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O Último Pé de Pequi?

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Crônica do Dossiê Vozes da Terra : o pequi revela o impacto humano no Cerrado e a urgência de preservação. Em cada árvore nativa que cai, uma história desaparece   O último pé de pequi? A resistência do Cerrado em meio ao avanço urbano e o esquecimento das raízes Cada árvore nativa perdida representa a quebra de um equilíbrio que impacta diretamente o clima global. Em 1996, conheci um pedaço do Cerrado que teimava em ser paraíso. Nos arredores de Brasília, um condomínio nascia com ruas largas e uma promessa de harmonia: a infraestrutura humana curvava-se à lógica das nascentes e da vegetação nativa. Os lotes, ainda sem cercas, respiravam fundo. Ipês em todas as cores, caju-do-cerrado , angico , barbatimão, lobeira , macaúba, quaresmeira , flores nativas  e pequi. Muito pequi. Flores e frutos em crescimento do pequizeiro  Os primeiros moradores eram guardiões daquele mundo. Plantavam frutíferas, mas sabiam que a verdadeira riqueza já estava ali. Frutos do pequizeiro...

Entre Caminhos e Raízes

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Memórias guardadas em cadernos de infância se transformam em palavras que florescem. Lembranças e afetos; o  poder das raízes   Lembranças da infância e das primeiras descobertas . Entre Caminhos e Raízes   Desde criança, a memória foi meu terreno fértil. Entre cadernos de escola, anotações de aulas, poesias e pequenos relatos do cotidiano, guardava-se um mundo inteiro em páginas simples. Na minha infância não havia televisão e celular era algo impensável . M as o rádio transmitia histórias, notícias e imaginação que me acompanhavam.   Essas primeiras experiências me ensinaram que toda escrita nasce da prática, do olhar atento e da repetição. Escrever é como caminhar por trilhas desconhecidas: o caminho se revela passo a passo, e cada parada guarda uma descoberta. Muitas dessas anotações, pequenas como sementes, floresceram anos depois nos meus livros.   Quando lancei Acalanto em 2018, percebi que a escrita era muito mais que o ato de produzir palavras; era t...

Objetivos (e desafios) na Escrita Literária

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Menos projetos abertos, mais livros prontos.   Ideias surgem sempre, mas terminar  um livro exige foco Objetivos (e desafios) na Escrita Literária: Escolher um projeto e ir até o fim. Escrever é um ato de amor, mas também de disciplina. Nos últimos anos aprendi, às vezes à força, que criar literatura exige mais do que inspiração: demanda foco, estratégia e uma boa dose de autoconhecimento. Hoje, compartilho com vocês meus objetivos, dificuldades e a decisão que finalmente me tirou do ciclo de projetos engavetados.    Do caos à clareza  1. Focar em um projeto por vez Não adianta: escrever cinco livros simultaneamente só leva a cinco rascunhos intermináveis. Decidi concentrar energia em uma única obra, desde a primeira linha até a revisão final, para garantir qualidade (e sanidade!).  2- Abraçar a divulgação como parte do processo Em segundo lugar, ter disposição e paciência para a etapa de divulgação: construir audiência e promover o livro exige t...

O que a árvore me respondeu

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   Quando a resposta é uma folha no chão . A natureza não discute. Ela mostra.  Ilustração do livro Balbúrdias na Quarentena . Ilustradora: Nina Cordeiro Uma árvore antiga, um vento passageiro e uma folha amarela: um diálogo silencioso sobre o tempo, a vida e a finitude. O que a árvore me respondeu O vento passou primeiro, bagunçando lembranças A árvore ficou Firme Silenciosa Olhei para cima e perguntei sem voz: — Quanto tempo ainda temos? Ela não respondeu com palavras, mas deixou cair uma folha Amarela Quase leve Quase aviso ------------ O que a árvore me respondeu?   ------------ Acompanhe este blog e nossas redes sociais. Instagram: @luisanogueiraautora Para acessar minha página no Instagram, aponte a câmera de seu celular para a  tag de nom e abaixo: Facebook: Luísa Nogueira  Pinterest: Luísa Nogueira  #naturezaemfotosluisan  ----------- Este blog foi criado com vias direcionadas ao meio ambiente (natureza, sustentabilidade, vida) e...