Angico - Tronco e Galhos
Nosso pé de angico veio ainda semente. Sementinha escondida na terra de uma muda de jabuticaba. Muda já grande que, de acordo com o casal que nos vendeu, já estava frutificando. Eles vendiam mudas vindas das redondezas de Goiânia. Isso há mais ou menos seis anos. Algumas semanas depois de termos plantado a jabuticabeira, com bastante cuidado, regando-a abundantemente, um fiapinho comprido de uma planta nasceu. Intrigada com aquela plantinha magricela, deixamos que ela ficasse. Queríamos saber o que era. No retorno do casal, mostramos a 'compridinha' - que nessas alturas já estava do tamanho da jabuticabeira. Foi aí que soubemos que tínhamos um pé de angico. Eles nos disseram que de onde tinham plantado as mudas havia muito angiqueiro. Alguma sementinha viajou junto. Pensamos mudá-lo para outro lugar. Mas ele foi ficando. Quanto mais crescia, mais difícil seria deslocá-lo. Hoje ele continua lá, coladinho ao pé de jabuticaba, fazendo sombra para as outras plantas. Elas não gostam muito disso, mas vão convivendo assim mesmo. E as jabuticabas? Bem, só o ano passado nosso pé de jabuticaba começou a nos oferecer algumas frutinhas. Ou não estavam 'prontas', como nos disseram, ou foi a sombra do angiqueiro que retardou seus frutos.
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quarta-feira, julho 22, 2009
Via Natureza: Série Cerrado - III: Angico - Tronco e Galhos
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Agora, mais do que nunca, precisamos nos unir, compartilhando informações sobre o meio ambiente. As mudanças climáticas extremas, os furacões, os terremotos, as recentes chuvas de poeira, assim como a pandemia, não deixam dúvidas. São avisos da Terra gritando para nos alertar que ela não suporta mais tanta destruição. Conto com você, amiga/amigo que por aqui passa.
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quinta-feira, julho 16, 2009
Via Versos: No Plantar de Sonhos
Plantei plantas e plantei sonhos
E juntos, plantas e sonhos
Cresceram e frutificaram
Hoje colho cestos
De mangas e de pitangas
Canções de sabiás e de violas
Cores de céus e de romãs
Pedaços de arco-íris em borboletas
Sinfonias aladas em gorjeios
Num canteiro de cantos
Cores e asas
Meu viver se plantou
....
E os pássaros... Ah! Os pássaros...
Cantam ao raiar do dia
Cantam ao meio dia e ao entardecer
Com o nascer do sol
Saúdam um novo dia
Ao meio dia
Celebram a vida
Ao entardecer
Cantam canções de ninar e Ave-marias
...
Meus sonhos criaram asas
Depois de andar
E labutar na terra
Voaram semeando
Em terras distantes
Hoje os colho dentro de mim
...----------------
..
Amigo/amiga, que a semente de meus sonhos seja plantada em você. Que nasçam em seu jardim muitas plantas, amigos e canções.
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Nota: Quando escrevi este texto, há alguns anos, fiz em ppt, com muitas imagens e animações. As letrinhas caíam, voando como pássaros. Hoje o adaptei, sem PowerPoint, especialmente para você, leitor deste blog.
.....
Tenha um doce plantar de dia!
------------------....
Próximo post: Flor-da-fortuna, dia 20, segunda-feira, no Via Verde. Até lá!
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quarta-feira, julho 08, 2009
Via Natureza: Monólogo de uma Árvore
Monólogo de Uma Árvore
Sou mais uma planta do cerrado. Sou árvore resistente. Quantas vezes já fui queimada viva! Olhem meu tronco: há marcas de queimaduras por todo meu corpo; no início, quando era mais jovem, meu tronco se refazia quase totalmente. Hoje, a cada queimada, fico mais escura e envelhecida. Olho à minha volta. O que vejo? Poucas árvores, minhas companheiras, resistiram. Do que semeei, muito, muito pouco conseguiu sobreviver. As plantas nativas, como eu, árvore pensativa, quando não são destruídas por queimadas, são arrancadas para darem lugar para mais abrigos do inimigo número um de nossa Mãe Natureza. Tudo bem, eles nascem às centenas todo segundo, mas não podemos conviver um com o outro? Não podemos ser amigos? Queria tanto! Quero continuar vendo crianças subindo, alegres, em meu tronco. Quero abrigar aqueles que passam por mim e descansam sob minha copa. Quero ver pássaros fazendo ninhos em meus galhos. Quero não ver mais queimadas. É horrível! Quero não ver mais plantas sendo arrancadas. Olhem, de onde estou avisto um bosque de eucaliptos. Eles não são daqui; foi a mão 'daquele inimigo' que os plantou. Coitado, ele não sabe que eles, os eucaliptos, não gostam deste clima seco do cerrado. Ele não sabe que somos nós, árvores nativas deste lugar, que podemos melhor sustentar o solo. Ele não sabe... Ele não sabe tantas coisas!
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Sou mais uma planta do cerrado. Sou árvore resistente. Quantas vezes já fui queimada viva! Olhem meu tronco: há marcas de queimaduras por todo meu corpo; no início, quando era mais jovem, meu tronco se refazia quase totalmente. Hoje, a cada queimada, fico mais escura e envelhecida. Olho à minha volta. O que vejo? Poucas árvores, minhas companheiras, resistiram. Do que semeei, muito, muito pouco conseguiu sobreviver. As plantas nativas, como eu, árvore pensativa, quando não são destruídas por queimadas, são arrancadas para darem lugar para mais abrigos do inimigo número um de nossa Mãe Natureza. Tudo bem, eles nascem às centenas todo segundo, mas não podemos conviver um com o outro? Não podemos ser amigos? Queria tanto! Quero continuar vendo crianças subindo, alegres, em meu tronco. Quero abrigar aqueles que passam por mim e descansam sob minha copa. Quero ver pássaros fazendo ninhos em meus galhos. Quero não ver mais queimadas. É horrível! Quero não ver mais plantas sendo arrancadas. Olhem, de onde estou avisto um bosque de eucaliptos. Eles não são daqui; foi a mão 'daquele inimigo' que os plantou. Coitado, ele não sabe que eles, os eucaliptos, não gostam deste clima seco do cerrado. Ele não sabe que somos nós, árvores nativas deste lugar, que podemos melhor sustentar o solo. Ele não sabe... Ele não sabe tantas coisas!
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segunda-feira, junho 29, 2009
Via Natureza: Entrando no Mato
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Entrando no Mato
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Entrando no Mato
Pássaros, borboletas, flores...
Fonte de uma nascente...
Árvores tortuosas do cerrado e suas flores...
Flores e folhas de variadas texturas e cores...
Muitas plantas, capim, pedras...
Um pássaro passeando...
Minha irmã Betty, seu filho e seu primeiro netinho. Ela está muito feliz. Na foto, parece dizer: -"Durma, pedacinho de mim!" Todos estão babaaaandoooooo. Foto feita ontem em Goiânia.
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Outros escondidos no meio do capim...
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*Picão? Ou carrapicho? É o mesmo?
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Estas fotos mostram trechos de passeios no mato, em pleno cerrado, observando as pequenas coisas à nossa volta, tão importantes mas às vezes tão esquecidas. Vamos aproveitar as férias para curtir a natureza?
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A moça que aparece na foto é minha filha; ela também participou de nosso passeio. Verificando as fotos tiradas, achei interessante aquela primeira... Daí tê-la colocado com a frase de chamada do post.
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Três gerações: avó, filho e netinho Edu. |
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segunda-feira, janeiro 19, 2009
Via Verde: Maçãs do Cerrado - 3
Série Maçãs do Cerrado - 3
Como eliminar insetos de macieiras do cerrado
ou
Como cultivar maçãs no cerrado
Não, não. Não é o que estão pensando. Só porque Brasília fica no cerrado, "minha gente", já querem logo associar insetos a... nem pensar.
Vou mesmo é falar de coisas sérias: como afastar insetos de plantas, mesmo estando em lugares "inóspitos". Compreenda-se: lugares de clima 'quente', 'seco' e com muiiiiiiiiiiitos insetos.
Entre algumas mudas que adquiri veio um sofrido pé de maçã. Pobre coitado. Querer sobreviver logo no cerrado. No meio de formigões, desses que picam pra destruir. Achei que morreria logo, mas o 'bichinho' era forte e resistente. Trabalhava, trabalhava, quer dizer, crescia com dificuldade, umas folhinhas aqui, outras ali... Aí vinham uns 'monstrinhos' e destruíam tudo, tudo. Dava pena! Nada dava certo. E como não uso veneno, as famosas 'iscas'* (agrotóxico), ficava cada vez mais difícil...
Pensei, pensei, aí... luz! Se os insetos eram tão destrutivos, 'nervosos', por que não lhes dar calmante? Sabia que a erva-cidreira 'espantava' até carrapato em cachorro, por que não tentar? Piquei alguns galhos da dita cuja em volta do já fragilizado pé de maçã, aí vi que as formigas se afastaram um pouco. "É esse o caminho", pensei.
Estava certa: Quanto mais nasciam e cresciam aquelas plantinhas em sua volta, mais resistente ficava a macieira. Os insetos começaram a se afastar e o pé de maçã começou a florir, lindo. Este ano, todo envolvido pela erva-cidreira, nos deu belos e saborosos frutos. Vejam as fotos:
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quarta-feira, dezembro 17, 2008
Via Brasil: A Flor-do-natal de Floripa
A Flor-do-natal de Floripa
Nota: Escrevemos este artigo-alerta depois das inundações de 2008 em Santa Catarina. Dezenas de cidades em todo o estado foram atingidas, inclusive, em grandes proporções, sua capital, Florianópolis.
Cattleya guttata ou Flor-do-natal¹
Nota: Escrevemos este artigo-alerta depois das inundações de 2008 em Santa Catarina. Dezenas de cidades em todo o estado foram atingidas, inclusive, em grandes proporções, sua capital, Florianópolis.
Cattleya guttata ou Flor-do-natal¹
Imaginem uma cidade situada em uma baía, dentro de uma ilha. Edificada como num anfiteatro a 4 metros acima do nível do mar. Com morros e encostas cobertos por uma vegetação única, predominando flores raras como as orquídeas. Entre estas orquídeas, uma especial, que floresce em dezembro, por isto conhecida como Flor-do-natal. A aromática Cattleya gutata Lindley.
Não, não estamos falando de cidades de filmes românticos. Estamos falando da bela e real Florianópolis. Ou Floripa para os florianopolitanos. Cheia de orquídeas e outras lindas flores e plantas naturais de encostas.
A baía e a ilha têm o mesmo nome de seu estado: Santa Catarina. É ligada ao continente através da Ponte Hercílio Luz. Floripa é dividida em duas partes: a cidade antiga e a cidade nova. Esta é chamada de Praia de Fora.
Foi fundada em 1650, passando para vila em 1726. Em 1823 elevada a cidade.
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Descrevi uma Floripa que existia há algumas décadas. A Cattleya gutata Lindley, que era uma das orquídeas mais comuns, chamada de Flor-do-natal, era encontrada desde o estado da Bahia até Santa Catarina, atualmente sendo encontrada só em alguns poucos estados.
Hoje nossa Florianópolis é assim descrita:
"A situação litorânea e insular do município de Florianópolis propicia uma linha de costa formada por praias de águas calmas, baías, praias de mar aberto, costões, promontórios, mangues, lagunas, restingas e dunas. A ocupação urbana alterou quase que completamente sua pequena parte continental e tem causado impactos ao ambiente natural insular. Contudo, suas encostas íngremes ainda guardam características da Floresta Ombrófila Densa (Mata Atlântica) e da fauna por ela abrigada, e, nas pequenas ilhas vizinhas pertencentes ao município, ainda são mantidas condições de grande expressão ecológica.
(...........)
"Aspectos Culturais
Os primeiros habitantes da região de Florianópolis foram os índios tupis-guaranis. Praticavam a agricultura, mas tinham na pesca e coleta de moluscos as atividades básicas para sua subsistência.
(......................)
"A cidade, ao entrar no século XX, passou por profundas transformações, sendo que a construção civil foi um dos seus principais suportes econômicos. A implantação das redes básicas de energia elétrica e do sistema de fornecimento de água e captação de esgotos somaram-se à construção da Ponte Governador Hercílio Luz, como marcos do processo de desenvolvimento urbano.
...
Hoje, a área do município, compreendendo a parte continental e a ilha, encampa 436,5 km 2 , com uma população de 369.781 habitantes em 2003 (segundo estimativa do IBGE). Fazem parte do Município de Florianópolis os seguintes distritos: Sede, Barra da Lagoa, Cachoeira do Bom Jesus, Campeche, Canasvieiras, Ingleses do Rio Vermelho, Lagoa da Conceição, Pântano do Sul, Ratones, Ribeirão da Ilha, Santo Antônio de Lisboa e São João do Rio Vermelho."²
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A devastação de matas nativas não aconteceu só em Florianópolis. Aconteceu e continua acontecendo em ritmo cada vez mais acelerado por todo o Brasil e por todo o mundo. Principalmente nas grandes cidades.
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A natureza cobra. É necessário que sejam tomadas medidas urgentes urgentíssimas para desacelerar a tomada de encostas, morros e florestas. É complexo? Sim, mas não mais que se tirar petróleo do pré-sal.
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A Flor-do-natal de Floripa³
................
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A Flor-do-natal está em ti, Floripa Flor
É nativa de tuas terras
É forte e brava, não teme chuvas nem tempestades
Teme apenas a mão daquele que a destrói
....................
Destrói essa mão, Floripa Flora,
Recompondo teus rios e tuas matas, bela Flor Floripa
E verás que a Flor-do-natal renascerá em ti
Cobrindo teus túmulos, teu sangue e tua dor
...................
Porque a Flor-do-natal renasce no Natal
............
Renasce preservando teu solo, tua fauna e flora, doce Floripa Flora
Poliniza tuas árvores, fecunda tuas flores
........
Porque a Flor-do-natal simplesmente renasce no Natal
...........
Floripa Flora
........
Pólen Floripa
.........
Florianópolis
...-------------------------....
...........
¹ Foto de João de Paiva Neto - Divinópolis-MG - In:
² Dados do site da Prefeitura Municipal de Florianópolis
(Os grifos da citação foram feitos por nós):
(Os grifos da citação foram feitos por nós):
³A Flor-do-natal de Floripa é um poema que escrevi, sensibilizada com as proporções do desastre ecológico que aconteceu em 2008, atingindo grande parte da cidade de Florianópolis.
...
...
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segunda-feira, dezembro 15, 2008
Via Verde: Figos
Figos
Todos nós podemos ter plantas em casa. Mesmo morando em apartamento, podemos cultivá-las em uma jardineira ou em vasos. Basta apenas querer. As plantinhas estão por aí, implorando para que cuidemos delas.
A figueira da foto acompanha nossas festas de natal há alguns anos. Às vezes são poucos os figos que ela nos traz, mas não faltam, sempre estão lá, no mês de dezembro.
Este ano ela caprichou: se encheu de frutos verdes e maduros. Obrigada, figueira! Obrigada árvores, pela alegria de seu verde, de sua sombra e de seus frutos.
Um ótimo dia!
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*Meio Ambiente - Dicas: Nunca use agrotóxicos. Seus componentes químicos, tóxicos, contaminam o ar que respiramos; ficam também nas folhas, raízes, frutas e grãos que comemos. Fique esperto. Ajude a natureza a se recompor.
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quarta-feira, novembro 12, 2008
Via Versos: Drummond e o Sonho do Planeta Terra
Poema em quatro partes:
1- O Pesadelo do Belo Planeta
Corriam em mim
fontes e rios
Corriam em mim
águas que desciam em cachoeiras
Corriam em mim
águas que iam ao mar
As fontes e os rios secaram
Não há mais rios e cachoeiras
Não há mais águas que vão ao mar.
fontes e rios
Corriam em mim
águas que desciam em cachoeiras
Corriam em mim
águas que iam ao mar
As fontes e os rios secaram
Não há mais rios e cachoeiras
Não há mais águas que vão ao mar.
2- O Planeta e Drummond
"E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?"
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?"
---------------
"Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?"*
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?"*
3- A Morte do Planeta
José parado e mudo ficou
porque num alienado mundo morava
e de braços cruzados estava
No pó da poeira enterrado,
junto a Josés e Marias
jaz o antes Planeta Belo.
4- Acorda, José!
Acorda alienado, mudo e mau José
para que vivam teus filhos, se bons Josés
e vivam as ave-marias
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*Carlos Drummond de Andrade (1912 - 19 87).
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Nota: Escrevi Drummond e o Sonho do Planeta Terra dia 31 de outubro passado, dia em que Carlos Drummond de Andrade completaria 106 anos. Fica, pois, aqui registrado, esta pequenina homenagem ao grande poeta mineiro.
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sábado, novembro 08, 2008
Via Amigos: Amazônia (para Chico Mendes) - Autora: Jacinta Morais
"Sou da Alma a centelha, do Cosmo a energia
Sou a maior fonte de todas as águas cristalinas
Sou o espírito vitorioso de Mandela
Todas as cores vibrantes da aquarela
O grande ninho de aves raras,
Sou a pomba de Picasso sobrevoando todas as esferas.
As sombras melancólicas nos girassóis de Van Gogh
De Vinícius todos os versos, desta poeta todas as rimas
E do Chico Buarque sou a sedução nos olhos e na canção.
E os murmúrios de minhas matas, são sinfonais, são orquestras
Todos os salmos, sou todos os credos
Sou até mesmo os gemidos alucinantes dos doentes terminais...
Não disputei campeonatos,
Porque sou a única que o mundo tem...
Sou mais valiosa que todos os troféus
Sou todos os “da Silva” sou do Brasil também
Não destrua ainda mais minha Alma,
Planta tua semente que serei luz fosforescente
Reflexos dourados do sol do amanhã...
Mas selvagens foram os homens que estupraram minha beleza...
Sangrando minhas entranhas
No solo sou o veludo de sangue que ainda absorve o carbono
Do teu negro progresso
Mas teu veneno amarga meus frutos
Ouça as bravuras dos rios que outrora foram mansos.
Não faças da minha madeira a tua própria Cruz!
Dorme verde lençol
De estamparias mil
Repousa no murmúrio doce dos teus rios...
Que o céu ainda é azul!"
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Lindo poema. Com esse título - Amazônia - e dedicado ao grande ambientalista Chico Mendes. Recebemos da poetisa lusobrasileira Jacinta Morais. Jacinta deve ser como nós, uma amante da natureza, preocupada com a crescente destruição de nossas matas, de nossos rios, enfim, deste nosso ainda BeloPlanetaBelo. Obrigada pelo texto, amiga! Seu e-mail: poesiajm@brturbo.com.br
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Sou a maior fonte de todas as águas cristalinas
Sou o espírito vitorioso de Mandela
Todas as cores vibrantes da aquarela
O grande ninho de aves raras,
Sou a pomba de Picasso sobrevoando todas as esferas.
As sombras melancólicas nos girassóis de Van Gogh
De Vinícius todos os versos, desta poeta todas as rimas
E do Chico Buarque sou a sedução nos olhos e na canção.
E os murmúrios de minhas matas, são sinfonais, são orquestras
Todos os salmos, sou todos os credos
Sou até mesmo os gemidos alucinantes dos doentes terminais...
Não disputei campeonatos,
Porque sou a única que o mundo tem...
Sou mais valiosa que todos os troféus
Sou todos os “da Silva” sou do Brasil também
Não destrua ainda mais minha Alma,
Planta tua semente que serei luz fosforescente
Reflexos dourados do sol do amanhã...
Mas selvagens foram os homens que estupraram minha beleza...
Sangrando minhas entranhas
No solo sou o veludo de sangue que ainda absorve o carbono
Do teu negro progresso
Mas teu veneno amarga meus frutos
Ouça as bravuras dos rios que outrora foram mansos.
Não faças da minha madeira a tua própria Cruz!
Dorme verde lençol
De estamparias mil
Repousa no murmúrio doce dos teus rios...
Que o céu ainda é azul!"
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Lindo poema. Com esse título - Amazônia - e dedicado ao grande ambientalista Chico Mendes. Recebemos da poetisa lusobrasileira Jacinta Morais. Jacinta deve ser como nós, uma amante da natureza, preocupada com a crescente destruição de nossas matas, de nossos rios, enfim, deste nosso ainda BeloPlanetaBelo. Obrigada pelo texto, amiga! Seu e-mail: poesiajm@brturbo.com.br
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Veja meu perfil, neste blog, na página "Sobre de Luísa Nogueira".
Este blog ficou esquecido durante alguns anos. Como muitos blogueiros, fui navegar nas redes sociais. Estou de volta e quero contar novamente com sua participação. O resultado do abandono foi que agora estamos sem os muitos comentários de antes. Nossas postagens alcançavam milhares de pessoas, às vezes com mais de cem comentários. Felizmente o blog continuou com visitantes e, segundo a estatística do Blogger, já ultrapassou um milhão de visualizações - confira através da versão para a web. É um sinal de que nossos posts alcançam mentes e corações.
Agora, mais do que nunca, precisamos nos unir, compartilhando informações sobre o meio ambiente. As mudanças climáticas extremas, os furacões, os terremotos, as recentes chuvas de poeira, assim como a pandemia, não deixam dúvidas. São avisos da Terra gritando para nos alertar que ela não suporta mais tanta destruição. Conto com você, amiga/amigo que por aqui passa.
Meu ig Instagram: @luisanogueiraautora. Facebook: Luísa Nogueira. Um grande abraço,
Luísa Nogueira
terça-feira, setembro 23, 2008
Via Natureza: A Borboleta Azul - Filme e Borboleta
Recentemente temos visto bons filmes nos canais de televisão. A Borboleta Azul é um deles. É baseado em um fato da vida real. Conta a história de uma criança com câncer, sem esperança de sobrevivência. Ele - é um menino - sonhou com uma borboleta azul e queria porque queria ver uma. Um professor de botânica, amigo seu, levou-o a uma floresta tropical para procurarem a rara borboleta.
Depois de muitas aventuras correndo atrás de borboletas, o menino consegue realizar seu sonho. Diz o filme que o menino ficou curado, com exames que comprovaram isso.
É a fé colocada em prática. No caso, a fé na cura, mesmo tendo como agente motivador uma simples, porém linda, borboletinha.
Terminado o filme, todos que o viram comigo, entre eles duas jovens, não se cansaram de elogiá-lo! E tinham visto "sem pestanejar", não perdendo um só minuto.
Conclusão: Não é preciso tiros, lutas, explosões, mortes ou efeitos especiais que distorcem a imagem, para que um filme conquiste o público. Nota dez para a história, nota dez para a fotografia e dez multiplicado por dez para o retorno aos bons filmes.
Nota: Estas três fotos (na verdade duas, porque a primeira foto é a mesma da última) foram tiradas no último dia 14, dois dias depois do filme. É de uma linda e minúscula borboleta azul achada por minha filha na grama seca de nosso jardim. (A grama está seca pela falta de chuva.)
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