Blog criado em 2008. Livros, natureza, meio ambiente e artesanato caminham por suas páginas. Caminhos diferentes, um só destino: o amor pela Terra.
domingo, setembro 01, 2013
terça-feira, março 02, 2010
Via Músicas que Ficam: Mulher
Mulher
...
É o sexo frágil
Mas que mentira
Absurda!
Eu que faço parte
Da rotina de uma delas
Sei que a força
Está com elas...
A que eu conheço
Sua sapiência
Não tem preço
Satisfaz meu ego
Se fingindo submissa
Mas no fundo
Me enfeitiça...
À noitinha
Quero uma mulher só minha
Mas prá quem deu luz
Não tem mais jeito
Porque um filho
Quer seu peito...
A sua mão
E o outro quer o amor
Que ela tiver
Quatro homens
Dependentes e carentes
Da força da mulher...
Do barro
De que você foi gerada
Me veio inspiração
Prá decantar você
Nessa canção...
Na escola
Em que você foi
Ensinada
Jamais tirei um 10
Sou forte
Mas não chego
Aos seus pés...
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terça-feira, fevereiro 02, 2010
Via Versos: A Cidade em Progresso
Entre semoventes abstratos
Transpondo na manhã o imarcescível muro
Da manhã na asa dos DC-4s
Comeu colinas, comeu templos, comeu mar
Fez-se empreiteira de pombais
De onde se vêem partir e para onde se vêem voltar
Pombas paraestatais.
....
Teve desejos de cúmulos
Viu se povoarem seus latifúndios em Copacabana
De casa, e logo além, de túmulos.
E sorriu, apesar da arquitetura teuta
Do bélico Ministério
Como quem diz: Eu só sou a hermeneuta
Dos códices do mistério...
E com uma indignação quem sabe prematura
Fez erigir do chão
Os ritmos da superestrutura
De Lúcio, Niemeyer e Leão.
...
De entontecente cor
Vendo o vento eriçar a epiderme das ilhas
Filhas do Governador.
Não cresceu? Cresceu muito! Em grandeza e miséria
Em graça e disenteria
Deu franquia especial à doença venérea
E à alta quinquilharia.
Tornou-se grande, sórdida, ó cidade
Do meu amor maior!
Deixa-me amar-te assim, na claridade
Vibrante de calor!
quinta-feira, julho 16, 2009
Via Versos: No Plantar de Sonhos












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Amigo/amiga, que a semente de meus sonhos seja plantada em você. Que nasçam em seu jardim muitas plantas, amigos e canções.
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Próximo post: Flor-da-fortuna, dia 20, segunda-feira, no Via Verde. Até lá!
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quarta-feira, junho 24, 2009
Via Amigos: Pensar no Outro

Pensar no outro
é pensar no irmão
desconhecido
é pensar naquele
que está sem abrigo
e naquele que tem fome
.....
é cobrir o irmão que tem frio
é visitar lares miseráveis
levando alento e carinho
Pensar no outro
é ter uma palavra amiga
é nos doar
através de nossas mãos
através de nossas ações
e de nossas orações
Pensar no outro
é ter Deus
em nosso coração
sexta-feira, junho 19, 2009
Via Amigos: Quem é Esse Outro? - Poesia de Edna Coimbra*

Quem é esse outro?
Esse outro que chega
Às vezes sorrateiro
Às vezes efusivo
Que marca o meu corpo
E fere a minha alma
Esse outro que já não sabe
O que fazer de mim
Que me enche de prazer e alegria
Para depois me deixar prostrada no silêncio
Esse outro que não se decide
E no seu ir e vir
Perturba o meu viver
Não o quero em mim
Mas ele insiste em ficar comigo
Mas, quem é esse outro?
Que não busca libertar-me
Desse vínculo doentio
Que muitas vezes não me dá a chance
De me reerquer e continuar meu caminho
Esse outro, SOU EU.
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*Edna Coimbra é do grupo Bipolaramigos, funcionária pública e, como ela sempre ressalta, avó de um garotinho de 7 anos, autista. Essa poesia foi enviada com muita alegria ao nosso grupo, com a seguinte nota:
"Queridos, quantas saudades!
A Marinha do Brasil, representada pelo Abrigo do Marinheiro, na
Avenida Brasil, bairro da Penha, abriu concurso de poesias. Bem, com
muito carinho eu havia feito uma poesia para um dos meus grupos (o
BIPOLAR). E não é que a minha poesia foi escolhida para ir à final,
que será no próximo sábado (20/06), às 15:00 hora!
A poesia "Quem é esse outro?", ficou entre as setes finalistas. No
sábado será a escolha do terceiro, segundo e primeiro lugar. Portanto,
convido à todos que quiserem, e puderem comparecer. A entrada será
franca! E terei imenso prazer em abraçá-los. Amo vocês.
Edna Coimbra (Vovó do Nathan Naum, sete anos, AUTISTA)."
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Nós também te amamos, Edna! Nosso grupo está em festa por você, amiga. A prova disso é a quantidade de membros que não param de lhe enviar cumprimentos. Você merece. Sua poesia, como sempre, saiu da alma!
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Notas: O Bipolaramigos é um grupo que coordenamos; é para pessoas com bipolaridade, seus familiares e amigos. Nome do grupo: Bipolar: o que é, quem é, sou? Link: http://groups.google.com.br/group/Bipolaramigos
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quinta-feira, abril 16, 2009
Via Versos: Espaço sem Volta

Espaço sem Volta
Relembrando lembranças
Penduradas no tempo
Pelo vento retangidas
Vislumbro imagens surdas
Descoloridas
Deixadas no tempo - espaço sem volta
Relembrando lembranças
Escorregadias e frias
Vejo imagens retorcidas
No espelho das águas
Agitadas pelo vento
Do tempo - espaço sem volta
Relembrando imagens
Retorcidas e mudas
Tento parar o tempo
E fixar as lembranças
Soltas no vento
Do tempo - espaço sem volta .......
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domingo, abril 12, 2009
Via Versos: Renascendo

Fluindo vida
Na composição de canções
No amanhecer do dia
No amadurecido
Entardecer do ser
......
Vida que vem
Nova canção
Novo poema
Novo dia
Renascimento
Da vida........
Guarda em tuas retinas
Teu amanhecer é colorido
Pelo embalar de teus cantos
Pela poesia de teus versos
Pelo teu semear
Em teu caminhar
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quarta-feira, janeiro 14, 2009
segunda-feira, dezembro 22, 2008
Via Versos: Quero Ser

Para o mundo nele voar
E nos sonhos idealizados morar
Quero ser um mar azul
Para nele o mundo navegar
E no encontrar viajar
Quero ser um hino de vitória
Gosta de poesia? Veja mais poemas de nossa autoria clicando abaixo no marcador Via Versos.
quarta-feira, dezembro 03, 2008
quarta-feira, novembro 12, 2008
Via Versos: Drummond e o Sonho do Planeta Terra

fontes e rios
Corriam em mim
águas que desciam em cachoeiras
Corriam em mim
águas que iam ao mar
As fontes e os rios secaram
Não há mais rios e cachoeiras
Não há mais águas que vão ao mar.
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?"
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?"*
3- A Morte do Planeta
José parado e mudo ficou
quarta-feira, outubro 15, 2008
terça-feira, outubro 07, 2008
Via Versos 4: Desencontro

Geralmente os adolescentes são rebeldes, sensíveis e exagerados.
Acho que fui uma adolescente calma. Pelo menos em casa, porque também tive minhas rebeldias: religiosa e social. Sensível? Sempre fui! Exagerada? Vamos ver.
Esses versos foram dedicados a um amor adolescente. Amor mesmo, desses de namoro e tudo.
Tudo, era ficar de mãos dadas... e alguns beijinhos, no escurinho do cinema. Com "vela" e irmão mais velho nos seguindo.
Vamos ao poema:
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quarta-feira, outubro 01, 2008
Via Versos: Citações
Acho que foi pensando nisso - o bem que fazemos - que o autor do livro Amor em minúscula se valeu de tantas citações. Algumas de escritores consagrados como Stendhal, Shakespeare e Brecht. É, realmente elas nos fazem bem. Vamos ver algumas?
. De uma canção popular japonesa:
"Há duas coisas que nunca mudarão,
Nem hoje nem nunca,
Pois existem desde que o tempo é tempo:
O fluxo da água
E o caráter doce e estranho do amor"
. De Stendhal:
"O amor é uma bela flor,
Mas é preciso buscá-la na beira de um precipício"
. De Shakespeare:
"Duvida de que as estrelas são fogo;
Duvida de que o sol se move;
Duvida de que a verdade não mente;
Mas nunca duvides de que te amo"
. De Brecht:
Satisfações
"O primeiro olhar pela janela ao despertar,
o velho livro volta a encontrar,
rostos entusiasmados,
neve,
a mudança das estações,
o jornal,
o cão,
a dialética,
banhar-se,
nadar,
música antiga,
sapatos cômodos,
compreender,
música nova,
escrever,
plantar,
viajar,
cantar,
ser amável."
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Amor em minúscula, de Francesc Miralles, Editora Record, 2008, p. 180. As citações por ele feitas e aqui transcritas estão nas páginas 228 (canção japonesa), 199 (Stendhal), 224 (Shakespeare) e 197 (Brecht).
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quarta-feira, setembro 17, 2008
Via Versos: Gosto de Mato - Estruturando um Poema
Estruturando um Poema
Admito que tenho uma certa facilidade para escrever. Mas não para escrever poemas, apesar de rabiscá-los desde adolescente. Rabisco daqui, rabisco dali, tiro uma palavra, acrescento outra, vejo o sentido de cada uma no texto... Levo semanas nisso. Nunca estou contente. Já com um texto não poético, em alguns minutos escrevo, quase sempre sem a necessidade de correções. Pensando nessa estruturação do texto, resolvi compartilhar a escrita de um poema com todos vocês. Escrevi um sobre as flores do campo para saudar a primavera que se aproxima. Vejam como ficou a primeira fase, depois, claro, de algumas mudanças:
Gosto de Mato
Do gosto de mato
No mato me escondo
No mato me acho
Nas madrugadas no mato
no orvalho me reinvento
E vôo no vento
Do mato
Gosto de mato
Do gosto de mato
No mato me sinto
No mato me gosto
No perfume do mato
me embriago e vago
No mato
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Segunda fase: Troquei algumas palavras e acrescentei mais esta estrofe:
Gosto de mato
Do gosto de mato
No mato me mato
e me vou levada pelo vento
E nas primaveras renasço
No mato!
Horríiiiiiiiiiiivel
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Vou lhes poupar de mais detalhes. Depois de trabalhar o texto mais algumas vezes (muitas!), ficou assim:
Flores do Campo
Gosto de mato
Do gosto de mato
No mato me cacho
No mato me acho
Nas madrugadas no mato
O orvalho cato
E faço brisa do vento
Do mato

Gosto de mato
Do gosto de mato
No mato nasci
No mato cresci
No cheiro de mato
Me embriago e vago
Bailando no tempo
Do mato
Gosto de mato
Do gosto de mato
No mato vivo
No mato me mato?
Não mato mato
Floresço e renasço
Voando e vagando
No mato

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Flores do campo é nossa homenagem à primavera que está chegando.
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quinta-feira, agosto 14, 2008
Via Versos: Quero Ser

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