Figurinhas, Shakespeare e silêncios

Shakespeare e silêncios que habitam o cotidiano. Uma crônica sobre literatura, afeto e os pequenos gestos que nos sustentam. Entre figurinhas, Shakespeare e silêncios. Quando até um recorte digital vira afeto. D ias nublados por dentro também pedem histórias. Hoje compartilho as minhas: Figurinhas, Shakespeare e silêncios* Hoje estou frágil. Não quero pensar muito. Ontem me distraí com fotos (quem me conhece sabe que amo fotografia). Aprendi fazer figurinhas através de fotos. Essas que usamos nas redes sociais. Fiz com imagens da minha filha, da minha mãe, dos meus irmãos. Foi mais que passatempo: foi gesto de afeto. Escolher os rostos, recortar sorrisos, enquadrar memórias. É curioso como até um recurso digital pode nos devolver um pouco de presença, mesmo em dias nublados por dentro. Hoje, apesar da leveza de ontem, a alma ainda anda devagar. Quero retomar a leitura de Otelo . Estou no início da Cena II. Shakespeare é denso, mas seus personagens são tão humanos quanto nós. O ciúme...