sexta-feira, setembro 05, 2025

Corações Valentes -2

Um texto escrito em 2016, relido com os olhos de 

hoje. Sobre mulheres, raízes, coragem e história.


Corações Valentes - 2

Escrevi estas palavras em um dos dias mais difíceis que já vivi como cidadã. Entre 2015 e 2016, o Brasil assistia, perplexo, o processo que resultou na interrupção do mandato da primeira mulher eleita Presidente do Brasil. Não através do voto,  mas por manobras revestidas de legalidade.

Naquele tempo, meu blog estava quase em silêncio. Eu também. Mas havia palavras que precisavam nascer, ainda que em meio à dor. Palavras como estas:

Corações valentes são como árvores bem enraizadas.
Não caem. Não quebram.
Ventanias fazem suas folhas bailarinas dançarem.
Mas seu tronco permanece sereno e firme.”

Voltei a esse pequeno texto hoje, anos depois.
Não apenas por lembrar de uma presidenta que enfrentou a tempestade com dignidade, mas por perceber que, de tempos em tempos, a história nos convoca a replantar coragem.

Sim, os ventos mudam.
E às vezes, parecem querer arrancar tudo: ideias, sonhos, direitos, até a própria esperança.
Mas há algo que permanece, como o tronco da árvore que resiste ao vendaval: o coração valente de quem tem a coragem de lutar e seguir de cabeça erguida.

Mulheres na política

Esse texto não é só sobre política. É também sobre mulheres.
Sobre raízes que vêm de longe: das mães que não se curvam, das avós que sustentam casas e histórias, das meninas que crescem ouvindo que não podem, mas vão lá e fazem.

É também sobre os que caminham juntos.
Sobre todos que, mesmo desacreditados, fincam os pés no chão e dizem: “daqui não saio. Daqui ninguém me tira.”

Há algo em nós - em mim, em você, que não cede.
Alguns chamam de resistência, outros preferem chamar de teimosia. Eu prefiro chamar de raiz. E, como toda raiz profunda, ela guarda a força da floresta inteira.

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——      Leia a crônica completa, com uma ilustração do fotógrafo Francisco Filipino, no site Notibras 
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Clique em "Corações Valentes", para ler o texto de 2016.

#CrônicaPoética, #CoraçõesValentes, #RaízesDeResistência, #MulheresFortes, #CrônicasDeUmaÉpoca, #BlogLuísaNogueira

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segunda-feira, setembro 01, 2025

Jacarandá-mimoso em Goiânia: um setembro florido no Parque Vaca Brava

 O jacarandá-mimoso abre suas flores
 lilases e transforma a paisagem seca do
Centro-Oeste em um cenário vibrante

Fotografia: Luísa Nogueira
Setembro chegou a Goiânia trazendo um
espetáculo de cores no Parque Vaca Brava.

Bom dia, setembro!

Jacarandá-mimoso em Goiânia: um setembro florido no Parque Vaca Brava

Setembro chega a Goiânia vestido de lilás, com o encanto do jacarandá-mimoso.

Em meio ao clima seco do Centro-Oeste, nada melhor que caminhar por um parque repleto de árvores, respirar sombra e frescor. Se ainda houver um lago por perto e uma fonte que espalha pequenas gotas pelo ar, a brisa vira quase um abraço.

Logo na entrada, um jacarandá-mimoso nos dá as boas-vindas. Difícil resistir: gente que tira selfies, crianças que correm, casais que se deitam sobre o tapete de flores lilases… tudo dança ao vento, inclusive nossas lembranças.

Fotografia: Luísa Nogueira
Para quem busca um passeio ao ar livre nesta
época de clima seco, o Parque Vaca Brava
é um refúgio urbano.


Fotografia: Luísa Nogueira
Caminhar por suas alamedas, à sombra de
árvores frondosas, é uma experiência que
 combina natureza, lazer e fotografia

Fotografia: Luísa Nogueira
Parque Vaca Brava, em Goiânia: um descanso
no corre-corre diário, no meio de uma
cidade que cresce sem parar 

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Veja neste blog postagens feitas em parques e outros pontos turísticos, de Brasília e de Goiânia - ou falando sobre eles:

1- Em Brasília

1.1-Jardim Botânico de Brasília:

https://www.luisanogueiraautora.com.br/2012/09/via-natureza-trilhas-ecologicas-do.html?m=0

1.2- Ermida Dom Bosco

https://www.luisanogueiraautora.com.br/2012/04/via-brasil-brasilia-e-ermida-dom-bosco.html?m=1

1.3- Ponte JK:

https://www.luisanogueiraautora.com.br/2008/02/ponte-jk-numa-linda-manh-de-domingo.html?m=0

1.4- Brasília em sete cliques:

https://www.luisanogueiraautora.com.br/2012/06/via-brasil-brasilia-em-sete-cliques-e.html?m=0

2- Em Goiânia

2.1 - Macaquinhos no Dia da Felicidade:

https://www.luisanogueiraautora.com.br/2022/03/os-macaquinhos-do-parque-areiao.html?m=0

2. 2- Parque Areião:

https://www.luisanogueiraautora.com.br/2010/08/via-verde-77-parque-areiao-goiania.html?m=0

2.3- Parque Areião:

https://www.luisanogueiraautora.com.br/2010/04/via-vida-39-dalida-feat-alain-delon.html?m=1

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domingo, agosto 31, 2025

Figurinhas, Shakespeare e silêncios

Shakespeare e silêncios que habitam o cotidiano. Uma crônica sobre literatura, afeto e os pequenos gestos que nos sustentam.


Fotografia: Luísa Nogueira
Entre figurinhas, Shakespeare e silêncios.
Quando até um recorte digital vira afeto.

Dias nublados por dentro também pedem histórias. Hoje compartilho as minhas:

Figurinhas, Shakespeare e silêncios*

Hoje estou frágil. Não quero pensar muito.

Ontem me distraí com fotos (quem me conhece sabe que amo fotografia). Aprendi fazer figurinhas através de fotos. Essas que usamos nas redes sociais. Fiz com imagens da minha filha, da minha mãe, dos meus irmãos. Foi mais que passatempo: foi gesto de afeto. Escolher os rostos, recortar sorrisos, enquadrar memórias. É curioso como até um recurso digital pode nos devolver um pouco de presença, mesmo em dias nublados por dentro.

Hoje, apesar da leveza de ontem, a alma ainda anda devagar. Quero retomar a leitura de Otelo. Estou no início da Cena II. Shakespeare é denso, mas seus personagens são tão humanos quanto nós. O ciúme de Otelo não é apenas sobre amor, é sobre posse, orgulho, honra ferida. É também sobre o quanto nos deixamos envenenar por palavras alheias. Já fui um pouco Desdêmona, confesso. Acreditei demais. Falei baixo demais. E também já estive perto de Iago: calada quando deveria falar.

Ao lado de Otelo, estou com vontade de continuar Desonra, de Coetzee. Só li o primeiro capítulo, mas já me provocou desconforto. Um professor, já mais velho, se envolve com uma aluna adolescente e é desligado da universidade. O que o move? Desejo? Fragilidade? Arrogância intelectual?

Há algo nesses dois livros que parece dialogar. Ambos falam de homens em decadência  - de poder, de controle, de identidade. Ambos tratam do que se faz com o outro quando se sente ameaçado. Um, num cenário elisabetano, entre espadas e títulos. O outro, na África do Sul pós-apartheid, em meio a tensões sociais e ruínas silenciosas.

E eu aqui. No meu tempo. No meu corpo. Com figurinhas e tragédias. Tão distante de Otelo quanto de Coetzee e, ao mesmo tempo, tocada por ambos. Porque tudo isso me afeta: a violência velada, o machismo que resiste sob camadas cultas, o silêncio imposto às mulheres que sentem demais.

Esses livros fazem parte de minha última lista de leitura e de releitura. Mas tenho lido mais com a alma do que com os olhos. Eles não nos ensinam apenas a escrever; nos lembram o porquê.

Talvez seja por isso que continuo, mesmo nos dias em que tudo parece pesado.

Hoje, não quero pensar muito. Mas sigo lendo. Sigo criando. 

Amanhã, talvez escreva mais. Ou menos. Mas escrever, de algum jeito, é o que me mantém. Escrevo como quem respira.

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*Texto de 2024. Escrito em meu diário. 



Fotografia: Luísa Nogueira
Da leveza das figurinhas ao peso de Otelo:
reflexões de uma leitora que sente demais

Fotografia: Luísa Nogueira
Shakespeare, Coetzee e um punhado de
memórias: o que nos prende à leitura
quando a alma anda devagar?


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sexta-feira, agosto 15, 2025

Sustentabilidade social, econômica, cultural e ambiental — entenda

 Muito além do conceito: O que realmente significa "ser sustentável"

Ser Sustentável. Ilustração do livro Balbúrdias na Quarentena
O futuro começa agora. Ou será sustentável ou não será. 
Ilustração* do livro Balbúrdias na Quarentena,
publicado durante a pandemia, em 2020.


Ser Sustentável - ilustração do livro de Luísa Nogueira
 
Sustentabilidade: ações práticas para mudar o futuro
Ilustração* do capítulo "Ser Sustentável"
do livro Balbúrdias na Quarentena,
de Luísa Nogueira


Com a COP30 chegando a Belém, o mundo volta os olhos para a Amazônia.
Em novembro, líderes globais discutirão o futuro do planeta no coração da floresta. Mais do que nunca, precisamos falar sobre meio ambiente. E sobre como cada um de nós pode agir. No meu livro Balbúrdias na Quarentena, publicado em 2020, já levantava essa reflexão em um capítulo dedicado ao “ser sustentável”. Hoje, essa conversa é ainda mais urgente.

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O que é, afinal, sustentabilidade? Conceito, importância e ações práticas

Mais do que um conceito, é a capacidade de gerar impacto positivo e duradouro nas futuras gerações, a partir das escolhas que fazemos no presente. Sustentabilidade é um compromisso que se manifesta em diferentes dimensões: social, econômica, cultural e ambiental, e que só se cumpre com ações práticas.

A força da base social

No campo social, significa melhorar a qualidade de vida de crianças, jovens e adultos, garantindo acesso à educação, cultura e alimentação saudável. São medidas que não se esgotam no imediato, mas que constroem bases sólidas para o futuro. Incluem desde políticas públicas efetivas até ações comunitárias, capazes de gerar pertencimento e autonomia.

Essa base social fortalece a sustentabilidade econômica, que, por sua vez, sustenta a sustentabilidade cultural. Quando há equilíbrio e inclusão, o desenvolvimento deixa de ser apenas um número no PIB e passa a ser um reflexo do bem-estar coletivo.

Lições da pandemia: não existe saúde sem meio ambiente

Após a pandemia, a consciência ambiental ganhou novo peso. Percebeu-se que saúde, ambiente e economia estão interligados de forma inseparável. Mudanças climáticas, crises hídricas e perda de biodiversidade não são “problemas futuros”, já afetam a vida cotidiana. O desafio é transformar o discurso em ações consistentes, em escala global e local.

Sustentabilidade, portanto, não é apenas um ideal, é uma urgência. E cada um de nós, individualmente e em comunidade, é parte da solução.


Capa do livro de Luísa Nogueira, Balbúrdias na Quarentena
Livro Balbúrdias na Quarentena
Arte da capa: Sergio Ricciuto Conte

Ilustração do livro Balbúrdias na Quarentena -2
 Ilustração* do livro Balbúrdias na Quarentena
Por que sustentabilidade é vital agora?


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*Ilustrações da designer Nina Cordeiro.

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terça-feira, agosto 05, 2025

O primeiro post do Multivias

O primeiro post do blog Multivias é de 2008, mas continua atual: uma 
viagem pelos pequenos grandes momentos da vida, 
entre natureza, memórias e sentimentos.

O primeiro post do blog Multivias
 "As Vias do Multivias" foi o título do
primeiro post deste blog. Nele, eu
perguntei: "Vamos juntos caminhar?"

Blog Multivias
O primeiro post

Meu caminho foi, é e sempre será feito de palavras.  

Letras que escrevo, leio, compartilho...  

Um blog que nunca ficou vazio e que agora se enche, 

de novo, de histórias e de gratidão. 

Obrigada por caminhar comigo.

O primeiro post do Multivias

Olhando pra trás, vejo meu caminho traçado em letras.

 Leitura e escrita me acompanham desde sempre. Ou seria eu quem as acompanha?

Ao meu redor: livros, cadernos - dezenas deles!
Vejo também o momento em que as páginas das telinhas passaram a me fazer companhia, lado a lado com aquelas escritas à mão. Vieram os grupos, as comunidades... e, um dia, lá em 2008, criei meu primeiro blog. Outros vieram depois, mas aquele primeiro foi ficando. Às vezes esquecido; em tempos criativos, com posts quase diários.

Transformei dores em poesia, viagens em relatos.
Abracei a natureza, tentando mostrar a beleza do mundo à minha volta. Câmeras diversas me acompanharam: Sony, Canon... amadoras, semiprofissionais. Fotografava flores, animais domésticos, borboletas, detalhes que me encantavam. E assim, com textos e imagens, transformava meu caminho, compartilhando essa beleza com quem estava por perto: minha filha, vizinhos, amigos reais e amigos virtuais.

Fotos e fotos. Livros e livros. Textos e textos.
Vieram as redes sociais, e os blogs deram lugar a outras formas de presença digital. Mas as letras nunca me deixaram.
Experimentei diferentes linguagens e estilos: mais literário, mais pessoal, até com toques regionais. Gosto de tudo isso. É parte de mim.
Crônicas, contos, artigos e reflexões saem de mim e caminham mundo afora. 

E aí, me lembro do primeiro post do blog Multivias.
No final, perguntei: “Vamos juntos caminhar?”

E pessoas responderam. Pessoas de verdade, de carne e osso.

Muitas passaram e continuam passando pelo blog.

Quarenta mil? Um estádio se alegra.
Duzentas mil? É muito. Muito mesmo.
E se forem mais de um milhão?
Um milhão e duzentas mil pessoas?
Aí eu repito, como diz minha irmã caçula: “Oh, Glória!”

Sim, segundo a própria estatística do Blogger, mais de um milhão e duzentas mil visitas, de forma orgânica.
De forma totalmente orgânica.

Oh, Glória, por caminhar de mãos dadas com tanta gente bacana.
Gente que gosta de livros, que se importa com o planeta, que valoriza a palavra.
Gente especial.

Meu primeiro post foi um convite.
Este é de agradecimento.

Gratidão a todos vocês.

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Blog Multivias
Mais de um milhão de pessoas disseram sim. Estatística
do Blogger do dia 05/08/2025.


Vamos juntos continuar por essas vias cheias de afeto, descobertas e poesia?

Um dos motivos que me trazem de volta é o respeito que tenho por vocês, leitores e leitoras que passam pelo blog, silenciosamente ou deixando comentários, mas sempre presentes. 

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Livros neste blog

Entre Caminhos e Raízes

Memórias guardadas em cadernos de infância se transformam em palavras que florescem. Lembranças e afetos; o  poder das raízes   Lembranças...