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sexta-feira, agosto 31, 2012

Via Verde: Palmeira Bacuri




"Minha terra tem palmeiras / Onde canta o sabiá / As aves que aqui gorjeiam / Não gorjeiam como lá"... É assim que começa a Canção do Exílio de Gonçalves Dias e é assim que nos sentimos quando estamos longe de nosso 'torrão', longe de nossos jardins e de nossas matas. Essas três fotos fiz

quarta-feira, março 02, 2011

Via Verde: Coquinhos da Palmeira Macaúba





Em outubro de 2009 publicamos o post Macaúba, uma Palmeira em Extinção?, falando sobre a Palmeira Macaúba, nosso meio ambiente em degradação e o aquecimento global. Mostramos fotos da palmeira em diferentes épocas e modos - florida, com frutos, enfeitando avenidas e outras, em lotes cercados, esperando o tempo da edificação de mais uma construção para serem cortadas e desaparecerem. Hoje deixo fotos de alguns coquinhos da macaúba. Eles estavam caídos debaixo de uma palmeira naquele lote cercado. 

Esses frutinhos me remeteram ao meu tempo de criança em uma pequena cidade de Goiás, Pedro Afonso, hoje pertencente ao Estado do Tocantins. Não nasci nessa cidade, mas passamos alguns bons anos por lá, entre meus dois e nove anos. Ela é ladeada por dois grandes rios - de um lado o Rio Tocantins e do outro lado o Rio do Sono. Cercada por rios e matas, aprendi a amar a natureza. Ainda guardo a lembrança dos passeios no mato, de manhãs em praias de areia branca e finíssima; das brincadeiras no Rio Tocantins, com meus irmãos e crianças vizinhas e sempre acompanhados pela Morena, uma moça que morava conosco. Cedo, brincando aprendi a nadar... Ainda guardo também o gostinho das macaúbas, dos pequis, dos cajus e das mais variadas mangas - manga rosa, manga espada, manga comum, manga coquinho...    

Deixo as fotos dessas macaúbas para matar a saudade de alguns e fazer com que outros possam também conhecê-las.

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quinta-feira, outubro 15, 2009

Via Natureza: Macaúba, uma Palmeira em Extinção?

Hoje pessoas do mundo inteiro publicarão em seus blogs posts sobre o aquecimento de nosso planeta. É uma ação global denominada Blog Action Day. A pequena pesquisa abaixo sobre a Palmeira Macaúba é nossa contribuição para essa união de forças e de idéias.






A Palmeira Macaúba, nativa do Brasil, tem como nome científico Acrocomia aculeata. É também conhecida, de acordo com a região, pelos seguintes nomes: ciclete-de-boi, coco-baboso, coco-de-espinho, coquinho, bocaiúva, macauva, macajuba, macaíba, mocajá, mucajá, umbocaiuva...  Família das palmae. É encontrada em muitos estados brasileiros. Pode atingir até 20 metros de altura, sendo muito utilizada em paisagismo. O dado mais interessante é que suas raízes protegem o solo contra erosões.
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O fruto da macaúba - O nome popular ciclete-de-boi é porque seu pequeno coco possui uma polpa carnuda e um tanto pegajosa; é muito apreciado pelas crianças exatamente por isto, pois tem-se a sensação de se estar mascando ciclete. Uma outra curiosidade: seu fruto, o coquinho, demora de 13 a 14 semanas para amadurecer. Além do consumo in natura, sua farinha é usada na culinária para a fabricação das mais variadas guloseimas.
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Desmatamento e aquecimento global
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...Assim como outras plantas do Cerrado - e acho que do mundo - a macaúba vem sendo dizimada pelo avanço da urbanização. As cidades avançam mata a dentro e com isto muitas plantas vão, pouco a pouco, desaparecendo. Do mesmo modo que muitos animais, vítimas do desmatamento desmedido e da ganância do homem.
O desmatamento é um dos principais fatores que levam ao aquecimento global. Como revertê-lo? Este é o grande desafio de nosso século. Dias como o de hoje, em que estão sendo publicadas pesquisas e artigos sobre o aquecimento do planeta, podem contribuir e muito, para um esclarecimento maior sobre esse fator. Quem sabe, com pesquisas de estudiosos das mais variadas áreas, poderemos reverter esse processo?
Vamos torcer para que o mundo consiga conciliar aumento populacional com preservação ambiental. Ou, em um futuro não muito longínquo, seremos nós mesmos as principais vítimas de nossas ações impensadas, descontroladas e destruidoras.



Cachos de coquinhos da Macaúba
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Tronco espinhoso - Os pés de macaúba mais velhos possuem troncos mais espinhosos

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Aquecimento global, o grande desafio de nosso século
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Terminamos o último parágrafo dizendo: Vamos torcer para que o mundo consiga conciliar aumento populacional com preservação ambiental. Ou, em um futuro não muito longínquo, seremos nós mesmos as principais vítimas de nossas ações impensadas, descontroladas e destruidoras.  Vamos ver o por quê dessa afirmação dando dois exemplo:

1- Em cidades do Centro Oeste podemos ver lotes cercados que ainda preservam algumas espécies de mata nativa. Estes das fotos estão com alguns pés de macaúba. Essas palmeiras permanecerão por aí, em seu lugar de origem, até o homem, 'proprietário da terra', desmatá-lo para a construção de mais uma casa... E assim, de lote em lote, vamos destruindo.
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Pés de Macaúba na 'fila da morte'
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2- Em um condomínio de Brasília, decidiu-se que suas duas grandes avenidas seriam arborizadas com pés de macaúba, planta nativa da região e muito abundante na área desse loteamento. Muitas mudas, que seriam arrancadas para a construção das casas, foram replantadas no canteiro central das avenidas. Mas, uma nova administração, sem a autorização dos condôminos e sem a mínima noção da importância da preservação de plantas nativas para, principalmente, a sustentação do solo, começou a retirá-las. Sua intenção era substituí-las por uma outra palmeira, a Palmeira Imperial.* Segundo eles, a paisagem ficaria 'mais nobre'! Felizmente esse desatino foi barrado a tempo pelos moradores do condomínio, através de um movimento em prol da palmeira macaúba. Mas, muitos pés de macaúba já tinham sido destruídos. Vejam as fotos. Dá para notar a palmeira imperial entre os pés de Macaúba. Ou seja, ações de conscientização sobre a importância das matas nativas têm que estar entre as prioritárias da política ambiental.
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A Palmeira Imperial entre os pés de Macaúba

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Sabemos que o desmatamento, ou, se preferirem, o desflorestamento das matas brasileiras, assim como dos demais países, alcançou um índice elevadíssimo. Só para se ter uma vaga idéia, de acordo com pesquisas de ONGs que se dedicam ao meio ambiente, "apenas 9% da Mata Atlântica sobrevive a cobertura original de 1500" (WWF, pesquisa de 2000).
Indústrias, queimadas, agricultura, pecuária, incêndios, além do inchaço das cidades, são os principais responsáveis pela crescente diminuição de matas nativas.
Não é por nada que costuma-se dizer que as florestas são os pulmões do mundo. Sem elas há um desequilíbrio da natureza. Um desequilíbrio que influencia o clima em mudança da Terra. Vamos pensar mais na saúde do planeta em que vivemos, com menos ganância e um olhar mais atento para nossas belezas naturais? 
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Resumindo, em nossa opinião, para a diminuição do aquecimento global, em relação ao desmatamento, precisamos de:
1- Estudos mais apurados e amplos sobre o aumento populacional e o não desmatamento. Como conciliá-los?
2- Políticas mais engajadas com o meio ambiente, gerando uma maior conscientização da população e, consequentemente, uma menor destruição da natureza.
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Sabemos que o desmatamento é apenas um item no meio de tantos outros que geram o aquecimento da Terra. Mas, talvez, o mais importante deles.

Concluindo, pensamos que a sociedade e o governo de cada país devem repensar seus hábitos de vida e o modo de se relacionar com a natureza à sua volta.
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*A palmeira imperial, introduzida no Brasil pelo príncipe regente D. João VI, em 1809, não é nativa do Brasil, apesar de bem aclimatada em nossas terras.

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