domingo, setembro 15, 2019

O tempo dos ipês

Em plena seca do cerrado, os ipês florescem em Brasília — e com eles, floresce também o olhar de quem aprende a ver o belo.

Fotografia: Luísa Nogueira
Fotos de 2014, 2017 e deste ano. Veja também no
Instagram, através das datas.

O tempo dos ipês

Durante a seca do cerrado, os ipês em Brasília transformam a paisagem urbana

Brasília e seus ipês. Pura poesia. Eles chegam em tempos de seca, quando a cidade parece cansada de céu azul e solo ressecado. O ar fica parado, a umidade quase evapora, mas os ipês florescem — e com eles, algo dentro da gente também se acende.

Conheça o ciclo das flores mais simbólicas do cerrado brasileiro

O brasiliense, acostumado a ver a vida passar entre quadras e eixos, esquece por instantes o nariz sangrando por causa do frio seco. Olha para cima. Admira os buquês que brotam como festa no alto das árvores. Primeiro o roxo. Depois o rosa. Logo vem o amarelo, sempre esperado. E, por fim, o branco — aquele branco tão branco que parece neve sonhada no cerrado.

É curioso como eles não florescem ao mesmo tempo. São como companhias teatrais, cada qual com seu tempo de cena. Um ipê se despede na W3 Sul, outro desperta timidamente em frente à Biblioteca Central da UnB. Um floresce perto do Hospital de Base, outro se ergue no Parque da Cidade. Uns começam a derramar suas flores, formando tapetes dourados, enquanto outros ainda preparam o espetáculo.

Gosto de caminhar com meu celular na mão, registrando essas pequenas belezas. Já fotografei ipês por toda parte. Alguns altos e antigos, outros jovens, audaciosos. Em uma das fotos, só percebi depois: havia um casal de namorados, sentados sob as flores, cada um com seu celular. Dei zoom. Achei romântico.

Há alguns anos, publiquei uma sequência de fotos no Instagram. Uma delas mostrava o ipê da Rodoviária do Plano Piloto. Outro exemplo de resistência. Cresceu. Continuou chamando atenção — mesmo entre ônibus, buzinas, pressa. Era impossível não notá-lo.

O mais bonito é que os ipês não se intimidam com os monumentos de Brasília. Passam por cima deles com suas flores. Domínio do olhar. Coragem de existir no tempo seco. Enquanto outras árvores apenas sobrevivem, os ipês florescem. Como pavões orgulhosos, exibem sua plumagem no meio do concreto.

E quando as flores caem, chegam as favas. Elas secam, abrem, e oferecem suas sementes. O cerrado faz o milagre da vida com pouca água e muito sol. Os ipês sabem disso. Nascem nos meses de pouca umidade. Riscam o céu de cor.

Não é à toa que essa cidade se enche de câmeras, celulares, hashtags. Eu mesma me vi catando flores caídas no chão, “desmilinguidas”, e colocando-as num copo com água. Elas voltaram à vida. Amei.

Brasília, de junho a agosto, se veste de ipês.
E nós — vestidos por ela — aprendemos a ver o belo.

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Notas:

1- Veja o texto sobre o casal de namorados: Um casal sob o ipê

2- Sobre o ipê da rodoviária 

3- Flores que voltaram à vida

4- Entre tesourinhas e eixões

4- Veja as cônicas deste blog sobre os ipês de Brasília através das tags Série Ipês de Brasília, Ipês, Ipês de Brasília e Ipês do Cerrado. Siga as datas das postagens para ver as fotos também no Instagram. 

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terça-feira, setembro 10, 2019

O ipê da rodoviária

 No coração da cidade, um ipê amarelo resiste ao tempo e suspende o caos. Um texto sobre beleza, memória e permanência. Leia a crônica completa.

Fotografia: Luísa Nogueira
Entre buzinas e pressa, um ipê amarelo floresce e nos
lembra: ainda há beleza. 

Série Ipês de Brasília


O ipê da rodoviária

Ele está lá. Todos os anos.

Alto, robusto, amarelo como ouro. Cresceu ali, no coração do vai e vem da cidade, como se fosse uma pausa no meio da pressa.

O ipê da Rodoviária do Plano Piloto não é um ipê qualquer. Ele é antigo, talvez o mais antigo entre os ipês que conheço. Enfrentou secas, reformas, buzinas, concreto. Mas segue florindo, como quem sabe o seu papel.

De longe, ele chama.
É impossível passar pela Esplanada ou pela plataforma superior e não olhar. No auge da floração, ele faz os olhos desviarem das notificações do celular. Faz motoristas abrirem os vidros e passarem mais devagar.

A primeira foto que tenho dele é de 2014. Postei com entusiasmo, como quem compartilha um tesouro. Nos anos seguintes vieram outras fotos. O mesmo ipê, mais alto, mais generoso. Tão cheio de flores que parece flutuar sobre o caos.

E é isso o que ele faz: suspende a cidade. 

Por um instante, Brasília se cala. Os passos apressados diminuem. As buzinas somem. 

Fica só ele, florido, presente, dizendo sem dizer: “Ainda há beleza.”


Fotografia: Luísa Nogueira
O ipê amarelo da Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília,
floresce todos os anos no auge da seca, como um lembrete
silencioso de que ainda há beleza na pressa


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Entre buzinas, pressa e concreto... um ipê amarelo que suspende o tempo e nos devolve um pouco de beleza


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domingo, agosto 25, 2019

Ipês de Brasília: Tapete amarelo

Crônica sobre a efemeridade das flores e a beleza que permanece, mesmo depois da partida. Um tapete  amarelo sob os pés e dentro da memória.

Fotografia: Luísa Nogueira

Série Ipês de Brasília

Entre ipês e ventos de agosto, a beleza chega sem alarde e vai embora sem aviso. Uma crônica sobre o tempo, a delicadeza e o olhar

Tapete Amarelo 

Há uma semana, eles estavam lindos. 

Ipês altos, cobertos de flores douradas, dominavam a paisagem ali na virada da W3 Sul com a 714/715. Seis ou sete árvores, como sentinelas de um tempo que não tem pressa. O chão também florido.  Os ipês amarelos criam um verdadeiro tapete de flores, colorindo o cerrado brasiliense em pleno agosto.

Hoje, passo pelo mesmo lugar e me dou conta: já perderam mais de dois terços das flores. Algumas ainda resistem, mas é como se se despedissem aos poucos. O vento leva pétalas, o tempo leva o resto. Tudo faz parte do ciclo.

Há uma delicadeza silenciosa nesse processo. Os ipês não nos preparam para o adeus. Eles apenas seguem. Florescem sem alarde e, assim como chegam, vão embora. Como se dissessem: “A beleza também precisa de partida.”

É preciso saber olhar enquanto ainda estão ali. Porque toda flor um dia se transforma em chão. E todo chão guarda em si um rastro do que floresceu.

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Fotografia: Luísa Nogueira


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sábado, agosto 17, 2019

Um casal sob o ipê

 Entre flores e troncos, dois celulares, um encontro. 

Uma crônica sobre delicadeza, silêncio e o que a câmera não vê de imediato

Fotografia: Luísa Nogueira

Série Ipês de Brasília

Casal sob o ipê

Um clique. Um ipê florido.
Só depois, com calma, percebi o casal ali — sob as flores, em silêncio, cada um com o celular na mão.

Fotografei o ipê como quem eterniza um estado de espírito.
Foi só depois, olhando as imagens com mais calma, que percebi: ali, bem ao centro, quase camuflados entre as flores e os troncos, estava um casal. Sentados sob a árvore, cada um com o celular em mãos, pareciam conversar com os dedos, talvez trocando fotos um do outro, talvez registrando o mesmo instante — cada qual do seu ângulo.

Na hora, sorri. Dei zoom. Fiquei encantada.

Fotografei o ipê florido em Brasília sem perceber o que ele me oferecia: um casal sob sua sombra, partilhando um instante de silêncio e beleza.

Era como se a árvore tivesse escolhido enquadrá-los, como se soubesse que aquele momento merecia mais do que a passagem apressada da tarde. Não sei quem eram, nem o que diziam, mas sei que estavam ali, partilhando a sombra e o silêncio florido de um ipê.

Foi romântico, inesperado e, ao mesmo tempo, tão cotidiano. Como tantas cenas bonitas que a gente só vê quando volta o olhar para o que já passou.

Desde então, guardei essa imagem como quem guarda um segredo bonito. Às vezes, a vida nos oferece poesia sem pedir nada em troca — basta que estejamos atentos para percebê-la.

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Fotografia: Luísa Nogueira
Um casal sob o ipê e a poesia escondida nas cenas que só
percebemos depois




terça-feira, julho 16, 2019

Ipês de Brasília I



 
Brasília e seus Ipês


Quem mora em Brasília sabe que o ipê amarelo gosta de mostrar suas flores em plena seca do cerrado brasileiro. Sua beleza atrai os olhares de todos por sua exuberância e seu valor está também na garra e na grandeza de enfrentar um clima de pouquíssima umidade. 

Eles aparecem entre os meses secos de nossa capital. A cidade perde em umidade, mas ganha em colorido.

O brasiliense esquece o nariz sangrando com o frio seco para admirar as cores chegando e desaparecendo. Primeiro no alto das árvores, entre folhas de um verde escuro, logo depois não se vê mais as folhas, só flores. Não ficam muito tempo, são como companhias teatrais, não gostam de permanecer longos períodos em um só lugar. 

Estamos na época do ipê-roxo. Depois o colorido passa a vez para o rosa, logo depois o sempre esperado amarelo para em seguida aparecer aquele que parece coberto com neve, o branco ultra branco. Ficam floridos algumas semanas. O bom é que não florescem ao mesmo tempo. Um exemplo: No final do mês passado o Parque da Cidade estava cheio de ipês floridos, mas dê uma passadinha por lá agora, se você tiver sorte ainda pode ver um ou outro nos mesmos lugares. Você vê um ipê florido uma semana em uma quadra e na semana seguinte ele já está perdendo suas flores, passando a vez para o ipê de sua quadra, até então dormindo. De repente ele acorda e aparece todo, todinho cheio de flores. São buquês e mais buquês. Veja a última foto, fiz o clic sexta-feira passada, hoje passando por lá vi mais flores no chão do que na árvore. Outro dia havia muito ipês floridos de um lado do Campus Darcy Ribeiro da UnB, depois você via alguns já se despedindo enquanto outros apareciam aqui e ali. Ainda há alguns bem floridos. Mas no geral já se despedem das pessoas que passam por eles sempre de celular nas mãos para algumas fotos.

As duas primeiras fotos fiz ontem, em frente da Biblioteca Central da UnB. Veja, apesar de não estarem mais tão floridos, ainda atraem quem passa por eles. Luísa Nogueira

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Nota: Ontem, quando fiz as fotos, não percebi o casal de namorados sentados, também de celular a postos. 😊 Achei super romântico.
Postagem de agosto de 2019.

#ipesdebrasilia #iperoxo #ipês #brasiliaflorida #campusdarcyribeiro #unb #naturezalinda #ipeflorido #floresroxas #flowers #fleurs🌸 #floresdobrasil #arvoresdobrasil #arvoresdocerrado #frioseco #naturezaemfotosluisan #lu_inog



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Pombinha na Esplanada. Clicava os ipês mas foi ela que saiu nas fotos. (Registro de agosto de 2017). 


sexta-feira, abril 19, 2019

E num piscar de olhos...


Bom dia mano querido
E num piscar de olhos...

Bom dia mano querido

Véspera de Páscoa e eu aqui pensando em quanto é breve essa vida. Pessoas que amamos desaparecem num piscar de olhos. Uma dor, um mal-estar, uma cirurgia, anestesia... Médicos nos fazem fechar os olhos e... adeus vida terrena, adeus filhos, adeus família.


A vida é uma fábrica de encontros e desencontros. Une pessoas, cria famílias, hoje crianças unidas, brincando num universo só delas - cada uma acreditando que seguirão assim, para sempre. Crescem, conhecem outras crianças crescidas, formam outros casais. Criam mais crianças brincando num mundinho só delas. Encontros de hoje, desencontros de amanhã. A criança vira tio, tia. Os tios tornam-se avós, bisavós. Felizes as famílias que conseguem ter suas gerações por perto. Sábios povos orientais. Ainda neste século eles conseguem unir, muitas vezes em uma só casa, diferentes gerações.

Encontros e desencontros acontecem desde a criação do mundo.

Encontros de crianças, desencontros de adultos. Meu irmão, minha irmã, meu pai, minha mãe, meu avô, minha avó, meu e minha bisa... E depois? Novos encontros, sempre novos encontros. O novo hoje não será novo amanhã. Amanhã é um outro e novo dia. Ah! Se pudéssemos ser para sempre crianças! Se a criança assim pensasse, não soltaria jamais as mãos de suas crianças irmãs, porque, crescida, quer ‘seguir em frente’, ‘ver outros horizontes’, cair em novos encontros e desencontros.

E num piscar de olhos... 

E num piscar de olhos a vida se vai, foi-se o tempo bom daqueles encontros onde nada se pensa, pensar o quê? Tudo é nosso, tudo é bom, mamãe está por perto, a comidinha gostosa tá sempre ali, nossos brinquedos, mesmo feitos com caixas de papelão, são nossos, só nossos. Tudo em volta é meu, é nosso. O céu é sempre azul, as nuvens andam e desenham o que minha imaginação quer... então, pra que crescer? Mas a vida não fica ali, paradinha, só pra mim, só pra nós.

A vida é vento, ar que passa, correndo com pressa, sem olhar para trás. A vida não gosta de repeteco, pensa que não se repete, corre, corre. Corre, vida, corre, corra de si mesma. Corra mais, quilômetros ou, sei lá, anos-luz. Ela corre, não gosta de se repetir, mas se repete sempre, sempre.

E num piscar de olhos... 

Para os que ficam, restam as lembranças, a culpa por não ter podido conviver mais, amar mais, conversar mais, dividir mais nosso tempo e nosso carinho.

E num piscar de olhos... 

E num piscar de olhos, meu irmão mais velho partiu. Humberto, aquele que me protegia quando éramos crianças. Humberto, aquele que me seguia atrás de árvores, quando eu, adolescente, saí com meu primeiro namorado. Ou fazia minha irmã mais nova, então com sete anos, ir conosco ‘de vela’. Coisas incompreensíveis para hoje mas que mostravam o amor e o cuidado de irmãos. De minha parte também houve esses ‘cuidados’. Quatro anos mais nova, eu era a irmãzinha chamada de ‘cunhada’ por garotas apaixonadas por ele e, muitas vezes, não dei os recados que elas lhe mandavam. Uma vez, em um piquenique de jovens de uma pequena cidade, algumas mocinhas quase me sufocaram por eu ser a irmã dos garotos mais badalados do pedaço. Sim, eram dois, quase gêmeos, com apenas um ano de diferença entre eles. Imagino como está o coração de nosso Luiz. “Perdi meu companheiro de uma vida inteira”, ele me disse. É, irmão, perdemos a alegria, as gargalhadas, as brincadeiras de nosso irmão, nosso companheiro de infância e de mil aventuras. Onde eles iam me levavam, até em praias perigosas, às escondidas - eram mestres nisso. Humberto contava, às gargalhadas, um ‘passeio’ que fizemos em uma praia do Rio Tocantins, andando na areia, dentro do rio, até a água quase nos afogar. Eu com apenas um ano. Assim foram muitos ‘passeios’. 

Eles aprenderam construir minicasas feitas com minitijolos e eu fui uma das primeiras a ver a minicidade feita por eles. Eu, orgulhosa, olhava as casinhas... os detalhes das pequenas janelas e portas, o telhado com telhas minúsculas... eu devia pensar, “meus irmãos é que fizeram”, “meus irmãos são demais”. 

Humberto me ensinou, em aulas de desenho, a raspar as pontas coloridas de lápis e pintar com algodão a figura desenhada. “É uma mágica”, me ensinou ele do alto de seus sete, oito anos.

Quando conheceu sua esposa, foi amor à primeira vista. Não se desgrudaram mais. Imagino como deve estar a cabeça e o coração de minha cunhada e xará.

E num piscar de olhos... 

E num piscar de olhos, a vida se foi.

O rio continua formando praias, fazendo correntezas, levando as águas ao encontro de outros rios.

A vida é uma sucessão de encontros e desencontros. As águas não. As águas são encontros. Correm como o ar, formam rios aqui embaixo e, lá em cima, nuvens.

Vejo uma nuvem passando, toda azul. Parece pintada com algodão. Humberto deve ter feito uma mágica raspando pontas de lápis cor de anil. O desenho mágico da criança crescida subiu, foi lá pra cima. A criança crescida correu atrás. A criança crescida queria brincar com anjos, entre nuvens coloridas. Nuvens pintadas com raspas da ponta de um lápis azul.

Bom dia, mano querido.


Bom dia mano querido
Eu com cinco meses entre meus irmãos; um de
4 anos e o outro de 3 anos. Eu toda agasalhada.
Fazia frio? Não sei, mas a cidade onde nasci
era muito fria no mês de maio. Minha mãe contava que
colocou um travesseiro atrás de mim para
que eu ficasse "sentada". Saiu de perto um
 segundo para que a foto fosse feita.


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