quinta-feira, outubro 09, 2025

Entre Caminhos e Raízes

Memórias guardadas em cadernos de infância se transformam em palavras que florescem.
Crônicas do Multivias
Lembranças e afetos; o poder das raízes

  Lembranças da infância e das primeiras descobertas .

Entre Caminhos e Raízes 

Desde criança, a memória foi meu terreno fértil. Entre cadernos de escola, anotações de aulas, poesias e pequenos relatos do cotidiano, guardava-se um mundo inteiro em páginas simples. Na minha infância não havia televisão e celular era algo impensável. Mas o rádio transmitia histórias, notícias e imaginação que me acompanhavam. 

Essas primeiras experiências me ensinaram que toda escrita nasce da prática, do olhar atento e da repetição. Escrever é como caminhar por trilhas desconhecidas: o caminho se revela passo a passo, e cada parada guarda uma descoberta. Muitas dessas anotações, pequenas como sementes, floresceram anos depois nos meus livros. 

Quando lancei Acalanto em 2018, percebi que a escrita era muito mais que o ato de produzir palavras; era também preservar momentos, sentimentos e aprendizados. Em Letras Falam, em 2019 e 2020, refinei essa prática, entendendo que cada texto carrega a marca do tempo, da vida vivida e observada. 

Mesmo quando alguns projetos ficaram engavetados, como livros de contos ou crônicas, aprendi que o processo criativo não se perde. Ele germina em experiências futuras, em ensaios e em projetos que ainda virão. A memória e a observação se transformam em matéria-prima para novas histórias, novas crônicas e novos olhares sobre o mundo. 

Entre caminhos que percorri e raízes que cultivo, percebo que escrever é, acima de tudo, uma forma de dialogar com a própria vida. E de permitir que outros também caminhem por essas trilhas que desenhei com palavras. 


Crônicas do Multivias
Lembranças e afetos; o poder das raízes


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quarta-feira, outubro 08, 2025

Objetivos (e desafios) na Escrita Literária

Menos projetos abertos, mais livros prontos.  

Blog Multivias
Ideias surgem sempre, mas terminar
 um livro exige foco

Objetivos (e desafios) na Escrita Literária: Escolher um projeto e ir até o fim.

Escrever é um ato de amor, mas também de disciplina. Nos últimos anos aprendi, às vezes à força, que criar literatura exige mais do que inspiração: demanda foco, estratégia e uma boa dose de autoconhecimento. Hoje, compartilho com vocês meus objetivos, dificuldades e a decisão que finalmente me tirou do ciclo de projetos engavetados.   

Do caos à clareza 

1. Focar em um projeto por vez

Não adianta: escrever cinco livros simultaneamente só leva a cinco rascunhos intermináveis. Decidi concentrar energia em uma única obra, desde a primeira linha até a revisão final, para garantir qualidade (e sanidade!). 

2- Abraçar a divulgação como parte do processo

Em segundo lugar, ter disposição e paciência para a etapa de divulgação: construir audiência e promover o livro exige tempo e persistência. Publicar é só o começo.  

O canto das sereias das novas ideias 

Confesso: sou uma viciada em ideias reluzentes. Enquanto trabalhava em um romance, surgia um conto irresistível. No meio do conto, pipocava uma crônica. Resultado? Pilhas de projetos quase prontos, mas nenhum finalizado. 

Minha maior dificuldade sempre foi justamente terminar e publicar um dos muitos projetos que começo. As ideias chegam como estímulos irresistíveis — e, por isso, inauguro um novo manuscrito antes de concluir o anterior. Não abandono completamente os projetos antigos; guardo-os, revisito-os, retomo trechos. Ainda assim, sei que não é possível levar adiante todos ao mesmo tempo. Priorizar significa também renunciar temporariamente ao vício criador de começar sempre algo novo.

A virada veio quando: 

- Listei todos os trabalhos inacabados (e surtei com o número); 

- Analisei quais tinham maior potencial de impacto emocional; 

- Aceitei que priorizar não é abandonar, mas garantir que pelo menos uma história chegue ao mundo.

Pensar e colocar essa dificuldade no papel foi o primeiro passo para agir.

Lições do passado e o plano para seguir sem surtar

Lembram quando comecei a publicar a partir do blog? Em 2018 lancei Acalanto: Sou pássaro e poesia / Sou canto e acalanto; em 2019 publiquei Letras Falam: Poemas (edição caseira) e, em 2020, a edição profissional de Letras Falam. Na ocasião prometi também um livro de crônicas e outro de contos, ambos originados do blog. Hoje, mesmo com projetos infantis e de poesia guardados, decidi priorizar exatamente esses dois: o livro de crônicas e o de contos.

A Luísa aqui finalmente escolheu e está a todo vapor: escrevendo, revisando e organizando o cronograma editorial. Que nenhuma outra ideia me tire do foco! E se você também tem muitos projetos pela casa, pense nisto: pare, liste, avalie e escolha. Terminar um livro é um aprendizado que só quem escreve conhece. E a sensação de ver um projeto publicado é um combustível que vale cada renúncia.

E você? Como lida com o excesso de ideias? Conte aqui pra gente.

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Notas: 1- Fiz a ilustração através do Canva Design.

2- Esta crônica foi também publicada no Café Literário do Notibras.


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terça-feira, setembro 16, 2025

O que a árvore me respondeu

  Quando a resposta é uma folha no chão.

A natureza não discute. Ela mostra.


Ilustração do livro Balbúrdias na Quarentena
 Ilustração do livro Balbúrdias na Quarentena.
Ilustradora: Nina Cordeiro

Uma árvore antiga, um vento passageiro e uma folha amarela: um diálogo silencioso sobre o tempo, a vida e a finitude.

O que a árvore me respondeu

O vento passou primeiro,
bagunçando lembranças
A árvore ficou
Firme
Silenciosa

Olhei para cima
e perguntei sem voz:
— Quanto tempo ainda temos?

Ela não respondeu com palavras,
mas deixou cair uma folha
Amarela
Quase leve
Quase aviso

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Fotografia: Luísa Nogueira
O que a árvore me respondeu? 


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