domingo, junho 20, 2010

Via Verde: Uma Tromba-de-elefante para a Copa



Tromba-de-elefante, Dunga, África, Copa, Pelé...  

A tromba-de-elefante planta é um agave poderoso, chamado agave-dragão. A tromba-de-elefante de nosso querido Dunga é também uma tromba dragão. De um dragão. Um dragão batalhador, guerreiro, que tá nem aí pra tudo que estão falando sobre ele. Treinos secretos? E daí? Ele está apenas tentando fazer com seriedade seu trabalho de técnico. Sem as lentes de fotógrafos aqui e ali.

Esta copa está resgatando e fazendo renascer um continente. Um continente que durante uma infinidade de séculos foi visto com preconceitos e desprezo por parte de muitos países.
É na África que está o resgate da dignidade humana. É na África que um povo inteiro luta por igualdade social e racial. É na África que ainda podemos ver leões, girafas e elefantes. Animais tão poderosos quanto o povo desse continente.

Esta Copa do Mundo de Futebol está mostrando ao mundo quem é seu verdadeiro rei. Pelé, na sua majestade, nem ouviu o que 'aquele que quer ser rei' falou aos quatro ventos. Ele apenas sorriu e passou.  

Voltando ao Dunga... Ele não é o anão que dizem. Seu apelido, comentam, foi inspirado nos sete anões das histórias em quadrinhos. Achava que tivesse sido pelo Dunga, o elefantinho herói das histórias infantis. Sim, ele está mais, pela força, a um carruncudo elefantinho. Que está no país certo, na hora certa. Como o povo anfitrião desta Copa, ele é também um vencedor. 
Dunga veste a camisa verde e amarela. Verde, de nossas matas, amarela, de nossa alegria, de nosso sol, de nosso ouro. Dunga é ouro. 

Assim como Pelé será sempre rei, com copa ou sem copa, o Brasil será sempre ouro, com hexa ou sem hexa.






Tromba-de-elefante, agave-dragão (Agave attenuata). Família das amarilidáceas. É uma suculenta muito utilizada em paisagismo por seu porte exótico e grandioso. Nessa planta aparece uma haste longa, chamada inflorescência, com inúmeras minúsculas flores. Essa haste, longa e no início mais reta, vai pouco a pouco se curvando, ficando parecida com a tromba de um elefante. Daí seu nome. Veja as fotos, comparando-as: A segunda foto foi feita em abril do ano passado. As outras um mês depois: a 'tromba' já estava bem maior e mais curva.

Uma copa com muitas alegrias e muitos gols!

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quinta-feira, junho 17, 2010

Via Natureza: Ecologia Geral, Ecologia Social e Política, Ambientalismo e Viver Sustentável - Vamos procurar compreender?


Dois amigos me perguntaram sobre a diferença entre ecologia e meio ambiente. Percebi que essa é uma questão que confunde a todos nós, apesar de ser um assunto já bastante discutido no mundo todo. Respondo com alguns artigos encontrados. Um deles em forma de aula - aula para o segundo grau; um outro, do pesquisador, economista e político francês Alain Lipietz¹ abordando a ecologia de um modo geral, assim como a ecologia social e política; ele também nos fala, com uma linguagem bem compreensível, sobre o desenvolvimento sustentável. Como o artigo está em francês e inglês, transcrevo uma tradução do site ecologia social - transcrito, na íntegra, na nota de rodapé 'Mais informações'. Transcrevo também o exemplo de como os alunos de uma pequena escola podem trabalhar e vivenciar a ecologia no meio ambiente em que vivem. Exemplo que deveria ser seguido por todos nós. Coloco, no final, alguns endereços que tentam esclarecer essas nossas dúvidas de uma maneira mais prática.
.......
...1- "O que é ecologia?  
...
    Existe uma grande quantidade de definições para a ciência da ecologia. Principalmente, na tentativa de estabelecer os limites desta ciência em relação as demais ciências biológicas. Costuma-se dizer que a ecologia é uma  ciência de síntese, pois agrega informações de diferentes ramos do conhecimento. 
    A definição formal mais comumente encontrada em livros e apostilas de segundo grau é a seguinte: 
    "Ecologia é a ciência que estuda as interações entre as espécies e destas com o meio ambiente". 
    Esta definição conduz a uma ideia de que a ecologia seria algo próximo a história natural. Ou seja trabalharia com a descrição das interações entre as espécies e de como estas espécies utilizariam o ambiente para conseguir seus propósitos.
    Contudo, nem sempre é isso que o ecólogo está procurando desvendar. Principalmente quando se trata de abordagens experimentais, seria mais apropriada a seguinte definição:
    "Ecologia  é a ciência que estuda os fatores que determinam a distribuição e abundância das espécies".
    Assim, o ecólogo teria como objeto de estudo os fatores que influenciam em escala espacial (geográfica) e temporal a biologia das espécies. Estes fatores podem ser do ambiente físico/químico, que interfere no funcionamento do metabolismo dos indivíduos, ou do ambiente biótico, onde encontramos as interações entre espécies (competição, parasitismo, predação, mutualismo etc) e entre indivíduos de uma mesma espécie (competição, canibalismo, sociabilidade etc). 
    A ação conjunta destes fatores ecológicos e de uma boa dose de acaso mediaria os processos evolutivos pelo qual todas as espécies passam desde seu surgimento.

Ecologia versus ambientalismo
 
    Existe diferença entre ecologia e ambientalismo? Para muita gente ecologia e ambientalismo podem ser consideradas como sinônimo. Contudo não são. 
    A ciência da ecologia surgiu a mais de um século a partir da necessidade de fitogeógrafos de ampliarem seus conhecimentos sobre os fatores determinantes da distribuição das plantas. 
    Nesta época (1869), um biólogo alemão chamado Ernest H. Haeckel,  que era um entusiasmado defensor e propagador das idéias de Charles Darwin, teve a percepção de notar que seria necessária uma nova ciência para abranger a amplitude do estudo das relações dos seres vivos e o ambiente que os circundava. Assim, Haeckel cunhou o termo Ecologia, que deriva do  grego (Oikos: casa, logos: saber, estudo). 
    Entretanto, o  termo ecologia somente começou a ser mais utilizado em 1895, quando o fitogeógrafo Warming utilizou-o no título de seu livro “Plantesamfunn grundträk den ökologiske plantegeograf”, obra que em sua tradução para o para o inglês teve como título "Oecology of plants", ou seja, Ecologia das plantas.
    Por outro lado, o movimento ambientalista têm origens históricas e objetivos bastante distintos. Ele começou a tomar vulto à partir da década de 50 e 60, nos países de primeiro mundo, e década de 80 e 90 em países mais pobres, como o nosso. Suas principais bandeiras são as ações de proteção à natureza, e aí residem as grandes diferenças e também os pontos principais de contato entre a ecologia e o ambientalismo."²
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2- Para o pesquisador Lipietz, ecologia  é "a ciência que estuda a relação triangular entre indivíduos de uma espécie, a atividade organizada desta espécie e o meio-ambiente, que é ao mesmo tempo condição e produto da atividade, portanto condição de vida daquela espécie. O ecologista que se interessa por castores se dedicará a analisar a relação deles ao meio em que vivem : a floresta e os rios, mas também as barragens que constroem, ou seja, a natureza transformada por sua atividade. O ecologista se interessará ainda pela capacidade do sistema a assegurar as necessidades da população de castores e sobre o modo como esta população se multiplica, se organiza,etc
Aplicada aos homens, a ecologia torna-se o estudo da relação da humanidade com o meio-ambiente, i.e., a maneira como se transformam mutuamente e como o meio-ambiente permite que a humanidade viva. Da mesma forma que o meio-ambiente dos castores não se limita a florestas e a rios, o meio-ambiente dos homens não é apenas natureza selvagem, incluindo também a natureza transformada por eles. A ecologia humana é portanto a interação complexa entre meio-ambiente (o meio em que vive a humanidade) e o funcionamento econômico, social e, acrescentemos, político das comunidades humanas."

Referindo-se ao desenvolvimento sustentável, ele diz:

"Segundo a definição adotada pela ONU, desenvolvimento sustentável é o que permite satisfazer as necessidades das gerações atuais, começando pelos mais carentes, sem comprometer as possibilidades de que gerações futuras também possam satisfazer suas necessidades.
O que implica a ideia de desenvolvimento sustentável ? A ideia encerra duas dimensões. Atualmente, supõe que este modo de desenvolvimento responda às necessidades de todos. E, a longo prazo, supõe que este modelo possa durar. O desenvolvimento sustentável inclui também a ideia de redistribuição (ou de justiça social), uma vez que propõe uma ordem para a satisfação das necessidades : começar pelos mais carentes.
Mas, como fazer? Como reorientar nosso desenvolvimento para que se torne sustentável ? Primeiro imperativo: economizar o fator Terra, dando prioridade a tecnologias que economizam energia e, mais amplamente, que respeitem o meio-ambiente. Segundo imperativo : implementar novas regulamentações, acrescentando à proteção social a proteção do meio-ambiente. Para tanto, os meios existem. Estendem-se de medidas regulamentares (leis e normas), a meios econômicos (eco-impostos, autorizações negociadas) passando por acordos de autolimitação e códigos de boa conduta. Cada um desses instrumentos obedece a uma lógica diferente. Alguns permitem que se reparem degradações; outros, que se indenizem danos causados por terceiros ; outros, ainda, que se previnam efeitos nocivos pela dissuasão. Sem dúvida, a via do imposto dissuasivo é a mais promissora. Duplamente promissora porque, ao lado de seu efeito protetor do meio-ambiente, também oferece à coletividade recursos novos podendo ser alocados a outras políticas. Por exemplo, baixar o custo do trabalho no quadro de políticas de crescimento do emprego. Com isso, chegamos ao efeito redistributivo do modelo de desenvolvimento sustentável. Os mais carentes não tem meios de poluir e, frequentemente, são também os mais atingidos por poluições. Serão portanto os maiores beneficiários de uma reorientação geral para o desenvolvimento sustentável.. A curto prazo, podem ser penalizadas as classes auferindo renda pouco significativa. Para estas classes, restrições ao uso livre e gratuito do meio-ambiente poderão turvar a miragem de uma generalização do modelo da sociedade de consumo, do qual não percebem o caráter insustentável e perigoso para sua própria saúde. Às novas políticas ecológicas é portanto necessário acoplar reformas sociais, senão aquelas políticas não parecerão legítimas.
A longo prazo, e do ponto de vista do interesse geral, são evidentes as vantagens do desenvolvimento sustentável. Infelizmente, no entanto, é muito raro que se imponha o interesse da humanidade, a fórmula "depois de mim, o dilúvio" sendo muito mais adotada. Como fazer para que forças sociais e políticas se interessem pelo desenvolvimento sustentável? Certamente através de um intenso debate ideológico e cultural, visando modificar a percepção da escala dos riscos e das vantagens do desenvolvimento sustentável, fazer progredir os valores e normas da ecologia. Para além da política e de seus conteúdos, é a instância política, seu campo e seus métodos, que deve ser reconstruída."³ (Veja o artigo completo abaixo, em "Mais informações").
...
3- Um exemplo a ser seguido:
...
..."Os professores do C.E. Julião Nogueira disseram: "este ano nós vamos deixar a nossa querida Floresta Amazônica, pulmão do mundo, para os amazonenses cuidarem. Vamos ver o que conseguimos fazer pelo ecossistema do Imbé, porque este podemos ver, tocar, limpar e brigar por ele. O lindo pantanal mato-grossense, deixaremos por conta dos guaicurus, porque os nossos mangues da região, berço de reprodução de tantas espécies de animais aquáticos, estão pedindo socorro. Vamos esquecer um pouco da poluição do ar das capitais de São Paulo e do Rio de Janeiro e vamos tentar descobrir qual o impacto ambiental e a poluição que o Complexo Portuário do Açu pode causar em curto, médio e longo prazo. Como podem perceber o nosso foco é o meio ambiente mais próximo dos alunos porque acreditamos que para preservar eles precisam antes amar, sentirem-se integrados, incluídos, percebendo-se como mais um ser deste ecossistema com tanta diversidade de vidas. Precisam se envolver e sentir a dor de cada perda, quando uma árvore é cortada, quando um peixe morre, quando algum ser vivo desaparece ou fica ameaçado de extinção. Enfim, o que queremos é provocar, durante todo o ano de 2009, uma reflexão ecológica sistemática e sistematizada com ênfase na relação de pertencimento entre o homem e o meio ambiente."
Autoria do texto: Irecy Damasceno
Professora Correspondente
Conexão Professor e Aluno
Alunos do 5º ano, professora Cláudia Márcia Carvalho - C.E. Julião Nogueira"4

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¹Veja em Alain Lipietz

sábado, junho 12, 2010

Via Verde : Beijos para o Dia dos Namorados






Beijo, beijo-turco, impatiens, maria-sem-vergonha (Impatiens). Família das balsamináceas. Há uma variedade de cores, sem contar os híbridos já desenvolvidos. É uma planta originária da África. Aqui no Brasil é muito comum durante o ano quase todo. Suas pequenas sementes ficam em um invólucro que se abre quando elas estão 'maduras', lançando-as em todas as direções. Como vemos em uma das fotos, uma sementinha foi 'lançada' em um ninho de passarinho.  

Um Feliz Dia dos Namorados! 

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segunda-feira, junho 07, 2010

Via Verde: Flores lilases


Encontrei essa planta de flores lilases na casa de um de meus irmãos. Lá, não sabiam seu nome... É uma pequena planta rasteira que se espalha, florindo por onde passa. Alguém pode identificá-la?


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sábado, junho 05, 2010

Via Natureza: Dia Mundial do Meio Ambiente


No Dia Mundial do Meio Ambiente não queremos falar sobre a utilização e o desperdício de água e energia, principalmente nos países ricos; não queremos falar da camada de ozônio cada vez maior, por culpa, principalmente, dos países ricos; não queremos falar sobre a multiplicação de usinas e fábricas poluentes, principalmente nos países ricos...

No Dia Mundial do Meio Ambiente não queremos falar sobre a fabricação de armas nucleares dos países ricos;  não queremos falar das armações de guerras feitas para a venda de aviões e armas pelos países ricos; não queremos falar sobre a exploração de matas e rios, nos países pobres, pelos países ricos; não queremos falar nos derrames de produtos químicos nas águas do planeta, por 'aquele' país rico...

No Dia Mundial do Meio Ambiente queremos felicitar os países pobres pelo empenho que estão tendo em reciclagem e reaproveitamento, limpando um pouco o meio ambiente em que vivem dos inúmeros 'descartáveis' que são jogados na Terra... pelos países ricos.

No Dia Mundial do Meio Ambiente queremos apenas lembrar aos países ricos que, se nosso planeta for destruído, eles também irão, juntos.

No Dia Mundial do Meio Ambiente pedimos a Deus para colocar um pouco de bom senso, equilíbrio, sabedoria e menos ganância na cabeça dos governantes dos países... sejam eles ricos ou pobres.

Faça sua parte, não olhe para os vizinhos... continue reciclando e... plante uma árvore.


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Postagem publicada simultaneamente neste blog e no blog coletivo Terra, aquele abraço!

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segunda-feira, maio 31, 2010

Via Verde: Dracena Fragrans, A Bela da Tarde


Quando no título cito A Bela da Tarde, não quero falar sobre a bela do  filme estrelado por Catherine Deneuve. Também não falo da moça de domingo, que no "azul viajava", da canção de Alceu Valença. Não, não é La Belle de Jour; nem a bela infeliz do filme, entediada em seu casamento, nem a moça da tarde "de um domingo azul", "a moça mais linda de toda a cidade". 

Falo de minhas dracenas. 

Elas não se arrumam para saírem à tarde, igual a personagem do filme, nem para passearem na praia de Boa Viagem, feito a moça bonita de Valença, de "olhos azuis como a tarde". 

Minhas dracenas se enfeitam para ficarem. Ficam e dão um show de charme e de originalidade. 

De minha janela assisto todo o espetáculo, um show que se estende ao longo do dia. Pela manhã são simples cachos marrons, parecendo espinhosos, iguais aos dos pés de urucum*. Por volta do meio dia resolvem se enfeitar, lentamente, como não querendo mostrar de uma só vez toda sua delicada beleza. Seus cachos imitam cabelos cacheados e de marrons ficam, pouco a pouco, pintados de branco até a cor marrom quase desaparecer, escondida atrás de um manto de flores brancas. 

Minhas dracenas, parecidas com as belas do filme e da canção, são também vaidosas. Usam brincos. Brincos de ouro. Das pétalas-filamentos das flores brancas pendem discretos brincos de longe quase invisíveis. Brincos amarelos sol e ouro. 

São centenas de flores, pequenas e fragrantes, daí seu nome dracena fragrans

A explosão em flores continua até o anoitecer. À medida que o dia nasce, elas novamente se fecham. Seu perfume lembra o da flor dama-da-noite, porém mais suave. 

Confira as fotos que fiz no decorrer do dia. 

Pela manhã


Ao meio dia elas aumentam de tamanho, explodindo em flores no final da tarde...



Minhas dracenas me encantam tanto que inspiram versos. No embalo da canção e do filme, compare as fotos com os trechos de um poema que fiz enquanto admirava as belas de meu jardim: 

Dracena fragrans 


Simples e charmosas 

De jardins convidadas 

Folhas delgadas

Verde intenso, alongadas


Flores raras preciosas  

Nas manhãs, dengosas 

Tímidas 

Em cachos marrons escondidas 

Pompons de aconchego

E sossego


Nas manhãs, flores dormentes

Descanso de noites vagantes? 

(…)

Se me cacho em fechados cachos 

Em flutuantes balanços perfume lanço 


Sou da tarde bela visitante 

Da noite estrela fragrante


(Trechos do poema Dracena Fragrans, de Luísa Nogueira)



Cachos e mais cachos com pequenas flores brancas, no meio do verde intenso das folhas finas e alongadas. Atenção para os detalhes cor ouro nas pontinhas das flores. 


As flores brancas saindo aos montes de seus 'casulos' marrons




Dracena, dracena fragrans, coqueiro-de-vênus, pau d'água (Dracaena fragans). Família das liliáceas. O nome 'pau d'água' é devido à facilidade de seu tronco em brotar, mesmo cortado em pequenos pedaços. Coloca-se pedaços do tronco dentro de alguma vasilha com água** e logo estarão prontos para o plantio. É uma planta que atinge de 5 a 6 metros de altura, muito decorativa. É de fácil cultivo, não necessitando muitos cuidados. Há dracenas bicolores: suas folhas são amarelas no centro e verdes nas bordas. As minhas são somente verdes.

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Sobre o filme "Belle de Jour": Filme rodado na França em 1966, realizado por Luis Buñuel, cineasta espanhol naturalizado mexicano. Luis Buñuel: 1900 (Catalanda, Espanha) - 1983 (Cidade do México).

Trailer do filme La Belle de Jour: https://www.youtube.com/watch?v=gC1lO7lqMuw

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Canção La Belle de Jour, de Alceu Valença: https://youtu.be/l-FxY25lYzY

Sobre Alceu Valença: Um dos maiores compositores brasileiros, nasceu em Pernanbuco, em 1946. É também cantor, instrumentista e advogado. 
Composições: Morena tropicana, Tu vens, Anunciação, Girassol , entre muitas outras belas canções.

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* Urucum. Você conhece? Veja fotos das flores de urucum: https://www.luisanogueiraautora.com.br/2008/10/viaverde-16-flores-do-urucum.html

Colheita de urucum feitas em meu quintal (não economizei nas fotos rsrs. Mostro o pé de urucum, os cachos com as sementes, folhas, tudo: https://www.luisanogueiraautora.com.br/2008/10/viaverde-17-nosso-colorau-o-urucum.html

São quatro postagens com Urucum, entre elas uma com receitas e o modo de se fazer o óleo com urucum. Confira através do marcador urucum.


**Troque sempre a água para evitar o mosquito da dengue.

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quinta-feira, maio 27, 2010

Via Brasil: Novos Ângulos da Ponte JK






Ponte JK - Brasília - DF - Brasil


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quarta-feira, maio 26, 2010

Via Natureza: Que Pássaro é Esse?









Ele é grande, para um pássaro. O tamanho de sua calda é mais que o dobro de seu corpo e, quando aberta, fica como uma tesoura. Alguém sabe o nome desse lindo pássaro?

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Veja mais fotos de pássaros no post de ontem do blog coletivo Terra, aquele abraço!

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segunda-feira, maio 24, 2010

Via Verde: Esponjinha (2)







Esponjinha, esponja, manduruvá, quebra-foice (Calliandra brevipes). Família das leguminosas. Arbusto de até 2 metros. Fizemos essas fotos em Goiânia, no Parque Areião*, em abril último. Podemos vê-las em volta do Parque inteiro.

Em outubro de 2008, mostramos fotos de uma outra esponjinha, a Calliandra tweedii. Veja em Via Verde 10: Esponjinha. Dependendo da região, há variações no tamanho das plantas.
As esponjinhas são muito comuns no cerrado brasileiro. 


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*Veja sobre o Parque Areião e mais fotos em:
Parque Areião - Goiânia em nosso blog coletivo "Terra, aquele abraço".

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segunda-feira, maio 17, 2010

Via Verde: Cyclamen


Foi meu presente do Dia das Mães. Um pequeno vaso com lindas flores vermelhas. Ciclamem. E, como todo blogueiro que se preza, alguns dias depois fiz a 'sessão de fotos'. Aproveitei um momento descontraído em casa, quando minha filha estava admirando as flores. Depois fui pesquisar e descobri que suas flores, quando novas, parecem asas de borboleta. Observando as flores, percebi que tinham razão: as flores novas têm as pétalas voltadas para cima, ficando mesmo parecidas com borboletas. Descobri mais: que seus botões parecem cisnes. E não é que é verdade?  Vejam as fotos e comprovem.



Asas de borboleta


Cisnes




Cyclamen, ciclamem, ciclame (Cyclamen persicum). Família das primuláceas. Apesar de preferirem a primavera e o verão, as flores do ciclamem podem enfeitar nossos jardins durante o ano todo.
Suas flores aparecem nas pontas de longas hastes. Há uma variedade de cores: vermelha, rosa, roxa e branca. É também chamado de violeta-dos-alpes, ciclame-de-alepo e ciclame-da-pérsia. Suas flores, como mostram as fotos, parecem pintadas. É como se seu verde escuro tivesse sido clareado, formando manchas mais claras. Tanto suas flores como suas folhas são bastante decorativas. No site Jardim das Flores* podemos ler sobre o ciclamem:
"As flores do ciclame apresentam um formato bem original: as pétalas se distribuem nas pontas das hastes de forma que lembram as asas acetinadas das borboletas. Quando fechadas em botão, a flor, em conjunto com a haste, forma o desenho característico de um cisne, com um longo pescoço e o bico voltado para baixo. A folhagem também é muito ornamental e continua bonita mesmo depois que as flores acabam. As folhas, num tom verde intenso, apresentam manchas esbranquiçadas, resultando num efeito marmorizado.
Recebendo os cuidados adequados, o ciclame pode durar muito tempo:

* Coloque o vaso num local ventilado, mas sem ventos fortes, onde possa receber a luz solar da manhã;

* Ciclames não suportam umidade e calor excessivo;

* Nos meses frios, irrigue a cada 3 dias ou quando estiver excessivamente seco;

* Assim que as flores murcharem e caírem, retire as hastes, puxando-as para cima. Recomenda-se não deixar as hastes apodrecerem, pois podem prejudicar a folhagem;

* Para estimular novas florações, aplique a cada 3 meses um fertilizante líquido, seguindo as orientações da embalagem."



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* http://www.jardimdasflores.com.br


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quinta-feira, maio 13, 2010

Via Animais de Estimação: Teca, uma Cadelinha Sapeca



Na primavera passada, em uma manhã de sol, fazendo uma caminhada, vi algumas pessoas em volta de um bebê chorão. Na verdade, o bebê era uma cadelinha e seu 'choro' era de fome e de frio. Ela tinha sido encontrada na rua, dentro de uma caixa e não parava de chorar, apesar de já lhe terem dado um pouco de leite e a agasalhado. Pegando-a em meus braços, ela imediatamente parou de choramingar. Tinha mais ou menos um mês. Fiquei indecisa se a levava para casa. Meu medo era em relação à nossa enorme cadela pastor-alemão. E a 'chorona' era bem pequenininha. Tão pequena que o berço improvisado que lhe demos - uma caixa de sapatos - ficou bem grande para seu corpinho miúdo.



No dia seguinte começamos a colocar Teca - foi o nome que minha filha lhe deu -  perto da Aícha, a grandalhona. Para nossa surpresa, Aícha não a ameaçava, apenas se afastava, como se estivesse 'indiferente' com a presença da 'intrusa'. Pouco a pouco Aícha começou a cheirá-la e em uma semana já era sua amiga. Daí para adotar a pequena, que nessas alturas já tinha conquistado todos com suas travessuras, foi bem simples: parecia que era sua mãe, protegendo-a de tudo.



Assim, Aícha ganhou uma filhotinha, que faz dela gato e sapato. Morde suas patas, pega 'carona' em suas corridas agarrada a seu rabo, sobe em suas costas e dorme ao seu lado, bem encostadinha. E nós? Bem, com as travessuras de Teca, nossa casa ficou muito mais divertida.








Para vocês, dias também divertidos com seus animaizinhos de estimação.

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Este post é dedicado às crianças de Aldeia da Serra e seus animais de estimação. Eles estão bravamente defendendo um lago por onde passeiam. Vejam em:
http://sousofia.com.br/
http://migre.me/Awjj
http://www.abraceolago.wordpress.com/
www.adequacao.com.br/blog

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Gosta de cães e gatos? Veja mais posts através do marcador Via Animais de Estimação.

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domingo, maio 09, 2010

Via Vida: Para Minha Mãe, a História de Uma Gotinha

História de uma Gotinha*

"Mar imenso... Quietude perene... Movimento eterno...
Permite que eu suba do teu seio e aos ares me erga - levíssima!...
Raio solar, vem cá!, ajuda-me a subir. Empresta-me esse fiozinho dourado...
Oh maravilha! Vou subindo, subindo - feito esbranquiçado vapor...
Alto, sempre mais alto - por cima das grimpas da selva, por cima dos cumes dos montes...
Ah! Quão grande é o mundo! Quão azul é o espaço!...
Que é isso? Um sopro de ar que me empolga...
Um vento me arrebata...
Lá vou eu, minúscula gotinha, sobre as asas das brisas, associar-me a muitas irmãs...
Formamos um Estado, uma República de gotas - uma nuvem...
Perdemos de vista o mar e a praia e os rochedos - e tudo...
Corremos por cima de selvas imensas, de montes altíssimos. Semanas a fio -  de dia e de noite...
Até que, por fim, à falta de auras, paramos por cima de vastas planícies...
De súbito nos rompe do seio centelha vivíssima - e surdo trovão desperta ecos soturnos no recôncavo da serra...
Tamanho foi o abalo do feroz estampido que tombei das alturas - e milhares de irmãs comigo tombaram...
Alagamos florestas, pomares, jardins - saciando  a sede de seres sem conta.
E fomos correndo, correndo, sem nunca parar - sem saber para onde...
Sempre de cima para baixo - nunca de baixo para cima - porque perdemos as asas...
As asas invisíveis que o sol nos tecera...
De todos os lados nos vêm contingentes, pequenos e grandes, sócios de viagem...
Eis que de súbito se abre ante nós planície imensa - o mar!
Lancei-me em seus braços - afundei-me em seu seio...
Contei-lhe as mil aventuras que na longa jornada tivera...
E preparei-me para nova viagem...
Oh! vida ditosa! Andar pelo mundo espargindo benefícios - Regressar à origem colhendo energias - e novos benefícios difundir!...

***

Tal é teu destino, minh'alma, no mundo dos homens - gotinha minúscula...
Tépidos bafejos de raios divinos te ergem do seio das vagas... Em asas etéreas...
Auras benignas te tangem pelo mundo das almas...
Vínculos de amor te unem a outras gotinhas.
Um raio, um trovão, um grande abalo - e desces, gotinha cristalina, sobre as almas humanas...
E retornas ao seio do mar - buscar novas forças para novo trabalho...
Asas etéreas - para nova viagem...
Gotinha de Deus..."

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*ROHDEN, Huberto. De Alma para Alma, Editora Martin Claret, São Paulo, 2001, 20ª edição, pp. 189-191.

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quarta-feira, maio 05, 2010

Via Verde: Amora-do-mato - 1




Amora-do-mato, amora-preta, moranguinho (Rubus rosaefolius). Família das rosáceas. Arbusto espinhoso, pode atingir até 2 metros. O cacho de amoras da foto ainda não está bom para consumo. Quando maduros, os frutos ficam de cor preta. Fico devendo mais fotos; o que posso adiantar é que são deliciosos!

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