemos a cor azul para este mês justamente para tentar mudar essa visão distorcida e preconceituosa. 2- No post Onde estão as chuvas de agosto? falamos sobre o período de estiagem cada vez mais prolongado. O ano passado, como prova nosso post de setembro, foi terrível! Para nossa sorte este ano foi bem melhor. Sexta-feira, dia 21, caiu a primeira chuva aqui em Brasília. Viva o sol, mas também, viva a chuva.

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sexta-feira, agosto 14, 2009

Via Natureza: De Onde Veio Essa Pombinha?


Encontramos essa pombinha, no final de maio, numa moita de um canteiro com plantas diversas. Estava sendo acuada por nossa cadela. Ouvindo o latido, fomos ver o que era. Vimos a pequena ave* toda encolhida, tentando se esconder entre as ramagens.
Minha filha a pegou com carinho, mas ela tremia de medo. Era um filhote, naturalmente aprendendo a voar, que tinha caído de alguma árvore. Tentamos fazê-la beber algumas gotas d'água, passamos a mão em sua cabecinha... Pouco a pouco ela se acalmou; deve ter percebido que o perigo tinha passado.
Devia ser mais ou menos seis horas da tarde quando a vimos. Percebendo que a pobrezinha estava cansada, procuramos acomodá-la em uma caixa. As aves dormem cedo, logo depois do por do sol. Cada um queria 'enfeitar' melhor aquele ninho improvisado, com folhas e galhos diversos. Seu novo abrigo ficou assim:



No dia seguinte, depois de alimentá-la com frutas raspadas e muito carinho, com direito a uma sessão de fotos, fomos procurar seu ninho. Achamos este da foto abaixo, com uma pomba que nos olhava inquieta. Ficava bem no topo de uma grande e alta árvore. "Como fazer", pensamos, "ela voa alguns metros e logo cai"... Deve ter acontecido alguma coisa quando caiu na moita. Ou talvez o medo daquele animal latindo a tenha feito se apressar, ficando espremida entre os galhos, se machucando... Olhamos suas asas, seu corpinho, suas pernas finas, mas não vimos nenhum sinal que indicasse algum ferimento.

Ninho de pombas

Resolvemos deixá-la em um galho mais baixo da árvore. Ficamos olhando de longe. Duas vezes ela voou para outros galhos. Voava como se estivesse saltando. É, devia mesmo estar aprendendo a voar. Entretidos em conversas e afazeres, descuidamos um pouco da tarefa de vigiá-la e, quando fomos vê-la, ela já não estava mais por ali. Durante o dia vimos várias pombinhas nas árvores próximas. Será que ela estava entre elas?
As aves mamães geralmente 'empurram' seus jovens rebentos para fazê-los perder o medo das alturas. No susto da queda, eles começam a bater as asas e descobrem que podem ficar no ar; a partir daí, como leves plumas, voam de um lado para outro.

O olhar tristonho da pombinha

Nós, humanos, de um modo geral, temos medo de 'empurrar' nossos filhos para a vida, preferindo tê-los sempre por perto. Erramos? Não sei. Neste mundo de hoje, cheio de violências, o melhor é deixá-los 'voar' a seu tempo, de acordo com a maturidade de cada um deles. Pelo que tenho lido, não sou a única a pensar assim. Parece que é uma tendência mundial. Temos medo que eles - nossos filhos, como aquela pombinha, encontrem cães e cadelas ferozes vida afora.
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*Aves e pássaros - ..."todos os pássaros são aves, mas nem todas aves são pássaros!" Afinal, como distinguir um pássaro de uma ave? No artigo Nem todas as aves são pássaros (veja o site abaixo) podemos ler:

"Rodolpho von Ihering, um dos maiores naturalistas deste País, já frisava em sua obra magna, o DICIONÁRIO DOS ANIMAIS DO BRASIL: "Pouca gente costuma fazer distinção com valor classificativo, no emprego dos vocábulos ave e pássaro, peculiares à nossa língua e à espanhola. O francês emprega indiferentemente oiseau, tanto ao designar o avestruz como o pardal e da mesma forma Vogel em alemão e bird em inglês aplicam-se a qualquer vertebrado plumado. Mas ninguém, falando corretamente nossa língua, dirá que a ema, o gavião e o papagaio sejam pássaros". O mestre até exemplifica: "Termos ouvido definir que pássaros são as aves pequenas. Estará certa? O bem-te-vi é um pássaro, mas a rolinha, muito menor, pode ser designada assim? Certamente que não, pois a rola é uma pomba e os representante desta ordem não são pássaros, porém aves, como as galinhas".
"Depreende-se, portanto, a existência de valor classificativo para a palavra pássaro. Todos os vertebrados providos de penas são aves, inclusive os pássaros. Estes, porém, pertencem a um grupo zoológico bem caracterizado, constituindo a ordem Passeriformes. E a ela não se filiam tuins, andorinhões e nem mesmo os beija- flores, apesar de suas reduzidas dimensões. Daí se deduz que, se quisermos empregar com exatidão os vocábulos ave e pássaro, a noção de tamanho deve ser completamente abandonada, levando-se em conta apenas o critério de classificação. Pássaros, só os Passeriformes, que têm bico desprovido de membrana na base, tarsos isentos de penas, pés com três dedos dirigidos para a frente e um para trás e unha do dedo posterior mais forte que a dos anteriores, dos quais os dois interiores são ligados entre si na base." Leia mais em: http://www.ao.com.br/aves&pas.htm
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quarta-feira, julho 08, 2009

Via Natureza: Monólogo de uma Árvore

Monólogo de Uma Árvore





Sou mais uma planta do cerrado. Sou árvore resistente. Quantas vezes já fui queimada viva! Olhem meu tronco: há marcas de queimaduras por todo meu corpo; no início, quando era mais jovem, meu tronco se refazia quase totalmente. Hoje, a cada queimada, fico mais escura e envelhecida. Olho à minha volta. O que vejo? Poucas árvores, minhas companheiras, resistiram. Do que semeei, muito, muito pouco conseguiu sobreviver. As plantas nativas, como eu, árvore pensativa, quando não são destruídas por queimadas, são arrancadas para darem lugar para mais abrigos do inimigo número um de nossa Mãe Natureza. Tudo bem, eles nascem às centenas todo segundo, mas não podemos conviver um com o outro? Não podemos ser amigos? Queria tanto! Quero continuar vendo crianças subindo, alegres, em meu tronco. Quero abrigar aqueles que passam por mim e descansam sob minha copa. Quero ver pássaros fazendo ninhos em meus galhos. Quero não ver mais queimadas. É horrível! Quero não ver mais plantas sendo arrancadas. Olhem, de onde estou avisto um bosque de eucaliptos. Eles não são daqui; foi a mão 'daquele inimigo' que os plantou. Coitado, ele não sabe que eles, os eucaliptos, não gostam deste clima seco do cerrado. Ele não sabe que somos nós, árvores nativas deste lugar, que podemos melhor sustentar o solo. Ele não sabe... Ele não sabe tantas coisas!
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segunda-feira, junho 01, 2009

Via Verde: Ameixa Brasileira

Flores da Ameixeira

"Oh! que saudades que tenho",
dos bons tempos de estudante na França,
no doce sabor da reine-claude. Assim não dá. Parodiar Casimiro de Abreu¹, com saudades da França? Se ao menos estivesse me referindo à Canção do Exílio.

Explico: Por todo o mundo há mais ou menos 150 espécies de ameixa.² Não tenho os dados precisos, mas é por aí. Na Europa existe uma grande quantidade delas, variando em cor e sabor, dependendo da região. Uma das mais conhecidas e saborosas é a reine-claude. Sabe aquela fruta que você come uma, duas... e sempre pede bis? Tipo fruta-do-conde, manga-coquinho, morango, amora - estou citando as que amo, claro.
Em Paris pode-se encontrar a reine-claude em quase todos os lugares, dos supermercados às feiras livres. Foi em uma dessas feiras que a conheci. Compramos muitas. Quando a experimentei... Ah! Como é de-li-ci-o-sa! Comecei a degustá-las e só parei porque me contaram uma 'historinha': a de um brasileiro que, ao saborear uma dessas ameixas, não conseguiu mais parar... E sabem onde ele foi 'parar', não é? Mas não estou aqui para falar da reine-claude e sim de nossa ameixa brasileira.
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Amo plantar - acho que já deu para notar, não é? Plantei em meu quintal tudo que ia encontrando pela frente. De sementes a mudas. Uma dessas mudas era de um pé de ameixa. Depois de cinco ou seis anos, para minha alegria, ele floriu. E com vontade. Em novembro do ano passado apareceram as flores, em março deste ano os frutos maduros. Vamos acompanhar seu 'frutificar'?


Hoje, ele, meu pé de ameixa, está assim. Tirei essa foto sábado passado.
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Novembro de 2008: Apareceram os primeiros botões.

As flores brancas começaram a pipocar aqui e ali...




De dentro das flores surgiram os primeiros frutinhos, ainda 'nenenzinhos'...

Em cachos...

E mais cachos...

Que começaram a amadurecer; o verde foi dando lugar ao amarelo...

Até que a ameixeira ficou toda carregada de pequenas frutas alongadas.




Agora conto uma outra 'historinha': Temos uma cadela pastor alemão. Ela gosta de ficar passeando no jardim e no pomar. Ama todo tipo de fruta, porém só come as que lhe damos. Mas parece que ela também não resistiu ao sabor das ameixas que caíam. Exagerou e... Na próxima colheita de ameixa vamos fechar o pomar. Conclusão das 'historinhas': Em qualquer país, seja a ameixa desse ou daquele sabor e cor, o princípio ativo dessa frutinha é o mesmo: laxativo. Portanto, coma com moderação.




Colhemos tantas ameixas que ficamos sem saber o que fazer. Para se comer in natura, não é assim 'uma Brastemp', quer dizer, uma reine-claude, mas dá 'prá levar'. Tentamos fazer algum tipo de conserva, mas fracassei na primeira tentativa. Queria fazer uma compota. Cozinhei as ameixas com os caroços - cada uma tem de um a três; ficou ahrrr... Tive que jogar fora.
Não desisti: com paciência e ajuda, retirei os caroços. Fiz uma calda com o açúcar equivalente à metade da polpa e deixei cozinhando em fogo bem baixo, quase apagando, por mais ou menos duas horas. Consegui. Todos que provaram aprovaram. Na próxima colheita vou fazer mais algumas tentativas.
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Ameixa - Ameixeira (Prunus domestica). Pertence á família das rosáceas, a mesma família botânica da cerejeira, do pessegueiro e da amora. Existem muitas variedades, por isto variam no tamanho, na cor, no sabor e no tempo da colheita.
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A língua persa, rica em diferenciações, possui duas palavras para ameixa: Álu - ameixas alongadas, como as mostradas nas fotos e Alutheh - ameixas redondas, como aquela roxinha que compramos nos supermercados ou mesmo como a meio amarelo-esverdeada reine-claude.
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A ameixa é rica do ponto de vista nutricional, possuindo vitaminas C, A e do complexo B, que ajudam a evitar o reumatismo e problemas de pele. Contém também cálcio, fósforo e ferro. Por ser laxativa - possui um número muito grande de fibras - combate a prisão de ventre.
De acordo com o livro Plantas Medicinais,³ "é adstringente e emoliente", "das folhas se faz um bom xarope contra tosse" e "a casca da raiz é usada contra diabete".
Já no livro Guia Completo de Nutrição,4 podemos ler: "A fruta é cheia de um tipo particular de fibra, a pectina, que ajuda a baixar os níveis do mau colesterol, o LDL. Outros componentes da ameixa, as mucilagens, ajudam os pulmões a expelir o catarro. Dessa forma, há uma diminuição do reflexo da tosse, já que ela nada mais é do que uma tentativa de varrer as secreções do aparelho respiratório."
A ameixa seca possui, além de ferro, zinco e potássio. O potássio regulariza a pressão sanguínea e combate doenças dos ossos.
A ameixa fresca contém apenas 47 calorias em cada 100 gramas.

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¹Meus Oito Anos, de Casimiro de Abreu. Quem não se lembra desse poema? Ele nos acompanha desde a escola fundamental, não é? Para matar a saudade, vamos transcrevê-lo abaixo. Transcrevo também, deste poeta do Romantismo Brasileiro, seu não menos famoso poema Canção do Exílio.
²Infelizmente não podemos fazer 'un tour' ao mundo através dos sabores dessa pequena fruta. Podemos, sim, acompanhá-la através de seu nome: Em francês ameixa é prune e pruneau (ameixa seca); em espanhol é ciruela; em italiano é prugna; em persa é álu e alutheh; em inglês é plum e plune (ameixa seca); em norueguês é plomme; em chinês... Não consigo pronunciar. Você sabe? E em japonês, árabe, coreano... Conte pra gente.
³Plantas Medicinais - 9.420 Receitas Botânicas, Irmão Cirilo, Korbes: Associação de Estudos, Orientação e Assistência Rural, 1995, 46ª edição, p.68.
4Guia Completo de Nutrição - Saude é Vital, Edição de texto de Álvaro Leme, Editora Abril, São Paulo, 2ª ed., 2005, p. 98.
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MEUS OITO ANOS
Casimiro de Abreu
"Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias
Do despontar da existência!
— Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é — lago sereno,
O céu — um manto azulado,
O mundo — um sonho dourado,
A vida — um hino d'amor!
Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minhã irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
— Pés descalços, braços nus
— Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
................................
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
— Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
A sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!"
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Canção do Exílio
Casimiro de Abreu
......
Se eu tenho de morrer na flor dos anos
Meu Deus! não seja já;
Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,
Cantar o sabiá!

Meu Deus, eu sinto e tu bem vês que eu morro
Respirando este ar;
Faz que eu viva, Senhor! dá-me de novo
Os gozos do meu lar!..
O país estrangeiro mais belezas
Do que a pátria não tem;
E este mundo não vale um só dos beijos
Tão doces duma mãe!
.......
Dá-me os sítios gentis onde eu brincava
Lá na quadra infantil;
Dá que eu veja uma vez o céu da pátria,
O céu do meu Brasil!...
Se eu tenho de morrer na flor dos anos
Meu Deus! não seja já!
Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,
Cantar o sabiá!....
Quero ver esse céu da minha terra
Tão lindo e tão azul!
E a nuvem cor-de-rosa que passava
Correndo lá do sul!....
Quero dormir à sombra dos coqueiros,
As folhas por dossel;
E ver se apanho a borboleta branca,
Que voa no vergel!....
Quero sentar-me à beira do riacho
Das tardes ao cair,
E sozinho cismando no crepúsculo
Os sonhos do porvir!
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Se eu tenho de morrer na flor dos anos,
Meu Deus! não seja já;
Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,
A voz do sabiá!
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Quero morrer cercado dos perfumes
Dum clima tropical,
E sentir, expirando, as harmonias
Do meu berço natal!.....
Minha campa será entre as mangueiras,
Banhada do luar,
E eu contente dormirei tranqüilo
À sombra do meu lar!

As cachoeiras chorarão sentidas
Porque cedo morri,
E eu sonho no sepulcro os meus amores
Na terra onde nasci!
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Se eu tenho de morrer na flor dos anos,
Meu Deus! não seja já;
Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,
Cantar o sabiá!
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Toda e qualquer complementação a este post será muito bem vinda. Não sou especialista em botânica; apenas amo ver, fotografar e mostrar as belezas produzidas pela natureza. A beleza das diferenças, a beleza da germinação de uma semente, a beleza da floração de uma planta, a beleza de seu nascimento e de seu crescimento.
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Por que juntar planta e poesia? Porque poesia é a semente da sensibilidade. É a manifestação da mais pura emoção. É a representação dos sentimentos. É a explosão do amor. Amor que explode em palavras, assim como uma planta explode em flores..
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