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sexta-feira, abril 24, 2009

Via Verde: Acerola

Acerola


Imaginem uma frutífera de porte médio, com mais ou menos três metros de altura, toda verdinha. Como surgindo do nada começam a aparecer pequenos botões rosa que se abrem em flores.

Flores lilases, com o centro amarelo. Em alguns dias você tem uma pequena árvore toda colorida.


Estou falando de uma 'fábrica' de vitamina C chamada aceroleira.

Logo as flores se transformam em mini frutos verdes. Aí você tem de um verde claro - dos frutos, até um verde médio escuro - das folhas, ou seja, tom sobre tom, todo pontilhado de rosa, lilás e amarelo.


Os frutinhos crescem, passando do verde ao rosa e depois se pintam de vermelho. Quando maduros ficam com um chamativo vermelho vivo, dançando ao vento e se mostrando. E você, sorridente, começa a colhê-los e a saboreá-los. Que delícia!


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Acerola, aceroleira. É também chamada de cereja das Antilhas. Nativa da América Central, América do Sul e das ilhas do Caribe. Além de um grande teor em vitamina C - com apenas duas acerolas supre-se a necessidade diária dessa vitamina - possui também vitamina A, B1, B2, B3, fósforo e ferro.*
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Então, vamos plantar e colher vitamina C?

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Fotos feitas durante o florir e o frutificar de minha aceroleira.
*Fonte sobre as vitaminas encontradas na acerola: http://www.brasilescola.com/

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domingo, março 22, 2009

Via Músicas Que Ficam: Folhas de Outono

Folhas de Outono





Nosso outono chegou. Um outono meio primavera, meio verão, com o verde das árvores ainda intacto; poucas são as árvores desfolhadas. É um outono bem brasileiro. Bem diferente dos países onde o frio predomina, com as folhas das árvores caindo... Caindo e cobrindo o chão de um manto amarelado. Aliás, bem diferente mesmo, até na data, porque por lá, agora é primavera; por lá - nos países frios - é o colorido da primavera que começa.

Gostaria de colocar, neste post, a música Folhas de Outono. Ela marcou nossa adolescência, cantada por jovens goianos. Vamos relembrá-los? A música e os jovens?


Folhas de Outono

Roberto Carlos
Composição: Francisco Lara / Juvenil Santos

A folhas caem
O inverno já chegou
E onde anda
Onde anda o meu amor
Que foi embora
Sem ao menos me beijar
Como as folhas
Que se perdem pelo ar
Mas ainda nela eu penso
Com muito carinho
As folhas vão caindo
E eu choro baixinho
Mas tenho a esperança
Que ela vai voltar
As folhas quando caem
Nascem outras no lugar
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Esta música me faz lembrar um jovem poeta goiano, nosso vizinho de bairro. Sempre que a ouço, sua voz e sua imagem a acompanham, como o violão de seu irmão, sempre presente em seus recitais juvenis.
Depois de cantá-la, nosso amigo recitava seus novos poemas, tendo como fundo musical um suave dedilhar de violão.
E como um anjo, Gabriel* falava e cantava o cotidiano de nossas vidas.
A primavera da junventude é florida pelos sonhos. A primavera depois do outono da vida, é plena de lírios e orquídeas, chamados filhos, sonhos realizados e sonhos a sonhar.
Que você, Gabriel, tenha realizado todos seus sonhos e que tenha sempre muitos sonhos a sonhar e a realizar!
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*Gabriel Nascente, hoje um conhecido poeta goiano, é autor de vários livros.
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terça-feira, março 17, 2009

Via Postais: Recordações de um País Distante - II

Recordações de Um País Distante - II


Cartão Postal de Teerã, anos 80.

Tendo trabalhado no Instituto Francês de Teerã, morei no Irã no final da década de 70 e início dos anos 80. Isto quer dizer que estava lá exatamente durante o início e o desenrolar da revolução iraniana. Vi a saída, ou melhor, a fuga do Xá Reza Pahlevi e a chegada triunfal do Ayatollah Khomeini. Fui a única brasileira residente em Teerã durante essa guerra civil. Não sei se a única residente em todo o Irã, mas em sua capital, Teerã, sim.
Eu, toda sorrisos, visitando as belezas iranianas 

Não, não quero falar nem me lembrar de guerras, de mortes, de tristezas. Hoje quero me recordar de coisas boas, que afastam guerras e trazem Paz.

Quando cheguei ao Irã não sabia falar uma só palavra em farsi, a língua oficial daquele país.  A ‘linguagem universal’ – a mímica – me socorria nas situações mais difíceis. Felizmente muitas pessoas sabiam falar inglês ou francês. 
Farsi é uma língua de origem indo-europeia. Muitos pensam ser de origem árabe porque, devido as invasões árabes sofridas pela antiga Pérsia, a língua escrita é em alfabeto árabe. O Irã possui várias línguas, sendo o farsi o idioma oficial. Não disse dialetos, disse línguas. No Brasil, por exemplo, há uma unificação em relação ao idioma. A língua portuguesa, com seus vários dialetos, (sim, dialetos!) é única em todo nosso território.
Pili
Apesar da dificuldade de comunicação inicial, a ‘brasili’ – a ‘brasileira’ – era tratada como uma princesa saída do reino de “Pili”. Um reino de um país ensolarado chamado Brasil. Aonde chegava só ouvia “Pili”. Era Pili prá cá, Pili prá lá... No início sorria de volta, sem saber bem o que queriam dizer com “Pili”. Às vezes repetia sorrindo: “Pili, Pili”... Não demorei muito para descobrir: “Pili” era o amado e idolatrado Pelé. Sabia que nosso rei era conhecido internacionalmente, mas nunca imaginei que fosse tão popular entre os povos da Ásia, principalmente os do Oriente Médio. Alguns sorridentes iranianos acompanhavam o “Pili” com algumas sílabas impronunciáveis. E eu lá, somente sorrindo de volta, sem saber o que queria dizer aquela palavra tão difícil, pra mim, que nem mesmo ousava pronunciar, porque sabia que não conseguiria repetí-la. Com boa vontade para aprender uma língua tão diferente e difícil para nós brasileiros, tentava ouvir melhor cada vez que o som estranho chegava aos meus ouvidos. Por associação deduzi ser de um outro grande jogador, um brasileiro tão amado quanto Pelé, aquele das perninhas tortas que não errava um só chute. Sim, o nome impronunciável era “Garrincha”. 
Era nosso futebol levando nas bolas chutadas com maestria o nome de nosso país. Um incrível futebol diplomático. Um futebol que abria portas e ultrapassava fronteiras, unificando esse mundão e retirando ‘as torres de babel’ por onde o brilho das bolas passava. Sim, um futebol diplomático, nota mil, como eram as boladas de Pelé e de Garrincha.
Que nasçam e vivam mais Garrinchas e Pelés, dando um exemplo de Paz através do esporte. Através do pipocar e do estourar de bolas.

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terça-feira, fevereiro 24, 2009

Via Postais: Recordações de um País Distante

Recordações de Um País Distante - I


Postal: Casa de Chá em Esfahan

Verso do postal

O postal endereçado à minha mãe e à minha irmã Betty: 
"Mamãe, Betty
Estamos por alguns dias em Esfarran, antiga capital do Irã. É uma das cidades mais bonitas que já vimos. Aqui podemos apreciar objetos feitos há mais de mil anos! Vimos até o Templo de Zoroastro, ampliado através dos séculos pelas dinastias posteriores. 
Este postal mostra uma Casa de Chá decorada segundo a moda tradicional do Irã."


  Eu em Esfahan - Irã, em uma Casa de Chá, nossos 'cafés' daqui. 
Estou segurando um caramelo para adoçar 
o delicioso chá preto com  jasmim.

Receita para uma bela crise do nervo ciático:

  • Sair do Rio em pleno verão - mais ou menos 40 graus – pousar em Paris, em um inverno de zero grau e ir mais além: Teerã, no meio da neve, numa temperatura que às vezes chega aos 10 graus negativos e a neve pode ultrapassar um metro de altura.
  • Ter hábitos ocidentais (sentar em poltronas, fazer as refeições em volta de uma mesa, em confortáveis cadeiras, dormir em camas...) e, de repente, acordar no oriente médio, onde as famílias tradicionais se sentam sobre tapetes - persas, claro! - mais ou menos na posição de yoga, deitam em macios e amplos 'colchonetes' feitos com flocos de pura lã e cobertos com delicados tecidos de algodão ou seda, mas... no chão, ou melhor, por cima dos famosos tapetes.
  •  Hábitos ocidentais x hábitos orientais, calor e frio.  Resultado: crise ciática, dessas de 'entrevar' qualquer bom ocidental.
Com uma simpática família iraniana, esquentando o frio com ach¹

Com um grupo de iranianos, brincando na neve, nos arredores de Teerã


Não, não foi agora. Foi nos meus tempos de estudante, ainda ‘jovenzinha’. Saí do Brasil em um mês quente, dezembro. Destino: França. Dezembro na Europa é um dos meses mais frios. E a ida para o Irã foi três invernos depois.
A Viagem
Conto uma parte dessa história: Tinha uma entrevista com um professor da Sorbonne para uma possível vaga em um curso de Linguística. Fui selecionada. Fiz Linguística Aplicada para o Ensino de Línguas Estrangeiras. Minha tese era relacionada à mídia. O ensino de uma segunda língua através de textos atuais, do dia a dia. Frequentei a Faculdade de Jornalismo para melhor elaborar meu raciocínio nesse sentido. Três anos depois e com 'meu diploma' nas mãos, resolvi, antes de voltar ao Brasil, conhecer uma parte de nosso planeta que sempre me atraiu: o oriente. 

O Irã possui uma das arquiteturas mais lindas
 e antigas do mundo


Em uma das duas torres que balançava quando se mexia
na outra, um segredo nunca desvendado
 

Havia um concurso para professor de Francês no Instituto Francês de Teerã. Em alguns países, principalmente da América do Sul, há a Aliança Francesa que, como o nome diz, é uma aliança entre um determinado país e a França, para o ensino da língua francesa. Já o Intituto Francês é ligado diretamente ao governo francês. Pelo menos era assim. Até o pagamento era em franco francês. Havia uma vaga e quatro candidatos: dois iranianos – uma moça e um rapaz - ambos com doutorado feito nos Estados Unidos, uma francesa casada com um iraniano (não me lembro qual era sua formação acadêmica) e esta brasileira aqui. Tínhamos que fazer um estágio no próprio Instituto e passar por provas práticas. Uma de regência de classe, em diferentes turmas de vários níveis e outra de ensino da língua francesa em laboratórios de línguas - no laboratório da escola. Recebi dois certificados e a vaga. Acho que ter sido aluna da professora Moirand² contou pontos. Sophie Moirand foi também a orientadora de meu trabalho de Dissertação de Mestrado. 

Pédagogie du discours rapporté,
 Credif, Didier, Paris, 1976.

Folha de rosto e um artigo de S. Moirand






Vocês devem estar perguntando: por que se recordar de um país tão lindo, com uma arquitetura digna dos contos das mil e uma noites, com uma história assim? Porque, depois de anos e anos com o 'ciático' em dia, tive estes dias uma crise terrível. Acho que para me lembrar daquela primeira. Com um agravante: trinta anos a mais 'nas costas'.
Saindo do ciático... Viajei pelo interior do Irã: Shiraz, Esfahan, Persépolis, Mar Cáspio ... Há construções milenares que deixam arquitetos e engenheiros europeus boquiabertos pelo esplendor, ousadia e mistério. Como duas Torres em Esfahan que, balançando-se uma, a outra também balança, apesar de, aparentemente, nada as ligarem. Ou a vela que permaneceu acesa por mais de mil anos, até que engenheiros ingleses, na tentativa de descobrirem seu segredo, a apagaram. Ou, ou... Ficaria aqui, páginas e páginas, recordando as belezas, as tradições e os encantos desse país milenar. Um país milenar, de um povo sofrido e lutador, que não deixa suas tradições e sua cultura serem levadas pelos ralos de países do novo mundo.
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¹Ach: prato típico iraniano à base de verduras.Muitas verduras misturadas com lentilhas, grão-de-bico ou trigo moído.
²Sophie Moirand , professora da Université de La Sorbonne Nouvelle – Paris III; autora de vários livros, entre eles:
- Enseigner a Communiquer en Langue Etrangère, Hachette, 1982.
- Parcours Linguistique de Discours Specialises: Colloque em Sorbonne les 23-24 Septembre 1992, P. Lang, 1994.

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segunda-feira, janeiro 19, 2009

Via Verde: Maçãs do Cerrado - 3

Série Maçãs do Cerrado - 3



Como eliminar insetos de macieiras do cerrado
ou
Como cultivar maçãs no cerrado

Não, não. Não é o que estão pensando. Só porque Brasília fica no cerrado, "minha gente", já querem logo associar insetos a... nem pensar.
Vou mesmo é falar de coisas sérias: como afastar insetos de plantas, mesmo estando em lugares "inóspitos". Compreenda-se: lugares de clima 'quente', 'seco' e com muiiiiiiiiiiitos insetos.
Entre algumas mudas que adquiri veio um sofrido pé de maçã. Pobre coitado. Querer sobreviver logo no cerrado. No meio de formigões, desses que picam pra destruir. Achei que morreria logo, mas o 'bichinho' era forte e resistente. Trabalhava, trabalhava, quer dizer, crescia com dificuldade, umas folhinhas aqui, outras ali... Aí vinham uns 'monstrinhos' e destruíam tudo, tudo. Dava pena! Nada dava certo. E como não uso veneno, as famosas 'iscas'* (agrotóxico), ficava cada vez mais difícil...
Pensei, pensei, aí... luz! Se os insetos eram tão destrutivos, 'nervosos', por que não lhes dar calmante? Sabia que a erva-cidreira 'espantava' até carrapato em cachorro, por que não tentar? Piquei alguns galhos da dita cuja em volta do já fragilizado pé de maçã, aí vi que as formigas se afastaram um pouco. "É esse o caminho", pensei.
Estava certa: Quanto mais nasciam e cresciam aquelas plantinhas em sua volta, mais resistente ficava a macieira. Os insetos começaram a se afastar e o pé de maçã começou a florir, lindo. Este ano, todo envolvido pela erva-cidreira, nos deu belos e saborosos frutos. Vejam as fotos:










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*Meio Ambiente - Dicas: Você sabia que venenos tipo 'isca' ficam na terra por mais de trinta anos? Contaminam os lençóis freáticos e a terra do lugar onde plantamos.

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sábado, janeiro 03, 2009

Via Vida: Desfazendo nossas Árvores para o Início de mais Um Ano

Desfazendo Nossas Árvores



Início de dezembro. As festas de fim de ano se aproximam. Fazemos listas de compras, de presentes... Compras para a ceia de natal, para o réveillon... Presentes para a família, para os amigos, para os colegas de trabalho... e o amigo-secreto, não vamos nos esquecer, não é? Ahra... Meu vestido! Que brincos compro pra combinar com 'aquele' vestido lindo de morrer que já estou imaginando? E por aí vai...



Festas, sonhos, presentes, árvores de natal.

Árvore de Natal. Reunimos 'os de casa' e começamos: uma bola colorida aqui, outra ali, a estrela, o papai-noel, os presentes e os sonhos.

Sonhos. Qual foi meu sonho de natal? E o de fim de ano? O que fiz que não farei no ano novo? E o que pretendo mesmo fazer no novo ano?

Novo Ano. Ano Novo. Este ano "tudo vai ser diferente". Vou...

Vamos fazer juntos uma lista? O que vamos fazer ou não fazer este ano? Conto com suas sugestões.
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Desfazendo nossas Árvores

Árvores de Natal. Para muitos, um sonho. Ou para poucos? Não seria melhor escrever "para muitos, um pesadelo"? Por que "pesadelo"? Se em um país 'em desenvolvimento' a taxa de desemprego* em 2008 foi de 7,5%, quantos pais sofrem sem ter ao menos um pedaço de pão para dar aos seus? Quantos pais sofrem ao verem seus filhos 'espionando' as vitrines, as casas dos patrões, as mil e uma imagens de um natal feliz? E o que dizer daqueles que moram debaixo das pontes ou nas próprias ruas?

O que relatei não acontece só em países do 'terceiro mundo' ou em países como o nosso, querendo galgar o dito 'primeiro mundo'. Olhem as manchetes, com os olhos bem abertos: vejam o sub-mundo dos EUA ou de países europeus como a Inglaterra ou a França.

Já parou para pensar, "um minutinho que seja", sobre os 'esqueletos humanos ambulantes' que nem sonhos têm mais?

Desculpe, amigo/amiga, não tive como evitar essa 'reflexão pós-natal'. Nossas mesas foram fartas, nossos sonhos de consumo realizados... Mas, se o natal é um símbolo de Amor e de doação ao próximo, vamos, de vez em quando, parar para pensar no outro?

E aquela lista, vamos mesmo fazê-la juntos? Estou aguardando suas sugestões.

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*Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

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UM FELIZ ANO NOVO!
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terça-feira, dezembro 23, 2008

Via Verde: Mensagem de Natal com Mussaenda-vermelha

Mussaenda-vermelha





Eu, Mussaenda-vermelha, quero me apresentar:
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Sou da família das rubiáceas. Meu nome científico é Mussaenda erythrophylla, mas podem me chamar de Mussaenda-vermelha ou mussaenda-vemelha-trepadeira. De onde venho? Do Zaire, na África, mas já sou bem adaptada aqui no Brasil. Sou um arbusto escandente; posso atingir até 10 metros. Floresço na primavera e no verão; logo, estou no momento toda florida, ajudando a colorir o natal.


Como vêem, bem no meio de minhas pétalas-folhas vermelhas, trago, como corola, uma pequena flor branca aveludada. Minhas folhas são verdes, indo do verde bem claro, quando novas, ao verde médio.

Fui colocada aqui, neste web espaço, para representar o Natal. Através de minhas cores, o branco, o vermelho e o verde, represento a Paz e a Alegria do Natal, trazendo a Esperança de dias melhores.
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O Natal simboliza o nascimento de Cristo. Ou melhor, o nascer e o renascer, em nossos corações, daquele que é a essência do Amor, daquele que disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida"*

Que esse Amor, essa Verdade e essa Vida inundem seu coração, amigo/amiga, transbordando Paz, Alegria e Esperança aos seus!
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Feliz Natal!



......----Feliz Natal!

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------ Feliz Natal!
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Até janeiro, se Deus quiser!
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*Jo 14.6
(João, a meu ver, é um dos mais belos livros do Novo Testamento.)


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Que o Ano Novo seja o ano do Amor, da Saúde e da Paz


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segunda-feira, dezembro 01, 2008

Via Verde: Pitangas

Pitangas




Há um mês e meio, dia 6 de outubro, postamos no Via Verde fotos de uma pitangueira florida com o título "Uma Pitangueira Explodindo em Flores". Retornamos hoje com a mesma pitangueira já com seus vermelhos e deliciosos frutos. Veja as fotos e corra atrás de algumas para se deliciar, enquanto... é tempo de pitanga!






No dia 6 de outubro elas estavam assim:









Estas três últimas fotos, da pitangueira florida, vieram acompanhadas do seguinte comentário:

Simplesmente não resisti ao ver meu pé de pitanga todo florido e... sonoro. Suas flores brancas estavam cobertas de um vai-e-vem de abelhas; não sabiam onde pousar; pareciam querer provar o néctar de cada flor. O zum-zum que faziam era irresistível, chamativo! Tive que pegar minha pequena câmera para tirar algumas fotos.
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Alguma colmeia aqui por perto vai ter um delicioso mel com gostinho de pitanga.

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segunda-feira, novembro 10, 2008

Via Verde: Tempo de Caju

Tempo de Caju









Vou tentar não usar adjetivos; pelo menos não tantos, porque é quase impossível não usá-los diante da transformação de um cajueiro prestes a nos dar, gratuitamente, seus frutos tão... imaginem o que iria dizer. Eu disse 'transformação'? Engano, são muitas transformações. Vamos acompanhá-lo - o cajueiro e suas mudanças?

Primeiro, aparecem os botões...

...que se abrem em flores, no início brancas,

alguns dias depois em bouquets avermelhados, com as pontas pintadas de pequenos pontos cor vinho...

Mais alguns dias e já podemos ver as castanhas, ainda verdes, com hastes redondas ou, como as da foto, compridas...

... e os cajuzinhos verdes, rosas, amarelos ou vermelhos se multiplicam...


enchendo os olhos de todos que os veem...

...loucos para abocalhar pelos menos um...

Ou para bicá-los! E depois, com aquele doce gostinho descendo goela abaixo, descansar em seus galhos cheios do vigor de dias de sol e da poesia de noites de luar.


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Curiosidade: A verdadeira fruta do cajueiro é, na verdade, a castanha. A parte que chamamos 'caju' constitue um pseudofruto ou pendúculo floral.

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O caju vem do cajueiro ou 'pé de caju'. É uma fruta tipicamente brasileira, geralmente da região litorânea; é muito cultivado no Nordeste do Brasil, cuja colheita se faz de agosto a janeiro. Rico em vitamina C, pode ser consumido em sucos, doces, sorvetes, passas, licores ou ao natural. No livro Guia Completo de Nutrição, pode-se ler: "... ajuda a fortaleceer o sistema imunológico, retarda o envelhecimento, reduz o risco de doenças, como câncer e infarto, e ainda tem poder de fogo contra bactérias oportunistas. (...) Seus altos índices de vitamina C sempre lhe conferiram o título de aliado contra gripes e resfriados. Se fosse só isso já estaria muito bom. Ocorre que o cajú afasta outros males, pois tem efeito protetor sobre as células do sistema imunológico. Isso porque o selênio e os compostos fenólicos da fruta são capazes de capturar os famigerados radicais livres, que prejudicam as ações de defesa do organismo"*

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*Guia Completo de Nutrição - Saúde é Vital, Editora Abril, São Paulo, 2005, p. 122.

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segunda-feira, outubro 27, 2008

Via Verde: Nosso Colorau, o Urucum

Fotografia: Luísa Nogueira
Colheita 'caseira' de urucum

Fotografia: Luísa Nogueira
Cachos colhidos de urucum
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Fotografia: Luísa Nogueira
Cacho, folhas e sementes de urucum
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Fotografia: Luísa Nogueira
As sementes ficam dentro dessas 'conchas'
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Fotografia: Luísa Nogueira
Colheita de urucum
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Fotografia: Luísa Nogueira
-Uma flor de urucum
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Urucum, urucu, açafroa, colorau são os nomes populares¹ de Bixa orellana L (nome científico), da família botânica Bixáceas. É uma planta originária da América do Sul, encontrada em quase todo o Brasil, principalmente na região amazônica.

Ao contrário de outros 'coloraus' importados, nosso 'colorau brasileiro' é atóxico. O açafrão, por exemplo, segundo pesquisas encontradas, tem que ser usado em pequenas pitadas, pois é tóxico, causando euforia e estado de inconsciência. 

O urucum é muito utilizado na culinária e na cosmética, sendo também medicinal. Nos anos 70 foi largamente usado em forma de óleo por quase toda candidata que queria pegar aquele bronzeado bacana. Nossos sábios índios sempre o usaram para pintar a pele. Aliás, seu nome vem do tupi uru-ku, que significa "vermelho". 

Os corantes do urucum são chamados de orelina (o amarelo) e bixina (o vermelho). Este, o bixina, de acordo com estudos recentes, auxilia no tratamento do câncer.²

No livro Plantas Medicinais,³ podemos ler: "Urucu, colorau - O pó da semente é um bom condimento para dar cor ao arroz. Chá das sementes tem bom efeito nos males do coração, prisão de ventre, hemorragias, afecções do estômago, como expectorante e males do peito. É contra veneno da mandioca brava, antídoto do ácido cianídrico. Os índios o usavam para se pintar e, com isso, se defender contra picadas dos mosquitos".4

Acorda Brasil! Há muito "usorientau", "useuropeu" e "osdossisteites" estão "zoiando" e "levando ele". Se o governo não tomar logo algumas providências, entre elas um investimento maior em pesquisas, nosso colorau brasileiro, o urucum, voltará desse passeio pelo mundo com os olhinhos puxados, ou falando francês e inglês. Em forma de medicamento e cosmético. Ou até mesmo de condimento. E vamos ter que pagar a nota da cara, quer dizer, "aquela" nota que se diz "verde".

Quer um arroz ainda mais brasileiro? Colorau nele - o urucum, claro! - salpicado com nossa verde salsinha.

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¹Alguns outros nomes encontrados: Açafroa, açafroeira-da-terra, uru-uva, urucuuba... e por aí vai. Encontramos até os nomes correspondentes em algumas línguas: Em espanhol, onoto; em francês, noyer d'Amerique; em inglês, annato e em alemão, orleanstrauch.
² De acordo com o pesquisador Camilo Flamarion de Oliveira Franco, da Embrapa, e autor do livro Urucum - Sistemas de Produção para o Brasil. Veja mais no site: http://www.epamig.br/ (PESQUISADOR MOSTRA PORQUÊ O URUCUM É EXCELENTE PARA A SAÚDE E PARA O AGRONEGÓCIO)
³KÖRBES, Vunibaldo Cirilo (Irmão Cirilo). Plantas Medicinais - 9 420 Receitas Medicinais. Korbes, ASSESOAR, 1995, 46ª edição, 188 p.
4Idem, Página 168.

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Notas:
Há mais ou menos dez anos ganhamos uma mudinha de urucum, hoje um arbusto de mais de cinco metros. A muda estava sendo distribuída pelo Jardim Botânico de Brasília (JBB), em um dia de comemoração - não me lembro se era o Dia da Árvore ou o aniversário do JBB. Em outubro o urucum se enfeita todo de flores rosáceas, transformadas depois em cachos de frutos espinhosos. Esses 'espinhos' são flexíveis, não machucam. Abrindo-se os frutos encontramos suas famosas sementes. Este ano acompanhei o florescer e o frutificar de meu urucuzeiro, fazendo belas fotos. Pensei postá-las sem comentários, apenas pelo exótico da beleza. Resolvi, depois, acompanhá-las com alguns despretensiosos comentários, dividindo a série Urucum em três partes:
1- Flores do Urucum - editada dia 20.
2- Nosso Colorau, o Urucum - editada hoje.
3- Moqueca de Banana com Urucum - a ser editada no próximo dia 31, sexta-feira. Daremos também o modo de se usar as sementes 'in natura' como condimento e a receita do pó, o famoso colorau.
4 Veja mais sobre meu pé de urucum, e as fotos que fiz dele, em:

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