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segunda-feira, junho 08, 2009

Via Verde: Sombrinha-chinesa

Sombrinha-chinesa



O layout abaixo era de nosso Multivias do Go. Ele foi desenvolvido quando criamos o blog naquele site extinto. Queria algo que representasse caminhos, vários caminhos a andar. Olhando nosso arquivo de imagens, vimos fotos que havíamos tirado alguns dias antes. Era de uma palmeirinha chamada Sombrinha-chinesa. Cortamos e trabalhamos algumas dessas fotos, unificando e modificando a cor e o brilho. O resultado final foi esse:


A foto original
Outras fotos da palmeirinha:









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Sombrinha-chinesa, palmeira-umbela (Cyperus alternifolius). Família das ciperáceas. É originária da África, Madagascar. Possui folhas de um verde intenso, escuro e brilhante. Na primavera se enche de minúsculas flores, que saem de seu centro em longas hastes.

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Alguns caminhos nos levam para flores, outros para espinhos e muitos a lugares desconhecidos. Que seus novos caminhos, amigo/amiga, se abram para muitas flores!
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segunda-feira, junho 01, 2009

Via Verde: Ameixa Brasileira

Flores da Ameixeira

"Oh! que saudades que tenho",
dos bons tempos de estudante na França,
no doce sabor da reine-claude. Assim não dá. Parodiar Casimiro de Abreu¹, com saudades da França? Se ao menos estivesse me referindo à Canção do Exílio.

Explico: Por todo o mundo há mais ou menos 150 espécies de ameixa.² Não tenho os dados precisos, mas é por aí. Na Europa existe uma grande quantidade delas, variando em cor e sabor, dependendo da região. Uma das mais conhecidas e saborosas é a reine-claude. Sabe aquela fruta que você come uma, duas... e sempre pede bis? Tipo fruta-do-conde, manga-coquinho, morango, amora - estou citando as que amo, claro.
Em Paris pode-se encontrar a reine-claude em quase todos os lugares, dos supermercados às feiras livres. Foi em uma dessas feiras que a conheci. Compramos muitas. Quando a experimentei... Ah! Como é de-li-ci-o-sa! Comecei a degustá-las e só parei porque me contaram uma 'historinha': a de um brasileiro que, ao saborear uma dessas ameixas, não conseguiu mais parar... E sabem onde ele foi 'parar', não é? Mas não estou aqui para falar da reine-claude e sim de nossa ameixa brasileira.
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Amo plantar - acho que já deu para notar, não é? Plantei em meu quintal tudo que ia encontrando pela frente. De sementes a mudas. Uma dessas mudas era de um pé de ameixa. Depois de cinco ou seis anos, para minha alegria, ele floriu. E com vontade. Em novembro do ano passado apareceram as flores, em março deste ano os frutos maduros. Vamos acompanhar seu 'frutificar'?


Hoje, ele, meu pé de ameixa, está assim. Tirei essa foto sábado passado.
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Novembro de 2008: Apareceram os primeiros botões.

As flores brancas começaram a pipocar aqui e ali...




De dentro das flores surgiram os primeiros frutinhos, ainda 'nenenzinhos'...

Em cachos...

E mais cachos...

Que começaram a amadurecer; o verde foi dando lugar ao amarelo...

Até que a ameixeira ficou toda carregada de pequenas frutas alongadas.




Agora conto uma outra 'historinha': Temos uma cadela pastor alemão. Ela gosta de ficar passeando no jardim e no pomar. Ama todo tipo de fruta, porém só come as que lhe damos. Mas parece que ela também não resistiu ao sabor das ameixas que caíam. Exagerou e... Na próxima colheita de ameixa vamos fechar o pomar. Conclusão das 'historinhas': Em qualquer país, seja a ameixa desse ou daquele sabor e cor, o princípio ativo dessa frutinha é o mesmo: laxativo. Portanto, coma com moderação.




Colhemos tantas ameixas que ficamos sem saber o que fazer. Para se comer in natura, não é assim 'uma Brastemp', quer dizer, uma reine-claude, mas dá 'prá levar'. Tentamos fazer algum tipo de conserva, mas fracassei na primeira tentativa. Queria fazer uma compota. Cozinhei as ameixas com os caroços - cada uma tem de um a três; ficou ahrrr... Tive que jogar fora.
Não desisti: com paciência e ajuda, retirei os caroços. Fiz uma calda com o açúcar equivalente à metade da polpa e deixei cozinhando em fogo bem baixo, quase apagando, por mais ou menos duas horas. Consegui. Todos que provaram aprovaram. Na próxima colheita vou fazer mais algumas tentativas.
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Ameixa - Ameixeira (Prunus domestica). Pertence á família das rosáceas, a mesma família botânica da cerejeira, do pessegueiro e da amora. Existem muitas variedades, por isto variam no tamanho, na cor, no sabor e no tempo da colheita.
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A língua persa, rica em diferenciações, possui duas palavras para ameixa: Álu - ameixas alongadas, como as mostradas nas fotos e Alutheh - ameixas redondas, como aquela roxinha que compramos nos supermercados ou mesmo como a meio amarelo-esverdeada reine-claude.
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A ameixa é rica do ponto de vista nutricional, possuindo vitaminas C, A e do complexo B, que ajudam a evitar o reumatismo e problemas de pele. Contém também cálcio, fósforo e ferro. Por ser laxativa - possui um número muito grande de fibras - combate a prisão de ventre.
De acordo com o livro Plantas Medicinais,³ "é adstringente e emoliente", "das folhas se faz um bom xarope contra tosse" e "a casca da raiz é usada contra diabete".
Já no livro Guia Completo de Nutrição,4 podemos ler: "A fruta é cheia de um tipo particular de fibra, a pectina, que ajuda a baixar os níveis do mau colesterol, o LDL. Outros componentes da ameixa, as mucilagens, ajudam os pulmões a expelir o catarro. Dessa forma, há uma diminuição do reflexo da tosse, já que ela nada mais é do que uma tentativa de varrer as secreções do aparelho respiratório."
A ameixa seca possui, além de ferro, zinco e potássio. O potássio regulariza a pressão sanguínea e combate doenças dos ossos.
A ameixa fresca contém apenas 47 calorias em cada 100 gramas.

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¹Meus Oito Anos, de Casimiro de Abreu. Quem não se lembra desse poema? Ele nos acompanha desde a escola fundamental, não é? Para matar a saudade, vamos transcrevê-lo abaixo. Transcrevo também, deste poeta do Romantismo Brasileiro, seu não menos famoso poema Canção do Exílio.
²Infelizmente não podemos fazer 'un tour' ao mundo através dos sabores dessa pequena fruta. Podemos, sim, acompanhá-la através de seu nome: Em francês ameixa é prune e pruneau (ameixa seca); em espanhol é ciruela; em italiano é prugna; em persa é álu e alutheh; em inglês é plum e plune (ameixa seca); em norueguês é plomme; em chinês... Não consigo pronunciar. Você sabe? E em japonês, árabe, coreano... Conte pra gente.
³Plantas Medicinais - 9.420 Receitas Botânicas, Irmão Cirilo, Korbes: Associação de Estudos, Orientação e Assistência Rural, 1995, 46ª edição, p.68.
4Guia Completo de Nutrição - Saude é Vital, Edição de texto de Álvaro Leme, Editora Abril, São Paulo, 2ª ed., 2005, p. 98.
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MEUS OITO ANOS
Casimiro de Abreu
"Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias
Do despontar da existência!
— Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é — lago sereno,
O céu — um manto azulado,
O mundo — um sonho dourado,
A vida — um hino d'amor!
Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minhã irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
— Pés descalços, braços nus
— Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
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Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
— Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
A sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!"
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Canção do Exílio
Casimiro de Abreu
......
Se eu tenho de morrer na flor dos anos
Meu Deus! não seja já;
Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,
Cantar o sabiá!

Meu Deus, eu sinto e tu bem vês que eu morro
Respirando este ar;
Faz que eu viva, Senhor! dá-me de novo
Os gozos do meu lar!..
O país estrangeiro mais belezas
Do que a pátria não tem;
E este mundo não vale um só dos beijos
Tão doces duma mãe!
.......
Dá-me os sítios gentis onde eu brincava
Lá na quadra infantil;
Dá que eu veja uma vez o céu da pátria,
O céu do meu Brasil!...
Se eu tenho de morrer na flor dos anos
Meu Deus! não seja já!
Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,
Cantar o sabiá!....
Quero ver esse céu da minha terra
Tão lindo e tão azul!
E a nuvem cor-de-rosa que passava
Correndo lá do sul!....
Quero dormir à sombra dos coqueiros,
As folhas por dossel;
E ver se apanho a borboleta branca,
Que voa no vergel!....
Quero sentar-me à beira do riacho
Das tardes ao cair,
E sozinho cismando no crepúsculo
Os sonhos do porvir!
.....
Se eu tenho de morrer na flor dos anos,
Meu Deus! não seja já;
Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,
A voz do sabiá!
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Quero morrer cercado dos perfumes
Dum clima tropical,
E sentir, expirando, as harmonias
Do meu berço natal!.....
Minha campa será entre as mangueiras,
Banhada do luar,
E eu contente dormirei tranqüilo
À sombra do meu lar!

As cachoeiras chorarão sentidas
Porque cedo morri,
E eu sonho no sepulcro os meus amores
Na terra onde nasci!
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Se eu tenho de morrer na flor dos anos,
Meu Deus! não seja já;
Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,
Cantar o sabiá!
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Toda e qualquer complementação a este post será muito bem vinda. Não sou especialista em botânica; apenas amo ver, fotografar e mostrar as belezas produzidas pela natureza. A beleza das diferenças, a beleza da germinação de uma semente, a beleza da floração de uma planta, a beleza de seu nascimento e de seu crescimento.
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Por que juntar planta e poesia? Porque poesia é a semente da sensibilidade. É a manifestação da mais pura emoção. É a representação dos sentimentos. É a explosão do amor. Amor que explode em palavras, assim como uma planta explode em flores..
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segunda-feira, abril 20, 2009

Via Verde: Maracujá


Maracujá




















Maracujá (Passiflora). Família das passifloráceas. Da flor-da-paixão nasce o maracujá; bem docinho - o maracujá-doce, ou azedinho -sendo, dentre estes, o maracujá-roxo um dos mais comuns. 
Hoje mostramos, nessa sequência de fotos, do botão ao fruto. Em um de nossos próximos posts daremos algumas receitas com maracujá.
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sexta-feira, abril 10, 2009

Via Verde: A Flor da Paixão

A Flor-da-paixão











Maracujá-doce, maracujá-peroba, maracujá-da-serra, maracujá-ametista, maracujá-tubarão, maracujá-roxo, são alguns dos nomes de nosso maracujá, cujas flores têm o nome de flor-da-paixão. Aliás, a verdadeira flor-da-paixão é a do maracujá-doce. Estas das fotos são do maracujá-roxo. A palavra maracujá vem do tupi e quer dizer alimento em forma de cuia.
A flor-da-paixão é assim chamada porque sua estrutura lembra a coroa de espinhos de Cristo e sua cruz.




Natureza e Viver Sustentável é nossa página no Facebook: https://www.facebook.com/NaturezaeViverSustentavel

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terça-feira, março 31, 2009

Via Verde: Amoras de meu quintal

Amoras de Meu Quintal


Hoje não vou falar sobre a amoreira. Vou apenas mostrar alguém - minha filha - se deliciando com uma vasilha cheia de amoras. Ela colheu essas amoras em nosso quintal. Vejam e fiquem com água na boca:








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segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Via Verde: Ipezinho-de-jardim






Ipezinho-de-jardim, Ipê-amarelo-de-jardim (Tecoma stans). Família das begnoniáceas.

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segunda-feira, dezembro 08, 2008

Via Verde: Jasmim-manga

Jasmim-manga












Jasmim-manga ou árvore-pagode. Seu nome científico é Plumeria rubra ou Plumeria rubra acutifolia. Família das apocináceas. Florescem no outono e verão. Encontramos o jasmim-manga com flores brancas, amarelas, rosas, vermelhas e com cores mescladas.

O nome jasmim é porque seu agradável aroma lembra o perfume dos jasmins. Aliás, é a noite que elas ficam ainda mais perfumadas. Como podemos ver através dessas cinco fotos, suas folhas lembram as folhas das mangueiras, daí o nome manga. E pagode? Realmente não sei. Vou pesquisar mais para ver se há alguma explicação. O que encontrei é que é um arbusto originário da América do Norte, México.


As coloridas flores das árvores das fotos estão enfeitando calçadas nos arredores de onde moro.

Veja mais fotos, neste blog. em: Jasmim-manga amarelo

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sexta-feira, outubro 31, 2008

Via Viajando nos Sabores: Moqueca de Banana com Urucum

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Antes da receita de moqueca com urucum, vamos dar dois modos de se fazer o condimento. O primeiro é aquele em pó, conhecido popularmente como colorau. O outro é em forma de óleo. Usava sempre este, pensando, toda convencida, que era "uma invenção minha". Pudera! Parece que outras pessoas tiveram a mesma ideia. Pesquisando na Internet encontrei receitas quase idênticas. Santa ingenuidade. Vamos testar um terceiro modo; se der certo, um dia desses postarei a receita.

Vamos ao que interessa?


Fotografia: Luísa Nogueira
-...............................................Fruto e sementes de urucum

1- Urucum em pó, o famoso colorau

É uma mistura de farinha de trigo (uma parte) e sementes de urucum (duas partes), trituradas.
Usava-se antigamente - acho que em algumas regiões do Brasil ainda é feito assim - o pilão para "socar" as sementes. A farinha ajuda, facilitando a trituração. Hoje o colorau caseiro em pó pode ser feito através do triturador de grãos ou mesmo no processador de alimentos, sem a necessidade da farinha.

2- O condimento de urucum feito com azeite ou óleo
Fotografia: Luísa Nogueira
Óleo com urucum feito por mim - fiz com azeite de oliva


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Use três colheres de sopa bem cheias de sementes de urucum para cada xícara de azeite de oliva ou outro óleo de sua preferência. Aqueça levemente o azeite, coloque as sementes e deixe cozinhar por mais ou menos cinco minutos, sempre em fogo baixo. Guarde o óleo em um recipiente de vidro bem fechado, de preferência na geladeira. Quando quiser utilizá-lo, use uma ou duas colheres em suas receitas. Atenção: Nunca coloque as sementes de urucum em óleo muito quente: elas estouram como o milho de pipoca.


Moqueca de Banana com Urucum

Ingredientes:
  • 1 cebola média picada em tirinhas
  • 1 ou 2 dentes de alho
  • 2 colheres de azeite de urucum ou o colorau
  • 4 bananas-da-terra cortadas em rodelas
  • 1/2 xícara de coentro picado
  • Salsa e cebolinha a gosto
  • 1 tomate picado
  • Sal a gosto
  • 1 xícara de água
  • 1 garrafinha de leite de côco ou uma xícara de leite de côco fresco
Preparo:

Doure ligeiramente a cebola e o alho no óleo de urucum. Acrescente as bananas, virando-as delicadamente para pegarem uma cor avermelhada. Coloque por cima o coentro, a salsa, a cebolinha e o tomate. Por cima o sal dissolvido na água. Deixe cozinhar, sem mexer, até que as bananas fiquem macias, mas não moles. Acrescente o leite de coco e deixe no fogo por mais um minuto. Bom apetite!
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