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segunda-feira, outubro 12, 2009

Via Verde: Minibromélia

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Boa noite! Passando apenas para deixar esta foto de uma minibromélia. Depois comentaremos sobre as bromélias e suas mínis.
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segunda-feira, agosto 31, 2009

Via Verde: Agapanto


Que todos os outros meses deste ano nos tragam flores azuis, como este mês que termina. E, como o agapanto, que suas flores sejam também brancas, representando muita PAZ!
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Agapanto (Agapanthus africanus). Família das liliáceas.
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quarta-feira, agosto 12, 2009

Via Músicas Que Ficam: Súplica, de Júnior Nardelli

Nascente

A música Súplica, de Júnior Nardelli, nos fala sobre a importância da preservação da água. Transcrevemos abaixo a letra.

SÚPLICA

Junior Nardelli

Sou eu que banho a esperança
da semente virar fruto ou flor
Sou eu o frescor da criança
tão inocente com medo do calor
Sou eu que me escondo no manto
No ventre da terra e seco o sertão
Sou eu que do céu tombo em canto
Aliviando a pobre população
Sou eu correndo na calçada
Descendo a rua sem direção
Sou eu frágil e abandonada
Sempre jogada na escuridão
Sou eu que desenho o arco-íris
Quando me encontro com o sol de verão
Mãe Iara, eu te suplico: minha mãe!
Mãe Iara, não deixe que acabem comigo, minha mãe
Mãe Iara, minha mãe é mesmo assim
Que pena o homem não percebeu que não viverá sem mim.
Para ouvir e/ou fazer o download da música, veja o site: http://www.uniagua.org.br/
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sábado, julho 25, 2009

Via Amigos: Aos nossos AmiGOs

Orquídeas



Depois da tristeza da explosão programada da antiga 'casa', os AmiGOs, já totalmente recuperados, partem para novas conquistas. Fizemos uma lista dos amigos que estão participando do TOP BLOG.

As categorias e os blogs estão em ordem alfabética:
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Comunicação
Cultura
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Sustentabilidade
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Observação: Não sabemos de nenhum outro blog, dos amiGOs, nesta categoria, no TOP BLOG. Caso exista, por favor, envie-nos o nome do blog para que possamos acrescentá-lo aqui.
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Variedades
.....2- http://angelaguedes.blogspot.com/
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Todos esses blogs estão entre os mais votados. Somente em agosto saberemos quais os blogs que estarão entre os cem primeiros. Por enquanto, vamos torcer e votar?.
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Fizemos a pesquisa a partir dos links encontrados nos blogs de nossos amigos. Por favor, caso você saiba de mais blogs de amiGOs participando desse prêmio, ajude-nos a completar a lista.
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Amigo/amiga, o dia tem 1440 minutos. Que tal tirar 02 - apenas dois - minutinhos de seus mil quatrocentos e quarenta minutos para ajudar um amigo? Vamos votar? Clique em votar no selo que está na lateral direita dos blogs em questão. Os amigos agradecem! Quanto a nós, do Multivias, bem... eu e a natureza agradecemos.
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Próximo post: Bico-de-papagaio, dia 27, segunda-feira, na Via Verde.
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quarta-feira, julho 08, 2009

Via Natureza: Monólogo de uma Árvore

Monólogo de Uma Árvore





Sou mais uma planta do cerrado. Sou árvore resistente. Quantas vezes já fui queimada viva! Olhem meu tronco: há marcas de queimaduras por todo meu corpo; no início, quando era mais jovem, meu tronco se refazia quase totalmente. Hoje, a cada queimada, fico mais escura e envelhecida. Olho à minha volta. O que vejo? Poucas árvores, minhas companheiras, resistiram. Do que semeei, muito, muito pouco conseguiu sobreviver. As plantas nativas, como eu, árvore pensativa, quando não são destruídas por queimadas, são arrancadas para darem lugar para mais abrigos do inimigo número um de nossa Mãe Natureza. Tudo bem, eles nascem às centenas todo segundo, mas não podemos conviver um com o outro? Não podemos ser amigos? Queria tanto! Quero continuar vendo crianças subindo, alegres, em meu tronco. Quero abrigar aqueles que passam por mim e descansam sob minha copa. Quero ver pássaros fazendo ninhos em meus galhos. Quero não ver mais queimadas. É horrível! Quero não ver mais plantas sendo arrancadas. Olhem, de onde estou avisto um bosque de eucaliptos. Eles não são daqui; foi a mão 'daquele inimigo' que os plantou. Coitado, ele não sabe que eles, os eucaliptos, não gostam deste clima seco do cerrado. Ele não sabe que somos nós, árvores nativas deste lugar, que podemos melhor sustentar o solo. Ele não sabe... Ele não sabe tantas coisas!
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sábado, julho 04, 2009

Via Amigos: ENTR(E)TANTOS - Salete Cardoso Cochinsky



"Pássaro em solo descansa,
asas de sua solidão, avança,
na direção de um outro
que alhures suas penosas semelhanças
que nas diferenças são
alados,
aprisionados,
mortificados,
afugentados por impactos entre as correntes dos ares.

Remember;
“Spirits In The Material World” .(The Police)
Uma canção cantada para não deixar morrer
a existência do ser enquanto além corpo.
Então dois pássaros voando; ah, ah, ah!
Em busca de habitat para seus anseios,
abrandar,
consolar,
desmitificar,
solo e ar como entraves derradeiros.

Juntar-se ao bando, proteção, prorrogação
Tempo de vidas, olhar(es) no singular
Sobre oceanos e seus charcos intocáveis
E as sensações de distancias ao aproximar
E o planar de cada um, radares são
de interrupção,
migração,
celebração,
do povoado um, dois, “trocentos” milhão.
Voando, caminhando, velejando
brindando o aconchego de lugar/luar
de cada, de todo o um, que acompanha
pontual, sem mal e sem igual, no singular
o leve e sereno sentir ser – lido,
lidando, com(e)sigo estar."
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Este poema nos faz pensar... Pássaros que somos, muitas vezes à procura de nós mesmos e do outro. Muitas vezes voando à procura de 'nosso lugar'... É de Salete Cardoso Cochinsky, publicado dia 22 de junho em seu blog ALETHEIA: por uma continuidade do RE-ESCREVENDO
Obrigada, Salete, por nos autorizar a publicá-lo.
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quarta-feira, junho 24, 2009

Via Amigos: Pensar no Outro



Pensar no Outro


Pensar no outro
é pensar no irmão
desconhecido
é pensar naquele
que está sem abrigo
e naquele que tem fome
.....
Pensar no outro
é cobrir o irmão que tem frio
é visitar lares miseráveis
levando alento e carinho
Pensar no outro
é ter uma palavra amiga
....
Pensar no outro
é nos doar
através de nossas mãos
através de nossas ações
e de nossas orações
Pensar no outro
é ter Deus
 em nosso coração

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Escrevi este texto pensando nos desabrigados das enchentes e nos moradores de rua. Há várias instituições - entre elas igrejas e creches, que recolhem cobertores e agasalhos para doá-los nestes dias frios. Há também pessoas que fazem quadradinhos em tecidos, tricô ou croché, juntando-os em colchas para darem aos que precisam. E você, como está fazendo sua parte? Vamos agasalhar nossos irmãos?
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sexta-feira, junho 19, 2009

Via Amigos: Quem é Esse Outro? - Poesia de Edna Coimbra*



Quem é esse outro?
Esse outro que chega
Às vezes sorrateiro
Às vezes efusivo
Que marca o meu corpo
E fere a minha alma
Esse outro que já não sabe
O que fazer de mim
Que me enche de prazer e alegria
Para depois me deixar prostrada no silêncio
Esse outro que não se decide
E no seu ir e vir
Perturba o meu viver
Não o quero em mim
Mas ele insiste em ficar comigo
Mas, quem é esse outro?
Que não busca libertar-me
Desse vínculo doentio
Que muitas vezes não me dá a chance
De me reerquer e continuar meu caminho
Esse outro, SOU EU.

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*Edna Coimbra é do grupo Bipolaramigos, funcionária pública e, como ela sempre ressalta, avó de um garotinho de 7 anos, autista. Essa poesia foi enviada com muita alegria ao nosso grupo, com a seguinte nota:

"Queridos, quantas saudades!

A Marinha do Brasil, representada pelo Abrigo do Marinheiro, na
Avenida Brasil, bairro da Penha, abriu concurso de poesias. Bem, com
muito carinho eu havia feito uma poesia para um dos meus grupos (o
BIPOLAR). E não é que a minha poesia foi escolhida para ir à final,
que será no próximo sábado (20/06), às 15:00 hora!
A poesia "Quem é esse outro?", ficou entre as setes finalistas. No
sábado será a escolha do terceiro, segundo e primeiro lugar. Portanto,
convido à todos que quiserem, e puderem comparecer. A entrada será
franca! E terei imenso prazer em abraçá-los. Amo vocês.
Edna Coimbra (Vovó do Nathan Naum, sete anos, AUTISTA)."

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Nós também te amamos, Edna! Nosso grupo está em festa por você, amiga. A prova disso é a quantidade de membros que não param de lhe enviar cumprimentos. Você merece. Sua poesia, como sempre, saiu da alma!

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Notas: O Bipolaramigos é um grupo que coordenamos; é para pessoas com bipolaridade, seus familiares e amigos. Nome do grupo: Bipolar: o que é, quem é, sou? Link: http://groups.google.com.br/group/Bipolaramigos


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quarta-feira, junho 17, 2009

Via Natureza: Plantando


Plantando


Plantando


Amigo/amiga, a proposta deste blog, como você já deve ter notado, é o incentivo à preservação ambiental. Através de fotos da natureza e relatos de fatos do dia a dia estamos plantando sementes de amor pela mãe natureza - nós deste blog e você, seguidor ou não, mas que ama este nosso tão maltratado planeta.
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Muitas vezes uma foto atrai e estimula uma conscientização maior em relação ao ambiente em que vivemos. Uma foto pode levar crianças e adultos a refletirem, por exemplo, sobre os desmatamentos ou sobre as queimadas, infelizmente tão comuns em época de seca. Pode estimular hábitos e costumes saudáveis em relação às pessoas e ao planeta de um modo geral.
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São sementinhas que germinarão em mais árvores, em menos violência, em olhos mais abertos para ver e sentir nossa terra e em uma preocupação maior e mais efetiva em relação aos efeitos de queimadas, de maltratos e invasões de matas, rios, morros e encostas.
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Precisamos mais do que nunca nos dar as mãos, para que este trabalho possa ter continuidade e atingir um número maior de pessoas, gerando uma maneira diferente de ver, sentir e cuidar do meio ambiente. É com este objetivo que nosso blog está participando da categoria "Sustentabilidade" do Top Blog. Contamos com você.
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Participe votando no selo que está na lateral direita. Boa sorte para todos nós!
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quarta-feira, abril 22, 2009

Via Músicas Que Ficam: I can't stop loving you, de Ray Charles

Flor-de-coral ou russélia

I Can't Stop Loving You

Ray Charles - Composição: Dor Gibson

(I can't stop loving you)
I've made up my mind
To live in memory of the lonesome times
(I can't stop wanting you)

It's useless to say
So I'll just live my life in dreams of yesterday
(Dreams of yesterday)
Those happy hours that we once knew

Tho' long ago, they still make me blue
They say that time heals a broken heart
But time has stood still since we've been apart

(I can't stop loving you)
I've made up my mind
To live in memory of the lonesome times
(I can't stop wanting you)

It's useless to say
So I'll just live my life in dreams of yesterday
(Those happy hours)
Those happy hours
(That we once knew)
That we once knew

(Tho' long ago)
Tho' long ago
(Still make me blue)
Still ma-a-a-ake me blue

(They say that time)
They say that time
(Heals a broken heart)
Heals a broken heart
(But time has stood still)
Time has stood still
(Since we've been apart)
Since we've been apart

(I can't stop loving you)
I said I made up my mind
To live in memory of the lonesome times
(I can't stop wanting you)
It's useless to say
So I'll just live my life of dreams of yesterday
(Of yesterday)
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Canções sempre nos marcam: uma viagem, um fato, uma pessoa, uma época, um amor adolescente. Quando menos esperamos, ao ouvir uma música, um filme se passa em nossa cabeça. E as recordações aparecem para nos dizerem "olha, era você", "veja, estou ainda com você, mesmo que só nas lembranças." I can't stop loving you de Ray Charles é uma dessas músicas que, sempre ao escutá-la, as lembranças aparecem: lembranças adolescentes, de uma época sem preocupações, de filmes românticos e jovens estudantes brincando, rindo, tagarelando. Tempo feliz.

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terça-feira, abril 21, 2009

Via Amigos: Para os Amigos ex-GOs

Uma estrada sendo construída...

Uma crônica com ditados populares para levantar o humor*..



Amigo, esta crônica é só pra dizer aos interessados que "nem tudo que balança está no parque", assim como "nem tudo que reluz é ouro", porque "as aparências enganam", "o macaco também cai da árvore" e "não importa o tamanho da montanha, ela não pode tapar o sol".
..........."Havia alguma coisa errada que não estava certo". Por isso estamos no ar, mas "no avião, o medo é passageiro". "A vida é maravilhosa, sem ela estaríamos mortos". E, amigos, "cautela nunca é demais", pois "desgraça pouco é bobagem" e "é melhor prevenir do que remediar". Afinal, "gato escaldado tem medo de água fria", não é mesmo?
Pensando bem, "nada como um dia após o outro"; "não adianta chorar sobre o leite derramado". E, "não confie na sorte. O triunfo nasce da luta"; "não conte com o ovo na barriga da galinha", "é na necessidade que se conhece o amigo". "As adversidades são grandes oportunidades"; "cada um tem o seu dia! Ó adversidade, tu também terás o teu!" ...

Nunca se esqueça: "Mais vale ser cego dos olhos do que do coração". "Um coração alegre faz tanto bem quanto os remédios". "As dificuldades são como as montanhas. Elas só se aplainam quando avançamos sobre elas". "Se é para buscar abrigo, que seja sob uma árvore grande"....


Para terminar, guarde estas três coisas: 1- "A mais alta torre começa no solo"; 2- "Depois da tormenta sempre vem a bonança"; 3- "A união faz a força"! .

Uma semana com muitos amigos, porque "é fácil quebrar uma única flecha, mas é difícil quebrar um feixe de dez flechas".

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*Escrevi hoje, com todo o carinho, para cada um de vocês, amigos do ex-Go


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quinta-feira, abril 16, 2009

Via Versos: Espaço sem Volta



Espaço sem Volta


Relembrando lembranças
Penduradas no tempo
Pelo vento retangidas
Vislumbro imagens surdas
Descoloridas
Deixadas no tempo  - espaço sem volta


Relembrando lembranças
Escorregadias e frias
Vejo imagens retorcidas
No espelho das águas
Agitadas pelo vento
Do tempo - espaço sem volta


Relembrando imagens
Retorcidas e mudas
Tento parar o tempo
E fixar as lembranças
Soltas no vento
Do tempo - espaço sem volta .......

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domingo, abril 12, 2009

Via Versos: Renascendo


Renascendo

Fluir poesia
Fluindo vida
Na composição de canções
No amanhecer do dia
No amadurecido
Entardecer do ser

......
Vida que vai
Vida que vem
Nova canção
Novo poema
Novo dia
Renascimento
Da vida........
........
Guarda em tuas retinas
Guarda em tua memória
Teu amanhecer é colorido
Pelo embalar de teus cantos
Pela poesia de teus versos
Pelo teu semear
Em teu caminhar

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domingo, março 22, 2009

Via Músicas Que Ficam: Folhas de Outono

Folhas de Outono





Nosso outono chegou. Um outono meio primavera, meio verão, com o verde das árvores ainda intacto; poucas são as árvores desfolhadas. É um outono bem brasileiro. Bem diferente dos países onde o frio predomina, com as folhas das árvores caindo... Caindo e cobrindo o chão de um manto amarelado. Aliás, bem diferente mesmo, até na data, porque por lá, agora é primavera; por lá - nos países frios - é o colorido da primavera que começa.

Gostaria de colocar, neste post, a música Folhas de Outono. Ela marcou nossa adolescência, cantada por jovens goianos. Vamos relembrá-los? A música e os jovens?


Folhas de Outono

Roberto Carlos
Composição: Francisco Lara / Juvenil Santos

A folhas caem
O inverno já chegou
E onde anda
Onde anda o meu amor
Que foi embora
Sem ao menos me beijar
Como as folhas
Que se perdem pelo ar
Mas ainda nela eu penso
Com muito carinho
As folhas vão caindo
E eu choro baixinho
Mas tenho a esperança
Que ela vai voltar
As folhas quando caem
Nascem outras no lugar
...
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Esta música me faz lembrar um jovem poeta goiano, nosso vizinho de bairro. Sempre que a ouço, sua voz e sua imagem a acompanham, como o violão de seu irmão, sempre presente em seus recitais juvenis.
Depois de cantá-la, nosso amigo recitava seus novos poemas, tendo como fundo musical um suave dedilhar de violão.
E como um anjo, Gabriel* falava e cantava o cotidiano de nossas vidas.
A primavera da junventude é florida pelos sonhos. A primavera depois do outono da vida, é plena de lírios e orquídeas, chamados filhos, sonhos realizados e sonhos a sonhar.
Que você, Gabriel, tenha realizado todos seus sonhos e que tenha sempre muitos sonhos a sonhar e a realizar!
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*Gabriel Nascente, hoje um conhecido poeta goiano, é autor de vários livros.
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terça-feira, fevereiro 17, 2009

Via Vida: Lydia, minha doce-álisso

Doce-álisso



Álisso, doce-álisso: um canteiro florido


Lydia, minha mãe, era nosso doce-álisso. O álisso é uma planta de pequeno porte. Ela nasce e de repente floresce. São cachos e cachos de miúdas e brancas flores que permanecem juntas até que a planta-mãe se vai... E então, toda aquele beleza de união, amor e companheirismo de uma vida também com ela se vai...



Lydia, minha doce-álisso, completaria 96 anos dia 12 deste.


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segunda-feira, dezembro 22, 2008

Via Versos: Quero Ser


Quero ser um céu sem nuvens
Para o mundo nele voar
E nos sonhos idealizados morar

Quero ser um mar azul
Para nele o mundo navegar
E no encontrar viajar

Quero ser um hino de vitória
Para ele o mundo cantar
E a Paz comemorar

Quero ser o querer e o poder
Para no mundo o afeto espalhar
E no amor brotar e dominar


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Quero ser é uma reedição. Escrevi durante as Olimpíadas de Pequim e foi postado neste blog em agosto último. Acho que sua mensagem é também apropriada para este mês de confraternizações.

Gosta de poesia? Veja mais poemas de nossa autoria clicando abaixo no marcador Via Versos.

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terça-feira, dezembro 16, 2008

Via Natal: Programação Verde de Natal


Amigo/amiga

Deixo aqui nossa Programação Verde de Natal. Ela foi feita especialmente para você:

1- "Figos", postado ontem, não poderia faltar no natal, não é mesmo? Afinal é uma fruta do mês de dezembro.
..........2- Para amanhã, quarta, dia 16, uma mensagem para Florianópolis através do post "A Flor-do-natal de Floripa"
........3- Na semana do natal teremos dois posts: dia 22, segunda, o poema "Quero Ser", que escrevi durante as Olimpíadas, e.........
4- Dia 23, terça-feira, nossa Mensagem de Natal, tendo como porta-voz uma bela da família Rubiáceas.
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.......Um abraço!
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terça-feira, novembro 25, 2008

Via Vida: Passeio na Chuva

Passeio na Chuva






Sábado. Uma pequena cidade.

Choveu muito durante toda a noite, a chuva parando só lá pela metade da manhã. Apesar da chuva no ar, o tempo estava ótimo, um leve frio nos refrescava. Na verdade era mais um frescor da chuva do que frio. Dava até para ficar sem agasalho.

Com aquele tempo bom, sem o calor que sempre fazia por lá, fiquei com uma vontade grande de andar pela cidade. Chamei meus companheiros de viagem - familiares e amigos - mas todos estavam ocupados. Queriam aproveitar o passeio jogando cartas ou jogando conversa fora. Disse que ia dar uma volta. "Leve uma sombrinha", alguém me falou, "pode voltar a chover". "É, você pensa que não está mais chovendo? Está chuviscando, bem fininho", retrucou outro. Não desanimei. Peguei uma sombrinha, dessas que se dobra - made in china? - e saí...

----------------------------------Meu Passeio

Como a cidade está calma, pensei. Que paz! Fui andando e ouvi alguns pássaros protestando, ao perceberem minha presença, voando e trocando de galhos. Olhei para eles, discretamente, para não assustá-los ainda mais. Deve ter algum ninho com filhotes, refleti.

Continuei meu passeio. Mais uns cem metros e um gatinho malhado de banco e preto passa correndo, atravessa meu caminho e desaparece entre o mato de um lote vazio.

Ouvi alguém cantando baixinho, acompanhado por seu violão. Ensaiando? - perguntei a mim mesma.

Mais um gatinho, dessa vez todo preto. Atrás dele corria um branco de manchas cinzentas. Eram filhotes brincando. Pulavam um sobre o outro, dando mordidinhas. Mordidas de carinho, como tapinhas que irmãos se dão em brincadeiras...

Continuei. Notei que uma leve garoa caía. Quase imperceptível.

As casas simples mas bem cuidadas tinham jardins com flores, dessas florzinhas fáceis de pegar, como a vinca, também chamada de maria-sem-vergonha. Pobre flor-mulher, pobres Marias. Não podem aparecer que logo são 'recolocadas' em situações subalternas quando não constrangedoras. Sempre, mas sempre mesmo, quando vejo essa flor, eu me recordo de uma outra pequena cidade
onde passei parte de minha infância. Por todos os lugares onde se ia havia alguma maria-sem-vergonha. Sempre colorida e linda.

Continuando meu passeio cheio de recordações, uma casa mais na frente me chamou a atenção. Era um sobrado, pomposo e moderno. Ouvi vozes vindas de lá. Quando passava bem em sua frente, percebi que um casal discutia. A voz feminina parecia tímida, quase choramingando. A masculina era alta, mas dava para perceber que a pessoa devia estar embriagada ou de ressaca das baladas da sexta-feira. Andei mais rápido por alguns segundos. Queria continuar em meu mundinho de paz que o passeio criara...

Mais um gatinho. Depois da praça avistei algumas pessoas que tiveram a mesma ideia e coragem que tive: caminhar, sem medo de se molhar.

Agora foi a vez de um pequeno, quase minúsculo cachorrinho. Correu em minha direção, como para me fazer medo. Vendo que eu não reagia, se afastou, entrando no jardim de onde havia saído.

De uma casa humilde, a mais simples que vi nesse meu passeio, ouvi vozes. Cantavam, riam, pareciam bem alegres, contentes.

Foi inevitável esse pensamento: De uma casa, aparentemente habitada por pessoas bem sucedidas, financeiramente falando, vem brigas, discussões, infelicidade. De uma outra, que mostra ser de pessoas simples, sem muitos bens materiais, saem cantos, risos, alegria... Realmente, a felicidade está dentro de cada pessoa. Não mora em casas, sejam elas modestas ou suntuosas. Mora dentro de quem as habita, fazendo de cada casa um palácio ou um casebre, independente de ser rica ou pobre.

Sim, é aí que mora a felicidade, aí, bem dentro de cada um de nós. Aí, bem dentro de você. Simples assim... É só saber encontrá-la. Problemas? Todos nós temos. Seja de ordem financeira, de saúde, com filhos... Não podemos correr deles, mas podemos deixá-los de lado, por alguns momentos, vivenciando pedacinhos de nosso dia a dia com força, coragem e alegria. Seguindo e vivendo a vida, sem deixá-la passar adiante de nós. Podemos vez ou outra sair na chuva e caminhar, deixando o tempo bom penetrar em nossa alma e nos fazendo mais felizes. Podemos nos alegrar com o canto de um pássaro, com a alegre brincadeira de um animalzinho ou com a beleza de uma flor. Podemos, sim, ter momentos de felicidade, mesmo nadando em problemas.

Apressei meus passos. Já dava para sentir o chuvisco fininho da chuva que voltava.



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Escrevi "Passeio na Chuva" sábado passado, depois de 'meu passeio na chuva'. Realidade e ficção. Crônica? Ou um miniconto? 

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segunda-feira, novembro 17, 2008

Via Natureza: Papagaio - Uma Visita ao Pé de Goiaba


Papagaio

Papagaio, lindo papagaio
Por que me olhas assim?
Bica a goiaba, bica, bica
Grita a papaguear, grita, grita

Papagaio, 'lôro' papagaio
Por que me olhas assim?
Na terra, desajeitado andas
Nos galhos, forte agarras

Papagaio, verde papagaio
Por que me olhas assim?
Não voes, tic, bica, tic, bica, bica
A algazarrear, grita, bica, grita, bica

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Notas:
1- O papagaio só tem quatro dedos em cada pé. Dois ficam para a frente e dois para trás. Seu pé serve também como mão para segurar o alimento. Consegue imitar a voz humana porque sua língua é grossa, carnuda e móvel. Os papagaios podem viver mais de cem anos. Alimentam-se, quase sempre, de grãos e frutos.
2- Pero Vaz de Caminha, informando o rei de Portugal em suas cartas, chamava nossa terra de "Terra dos Papagaios". (Informação lida na Enciclopédia Brasileira Mérito, volume 14).

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quarta-feira, novembro 12, 2008

Via Versos: Drummond e o Sonho do Planeta Terra


Poema em quatro partes:


1- O Pesadelo do Belo Planeta


Corriam em mim
fontes e rios

Corriam em mim
águas que desciam em cachoeiras

Corriam em mim
águas que iam ao mar

As fontes e os rios secaram
Não há mais rios e cachoeiras
Não há mais águas que vão ao mar.


2- O Planeta e Drummond


"E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?"

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"Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?"*


3- A Morte do Planeta


José parado e mudo ficou

porque num alienado mundo morava

e de braços cruzados estava

No pó da poeira enterrado,

junto a Josés e Marias

jaz o antes Planeta Belo.


4- Acorda, José!


Acorda alienado, mudo e mau José

para que vivam teus filhos, se bons Josés

e vivam as ave-marias

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*Carlos Drummond de Andrade (1912 - 19 87).

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Nota: Escrevi Drummond e o Sonho do Planeta Terra dia 31 de outubro passado, dia em que Carlos Drummond de Andrade completaria 106 anos. Fica, pois, aqui registrado, esta pequenina homenagem ao grande poeta mineiro.

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