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Pombinha na Esplanada. Clicava os ipês mas foi ela que saiu nas fotos. (Registro de agosto de 2017). |
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Pombinha na Esplanada. Clicava os ipês mas foi ela que saiu nas fotos. (Registro de agosto de 2017). |
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E num piscar de olhos... |
Véspera de Páscoa e eu aqui pensando em quanto é breve essa vida. Pessoas que amamos desaparecem num piscar de olhos. Uma dor, um mal-estar, uma cirurgia, anestesia... Médicos nos fazem fechar os olhos e... adeus vida terrena, adeus filhos, adeus família.
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Cor nunca falta em Brasília.
E talvez por isso eu tenha essa mania de sair por aí, andando com o celular sempre à mão. Não para responder mensagens, nem para me distrair — mas para estar pronta. Porque, por aqui, a natureza adora surpreender.
Às vezes é um céu que explode em laranja no fim da tarde. Outras vezes é um ipê — ou muitos — abrindo flores de forma quase teatral.
Naquela manhã, saí sem pressa. O dia ainda fresco, o céu muito azul. No caminho, no início da tesourinha da 102 Sul, perto do Hospital de Base, lá estava ele: um ipê amarelo. Grande. Exuberante. Entre tantos outros da mesma região, era ele quem se destacava.
Parei. Fotografei.
A florada ainda estava no auge, e o sol fazia com que tudo brilhasse um pouco mais. As pétalas, quase translúcidas, pareciam flutuar.
E foi ali que percebi o quanto esse hábito — caminhar com o celular como uma extensão do olhar — me aproximava das pequenas maravilhas do cotidiano.
Sim, eu poderia apenas ter passado. Mas não passei. Parei, registrei, admirei. E, com isso, guardei também o instante.
Talvez a beleza precise disso: de olhos atentos e um coração disposto a registrar não só a imagem, mas o sentimento.
No fim, acho que meu celular virou também uma espécie de diário visual.
Não de selfies, mas de ipês.
De amanheceres.
De flores.
De instantes que passam, mas deixam raiz.
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Quem vê um ipê amarelo no auge da floração dificilmente imagina que o espetáculo é breve.
Mas ele sabe.
Talvez por isso floresça com tanta intensidade — como se cada pétala carregasse urgência.
A beleza vem em ondas. Primeiro no alto, entre galhos e céu. Depois, no chão.
Porque as flores, quando caem, não desabam: voam.
É um voo curto, é verdade.
Mas há uma elegância silenciosa nesse cair.
Uma dança lenta com o vento seco do cerrado, como se o tempo tivesse desacelerado para que a gente pudesse assistir.
Na última semana, vi uma dessas cenas.
O ipê que eu vinha acompanhando desde julho já havia perdido dois terços das flores.
O chão, em compensação, era puro ouro. Um tapete espesso, macio, feito de amarelo e memória.
Ali, entendi o que me fascina nos ipês: não é só o florir. É o despedir-se com dignidade.
Eles não imploram permanência.
Não resistem.
Apenas florescem — e, quando chega a hora, deixam que a beleza se desfaça no tempo.
As flores vão caindo uma a uma, e a cidade, mesmo com sua pressa habitual, se detém. As pessoas param para fotografar. Algumas passam devagar. Outras, em silêncio, apenas sentem.
No chão, as pétalas acumuladas não são sobras.
São lembranças.
E cobrem as calçadas como se dissessem: “A beleza passou por aqui.”
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Foi um instante.
Mas esses instantes, tão pequenos quanto um bater de asas, são os que ficam.
Vi um colibri.
Não foi a primeira vez, mas naquela manhã ele apareceu como sinal. Pequeno, veloz, curioso — desses seres que parecem saídos de um sonho antigo.
Voava de flor em flor com precisão e graça.
Um toque aqui, outro ali. Não sugava a flor. Beijava.
E foi nesse gesto sutil que algo me tocou.
Pensei no néctar.
Pensei no amor.
E entendi, de repente, a frase que eu havia escrito dias antes:
"O néctar se conecta com o amor do beija-flor."
Sim. Porque ele não voa atrás de qualquer flor.
Ele escolhe.
Tem preferência, tem fidelidade.
E quando encontra o que deseja, mergulha — leve, inteiro, vibrante.
Segui o colibri com os olhos.
Depois com o pensamento.
Depois com o coração.
E percebi: talvez a vida seja isso. Encontrar o néctar certo.
Não aquele que nos oferece mais, mas o que nos alimenta melhor.
O que faz vibrar as asas.
O que nos chama a voltar.
Desde então, carrego essa imagem como guia.
Busco o que floresce em mim.
O que me nutre.
O que me faz leve.
E se, por acaso, a vida me parecer seca demais, lembro do colibri —
E voo em busca de flores.
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Fiz essa foto em 2017, postada no Instagram naquele mesmo ano, em 03 de setembro.
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