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Mostrando postagens de 2023

O Desabafo de uma Árvore do Cerrado

Sou mais uma planta do cerrado. Meu tronco tem marcas de queimadas, minhas companheiras foram arrancadas, e vejo eucaliptos onde deveriam estar ipês.   O Desabafo de uma Árvore do Cerrado (2023)  Uma atualização da crônica "Monólogo de uma árvore do Cerrado" (2009)* Em 2009, publiquei uma crônica emocionante narrada por uma árvore nativa do Cerrado, que desabafava sobre as queimadas, a perda de suas irmãs e o avanço de espécies exóticas em seu habitat. Mais de uma década depois, decidi revisitar essa voz poderosa e refletir sobre como as coisas podem ter (ou não) mudado para as árvores do Cerrado. Infelizmente, muitos dos desafios descritos na crônica original permanecem atuais. O fogo, o desmatamento e a substituição de espécies nativas ainda ameaçam a existência dessas guardiãs silenciosas. No entanto, a determinação em resistir e o apelo por uma convivência harmoniosa também seguem ecoando. Compartilho agora uma nova versão desse "Desabafo de uma Árvore do Cerrado...

Feliz 2023 com poesia e informação

  Olhos Presentes        Minha poesia não veste roupas de princesa Não é feita de mistérios  Nem de ilusão ou ficção  Minha poesia tem as vestes das ruas Evidências transparentes Realidades sem disfarces    Minha poesia tem olhos presentes  Minha poesia nasce da terra Do suor que brota da terra  Cansaço quebrado Estrelas do amanhecer Sol do meio-dia  Frescor e calor  Nas mãos, no corpo, na alma Minha poesia é feita de dor  Da dor de gente  Gente oprimida Reprimida Da dor de vidas nas calçadas De quem tem fome De quem já não crê Poesia trançada com sonhos Lutas e vitórias  Tristezas e alegrias  Poesia das ruas  Das calçadas  Dos campos  Poesia viva, concreta, real Minha poesia é para você Ela é você  Você esperançou e acreditou  Semente, flor e fruto Colheita  De esperança e fé  (Luísa Nogueira) Nota: Escrevi “Olhos Presentes” em 2022. Hoje, 1° de janeiro de 2023, ...