No início do século passado havia um casal em uma pequena cidade do interior maranhense. Eles tinham muitos filhos, como era normal naquela época. Um deles se destacava dos demais, desde molecote. O menino era de pensamento rápido, brincalhão, serelepe mesmo. Porém, gostava de estudar e passava horas escrevendo poesias e lendo todos os livros que lhe caíam nas mãos. Apesar desse diferencial em relação aos outros, era querido e amado por todos. Viviam dizendo que ele iria ser padre, pois era prestativo, gostava de ajudar seus amigos, sua família e as pessoas à sua volta. Cresceu ouvindo isto. Ser coroinha e seguir por essa trilha imaginada para ele, não seria surpresa para ninguém. Imaginada para ele, não por ele. O que ele admirava mesmo – e inconscientemente desejava - estava bem longe desse caminho, em um sentido totalmente oposto. Não se via fechado, isolado e fazendo sermões. Achava bonito uma família grande, com uma escadinha de filhos, exatamente como...